(UECE - 2018)
A fita métrica do amor
Martha Medeiros
Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme para você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravada. É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
1Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.
2Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
3Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será que ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. 4Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, e sim de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
5Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
MEDEIROS, Martha. Non-stop: crônicas do cotidiano. Rio de Janeiro: L&PM Editores. 2001.
Disponível em: https://www.fasdapsicanalise.com.br/a-fita-metrica-do-amor/. Acesso em 30 de abril de 2019.
No trecho "Uma pessoa que é grande quando perdoa [...], quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma" (ref. 2), o termo "pessoa", nas expressões destacadas do trecho acima, é retomado por meio de alguns recursos coesivos, a saber:
Ver questão
(UERJ-2018) O esquema abaixo representa as esferas metálicas A e B, ambas com massas de 10-3 Kg e carga elétrica de módulo igual à 10-6C. As esferas estão presas por fios isolantes, a suportes, e a distância entre elas é de 1m.
Admita que o fio que predne a esfera A foi cortado e que a força resultante sobre essa esfera corresponde apenas à força de interação elétrica.
Calcule a aceleração, em m/s², adquirida pela esfera A imediatamente após o corte do fio
Ver questão
(UERJ 2018)Observe o gráfico que apresenta a curva característica de operação de um gerador:
Com base nos dados, a resistência interna do gerador, em ohm é igual a:
Ver questão
(UPE - 2018) A classificação atual dos seres vivos considera as semelhanças anatômicas, a composição química e estrutura genética. Assim, o nome de cada espécie deve ser constituído por duas palavras: a primeira designando o gênero; e a segunda, a espécie. No Brasil, existem cerca de 118 espécies de primatas, sendo considerado o país com o maior número de espécies. A Amazônia é o bioma com a maior diversidade, onde é possível se encontrarem três delas: Alouatta belzebul, Ateles belzebuth e Ateles paniscus. Com base nessas considerações e nos princípios que regem essa classificação, é CORRETO afirmar que
Ver questão
(UNIFESP - 2018)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Para responder à(s) questão(ões), leia o trecho da obra Os sertões, de Euclides da Cunha (1866 – 1909), em que se narram eventos referentes a uma das expedições militares enviadas pelo governo federal para combater Antônio Conselheiro e seus seguidores sediados em Canudos.
Oitocentos homens desapareciam em fuga, abandonando as espingardas; arriando as padiolas, em que se estorciam feridos; jogando fora as peças de equipamento; desarmando-se; desapertando os cinturões, para a carreira desafogada; e correndo, correndo ao acaso, correndo em grupos, em bandos erradios, correndo pelas estradas e pelas trilhas que as recortam, correndo para o recesso das caatingas, tontos, apavorados, sem chefes...
Entre os fardos atirados à beira do caminho ficara, logo ao desencadear-se o pânico – tristíssimo pormenor! – o cadáver do comandante. Não o defenderam. Não houve um breve simulacro de repulsa contra o inimigo, que não viam e adivinhavam no estrídulo dos gritos desafiadores e nos estampidos de um tiroteio irregular e escasso, como o de uma caçada. Aos primeiros tiros os batalhões diluíram-se.
Apenas a artilharia, na extrema retaguarda, seguia vagarosa e unida, solene quase, na marcha habitual de uma revista, em que parava de quando em quando para varrer a disparos as macegas traiçoeiras; e prosseguindo depois, lentamente, rodando, inabordável, terrível...
[...]
Um a um tombavam os soldados da guarnição estoica. Feridos ou espantados os muares da tração empacavam; torciam de rumo; impossibilitavam a marcha.
A bateria afinal parou. Os canhões, emperrados, imobilizaram-se numa volta do caminho...
O coronel Tamarindo, que volvera à retaguarda, agitando-se destemeroso e infatigável entre os fugitivos, penitenciando-se heroicamente, na hora da catástrofe, da tibieza anterior, ao deparar com aquele quadro estupendo, procurou debalde socorrer os únicos soldados que tinham ido a Canudos. Neste pressuposto ordenou toques repetidos de “meia-volta, alto!”. As notas das cornetas, convulsivas, emitidas pelos corneteiros sem fôlego, vibraram inutilmente. Ou melhor – aceleraram a fuga. Naquela desordem só havia uma determinação possível: “debandar!”.
Debalde alguns oficiais, indignados, engatilhavam revólveres ao peito dos foragidos. Não havia contê-los. Passavam; corriam; corriam doudamente; corriam dos oficiais; corriam dos jagunços; e ao verem aqueles, que eram de preferência alvejados pelos últimos, caírem malferidos, não se comoviam. O capitão Vilarim batera-se valentemente quase só e ao baquear, morto, não encontrou entre os que comandava um braço que o sustivesse. Os próprios feridos e enfermos estropiados lá se iam, cambeteando, arrastando-se penosamente, imprecando os companheiros mais ágeis...
As notas das cornetas vibravam em cima desse tumulto, imperceptíveis, inúteis...
Por fim cessaram. Não tinham a quem chamar. A infantaria desaparecera...
(Os sertões, 2016.)
Em “Um a um tombavam os soldados da guarnição estoica.” (4º parágrafo), o termo destacado é um
Ver questão
(UFRGS - 2018)
– Temos sorte de viver no Brasil – dizia meu pai, depois da guerra. – Na Europa mataram1 milhões de judeus2.
Contava as experiências que os médicos 3nazistas faziam com os prisioneiros. Decepavam-lhes as cabeças, faziam-nas encolher – à maneira, li depois, dos índios Jivaros. Amputavam4 pernas e braços. Realizavam estranhos transplantes: uniam a metade superior de um homem ........ metade inferior de uma mulher, ou aos quartos traseiros de um bode. Felizmente morriam5 essas atrozes quimeras6; expiravam como seres humanos, não eram obrigadas a viver como aberrações. (........ essa altura eu tinha os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava que a descrição das maldades nazistas me deixava comovido.)
Em 1948 foi proclamado7 o Estado de Israel8. Meu pai abriu uma garrafa de vinho – o melhor vinho do armazém –, brindamos ao acontecimento. E não saíamos de perto do rádio, acompanhando ........ notícias da guerra no Oriente Médio. Meu pai estava entusiasmado com o novo Estado: em Israel, explicava, vivem judeus de todo o mundo, judeus brancos da Europa, judeus pretos da África, judeus da Índia, isto sem falar nos beduínos com seus camelos: tipos muito esquisitos, Guedali.
Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias.
Por que não ir para Israel? Num país de gente tão estranha – e, ainda por cima, em guerra – eu certamente não chamaria a atenção. Ainda menos como combatente, entre a poeira e a fumaça dos incêndios. Eu me via correndo pelas ruelas de uma aldeia, empunhando um revólver trinta e oito, atirando sem cessar; eu me via caindo, varado de balas. Aquela, sim, era a morte que eu almejava, morte heroica, esplêndida justificativa para uma vida miserável, de monstro encurralado. E, caso não morresse, poderia viver depois num kibutz. Eu, que conhecia tão bem a vida numa fazenda, teria muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os membros do kibutz terminariam por me aceitar; numa nova sociedade há lugar para todos, mesmo os de patas de cavalo.
Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim. 9. ed. Porto Alegre: L&PM, 2001.
Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, sobre os sujeitos de algumas formas verbais do texto.
( ) O sujeito da forma verbal mataram (ref. 1) é milhões de judeus (ref. 2).
( ) O sujeito da forma verbal Amputavam (ref. 4) é os médicos nazistas (ref. 3).
( ) O sujeito da forma verbal morriam (ref. 5) é essas atrozes quimeras (ref. 6).
( ) O sujeito da locução verbal foi proclamado (ref. 7) é o Estado de Israel (ref. 8).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Ver questão
(UPF - 2018)
A natureza apresenta grande diversidade de materiais. É preciso analisar a composição e as propriedades desses materiais para que eles possam ser utilizados ou transformados nos mais diversos objetos.
Tendo por base o enunciado e o contexto relacionado à temática em questão, analise as afirmações que seguem e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Uma mistura eutética é aquela que se comporta como substância pura durante a ebulição, ou seja, apresenta temperatura de ebulição constante.
( ) O ar atmosférico seco e filtrado se constitui como uma mistura homogênea, formada, principalmente, por nitrogênio e oxigênio.
( ) Ligas metálicas são misturas homogêneas, também classificadas como soluções.
( ) A decantação é um processo de separação de uma mistura do tipo líquido-líquido ou sólido-líquido. Ela se baseia na diferença de densidade e solubilidade entre seus componentes.
( ) A destilação fracionada é um processo aplicado exclusivamente para separar componentes de uma mistura heterogênea contendo dois ou mais líquidos que apresentam temperaturas de ebulição próximas.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Ver questão
(UECE 2018)
A água é o principal componente do sangue. Não é à toa que profissionais de saúde aconselham que se beba 8 copos de água por dia. Assim, quanto mais água ingerida, mais líquido vermelho corre nas veias. Isso aumenta o transporte de nutrientes por todo o corpo, inclusive para o cérebro, que tem suas funções otimizadas. Isso se dá não só porque o cérebro recebe mais nutrientes por meio do sangue, mas também porque certas reações químicas que acontecem nele, entre elas, a formação da memória, também dependem da presença da água para acontecer. A água atua como agente oxidante na seguinte equação:
Ver questão
(UNIOESTE 2018)
Com base na reação abaixo, determine: a espécie oxidada e reduzida e o agente oxidante e redutor, respectivamente.
2 Mn2+(aq) + 5 NaBiO3 (s) + 14 H+(aq) → 2 MnO4–(aq) + 5 Bi3+(aq) + 5 Na+(aq) + 7 H2O(l)
Ver questão
(UEFS - 2018)
Quando um prego de ferro é mergulhado em uma solução aquosa de sulfato de cobre(II), observa-se a formação de cobre metálico sobre a superfície do prego em decorrência da reação representada por
Fe (s) + CuSO4 (aq) → Cu (s) + FeSO4 (aq)
Essa é uma reação de oxirredução na qual
Ver questão