TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O poder criativo da imperfeição
Já escrevi sobre como nossas teorias científicas sobre o mundo são aproximações de uma realidade que podemos compreender apenas em parte. 1Nossos instrumentos de pesquisa, que tanto ampliam nossa visão de mundo, têm necessariamente limites de precisão. Não há dúvida de que Galileu, com seu telescópio, viu mais longe do que todos antes dele. Também não há dúvida de que hoje vemos muito mais longe do que Galileu poderia ter sonhado em 1610. E certamente, em cem anos, nossa visão cósmica terá sido ampliada de forma imprevisível.
No avanço do conhecimento científico, vemos um conceito que tem um papel essencial: simetria. Já desde os tempos de Platão, 2há a noção de que existe uma linguagem secreta da natureza, uma matemática por trás da ordem que observamos.
Platão – e, com ele, muitos matemáticos até hoje – acreditava que os conceitos matemáticos existiam em uma espécie de dimensão paralela, acessível apenas através da razão. Nesse caso, os teoremas da matemática (como o famoso teorema de Pitágoras) existem como verdades absolutas, que a mente humana, ao menos as mais aptas, pode ocasionalmente descobrir. Para os platônicos, 3a matemática é uma descoberta, e não uma invenção humana.
Ao menos no que diz respeito às forças que agem nas partículas fundamentais da matéria, a busca por uma teoria final da natureza é a encarnação moderna do sonho platônico de um código secreto da natureza. As teorias de unificação, como são chamadas, visam justamente a isso, formular todas as forças como manifestações de uma única, com sua simetria abrangendo as demais.
Culturalmente, é difícil não traçar uma linha entre as fés monoteístas e a busca por uma unidade da natureza nas ciências. Esse sonho, porém, é impossível de ser realizado.
Primeiro, porque nossas teorias são sempre temporárias, passíveis de ajustes e revisões futuras. Não existe uma teoria que possamos dizer final, pois 4nossas explicações mudam de acordo com o conhecimento acumulado que temos das coisas. Um século atrás, um elétron era algo muito diferente do que é hoje. Em cem anos, será algo muito diferente outra vez. Não podemos saber se as forças que conhecemos hoje são as únicas que existem.
Segundo, porque nossas teorias e as simetrias que detectamos nos padrões regulares da natureza são em geral aproximações. Não existe uma perfeição no mundo, apenas em nossas mentes. De fato, quando analisamos com calma as “unificações” da física, vemos que são aproximações que funcionam apenas dentro de certas condições.
O que encontramos são assimetrias, imperfeições que surgem desde as descrições das propriedades da matéria até as das moléculas que determinam a vida, as proteínas e os ácidos nucleicos (RNA e DNA). Por trás da riqueza que vemos nas formas materiais, encontramos a força criativa das imperfeições.
MARCELO GLEISER
Adaptado de Folha de São Paulo, 25/08/2013.
(Uerj 2018) A simetria também é observada na estrutura corporal dos animais, influenciando, por exemplo, a distribuição interna dos órgãos. Uma característica associada à simetria bilateral, presente em todos os animais com esse padrão corporal, é:
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(Upe-ssa 3 2018)
A acondroplasia é a causa mais comum de nanismo em humanos. É um distúrbio causado por mutações específicas no gene do receptor 3 do fator de crescimento do fibroblasto (gene FGFR3). A ativação constitutiva desse gene inibe inadequadamente a proliferação de condrócitos na placa de crescimento, acarretando o encurtamento dos ossos longos, assim como a diferenciação anormal de outros ossos. Indivíduos acondroplásicos são heterozigóticos "Dd" e pessoas normais são "dd". O alelo "D" em homozigose leva à morte ainda no período embrionário. No mundo, a frequência do alelo "D" é baixa em relação ao alelo "d". Pais normais podem gerar uma criança acondroplásica por mutação nova.
Fontes: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/acondroplasia (Adaptado) https://saude.umcomo.com.br/artigo/o-nanismo-ehereditario-21253.html
Sobre isso, é CORRETO afirmar que
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(Uece 2018) Em relação à herança, assinale com V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir.
( ) Na dominância completa, os heterozigotos apresentam fenótipo intermediário entre os dos homozigotos.
( ) Quando ocorre a codominância, os heterozigotos apresentam o mesmo fenótipo de um dos homozigotos.
( ) Alelos letais causam a morte de seus portadores e são considerados: dominante, quando apenas um está presente; ou recessivo, quando os dois estão presentes.
( ) A pleiotropia é o fenômeno em que o gene determina a expressão de mais de uma característica.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
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(Uece 2018) O albinismo é caracterizado pela ausência de pigmentos na pele e estruturas epidérmicas, em função da incapacidade de produção da melanina. O gene alelo recessivo não produz a forma ativa da enzima que catalisa a síntese da melanina.
Considerando-se o fato de um homem e uma mulher possuírem pigmentação da pele normal, sendo ele filho de um pai normal homozigoto e uma mãe albina, e ela filha de um pai albino e uma mãe normal homozigoto, é correto afirmar que a probabilidade de esse casal ter uma filha albina é de
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(Pucsp 2018) Os fungos são organismos importantes para a humanidade sob vários aspectos. São vilões, quando provocam doenças ou decompõem alimentos armazenados, e mocinhos, quando são utilizados na produção de alimentos.
Dentre as diferentes espécies de fungos, é comum encontrar as seguintes características, EXCETO
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(UNICAMP - 2018 - 1ª FASE)
Com a crise hídrica de 2015 no Brasil, foi necessário ligar as usinas termoelétricas para a geração de eletricidade, medida que fez elevar o custo da energia para os brasileiros. O governo passou então a adotar bandeiras de cores diferentes na conta de luz para alertar a população. A bandeira vermelha indicaria que a energia estaria mais cara. O esquema a seguir representa um determinado tipo de usina termoelétrica.
Conforme o esquema apresentado, no funcionamento da usina há
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(UNESP - 2018 - 1ª FASE)
Leia o texto para responder a questão.
When does the brain work best?
The peak times and ages for learning
What’s your ideal time of the day for brain performance? Surprisingly, the answer to this isn’t as simple as being a morning or a night person. New research has shown that certain times of the day are best for completing specific tasks, and listening to your body’s natural clock may help you to accomplish more in 24 hours.
Science suggests that the best time for our natural peak productivity is late morning. Our body temperatures start to rise just before we wake up in the morning and continue to increase through midday, Steve Kay, a professor of molecular and computational biology at the University of Southern California told The Wall Street Journal. This gradual increase in body temperature means that our working memory, alertness, and concentration also gradually improve, peaking at about mid morning. Our alertness tends to dip after this point, but one study suggested that midday fatigue may actually boost our creative abilities. For a 2011 study, 428 students were asked to solve a series of two types of problems, requiring either analytical or novel thinking. Results showed that their performance on the second type was best at non-peak times of day when they were tired.
As for the age where our brains are at peak condition, science has long held that fluid intelligence, or the ability to think quickly and recall information, peaks at around age 20. However, a 2015 study revealed that peak brain age is far more complicated than previously believed and concluded that there are about 30 subsets of intelligence, all of which peak at different ages for different people. For example, the study found that raw speed in processing information appears to peak around age 18 or 19, then immediately starts to decline, but short-term memory continues to improve until around age 25, and then begins to drop around age 35, Medical Xpress reported. The ability to evaluate other people’s emotional states peaked much later, in the 40s or 50s. In addition, the study suggested that out our vocabulary may peak as late as our 60s’s or 70’s.
Still, while working according to your body’s natural clock may sound helpful, it’s important to remember that these times may differ from person to person. On average, people can be divided into two distinct groups: morning people tend to wake up and go to sleep earlier and to be most productive early in the day. Evening people tend to wake up later, start more slowly and peak in the evening. If being a morning or evening person has been working for you the majority of your life, it may be best to not fix what’s not broken.
(Dana Dovey. www.medicaldaily.com, 08.08.2016. Adaptado.)
No trecho do terceiro parágrafo “However, a 2015 study revealed”, o termo em destaque pode ser substituído, sem alteração de sentido, por
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(UNESP - 2018 - 1ª FASE)
Leia o texto para responder a questão.
When does the brain work best?
The peak times and ages for learning
What’s your ideal time of the day for brain performance? Surprisingly, the answer to this isn’t as simple as being a morning or a night person. New research has shown that certain times of the day are best for completing specific tasks, and listening to your body’s natural clock may help you to accomplish more in 24 hours.
Science suggests that the best time for our natural peak productivity is late morning. Our body temperatures start to rise just before we wake up in the morning and continue to increase through midday, Steve Kay, a professor of molecular and computational biology at the University of Southern California told The Wall Street Journal. This gradual increase in body temperature means that our working memory, alertness, and concentration also gradually improve, peaking at about mid morning. Our alertness tends to dip after this point, but one study suggested that midday fatigue may actually boost our creative abilities. For a 2011 study, 428 students were asked to solve a series of two types of problems, requiring either analytical or novel thinking. Results showed that their performance on the second type was best at non-peak times of day when they were tired.
As for the age where our brains are at peak condition, science has long held that fluid intelligence, or the ability to think quickly and recall information, peaks at around age 20. However, a 2015 study revealed that peak brain age is far more complicated than previously believed and concluded that there are about 30 subsets of intelligence, all of which peak at different ages for different people. For example, the study found that raw speed in processing information appears to peak around age 18 or 19, then immediately starts to decline, but short-term memory continues to improve until around age 25, and then begins to drop around age 35, Medical Xpress reported. The ability to evaluate other people’s emotional states peaked much later, in the 40s or 50s. In addition, the study suggested that out our vocabulary may peak as late as our 60s’s or 70’s.
Still, while working according to your body’s natural clock may sound helpful, it’s important to remember that these times may differ from person to person. On average, people can be divided into two distinct groups: morning people tend to wake up and go to sleep earlier and to be most productive early in the day. Evening people tend to wake up later, start more slowly and peak in the evening. If being a morning or evening person has been working for you the majority of your life, it may be best to not fix what’s not broken.
(Dana Dovey. www.medicaldaily.com, 08.08.2016. Adaptado.)
No trecho do quarto parágrafo “while working according to your body’s natural clock”, o termo em destaque tem sentido, em português, de
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(UNESP - 2018 - 1ª FASE)
Examine a tira Hagar, o Horrível do cartunista americano Dik Browne (1917-1989).
O ensinamento ministrado por Hagar a seu filho poderia ser expresso do seguinte modo:
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(UNESP - 2018 - 1ª FASE)
Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à(s) questão(ões) a seguir.
Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
(Essencial, 2011.)
Verifica-se o emprego de vírgula para indicar a elipse (supressão) do verbo em:
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