(UFF - 2003) O período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) mostrou um panorama de crise, evidenciado pela força dos movimentos sociais liberais, socialistas e anarquistas, em decorrência dos primeiros sinais de fracasso da expansão imperialista. Tais sinais foram expressivos na Rússia dos czares, onde provocaram o avanço das desigualdades e a eclosão de movimentos grevistas, como o de 1905, que prenunciavam a revolução.
Esse clima na Rússia decorreu, de vários fatores, dentre os quais se destacam:
os investimentos financeiros realizados por ingleses e franceses, que aumentaram as diferenças sociais e as desigualdades entre cidade e campo, estimulando os movimentos sociais e a corrida expansionista dos czares;
os processos de financiamento da economia agrária, que melhoraram as condições de vida do campesinato, dificultando o desenvolvimento industrial, promovendo o desemprego nas grandes cidades e aumentando a tensão social;
os problemas de relacionamento entre as grandes áreas geladas improdutivas, que dificultaram o deslocamento da população e limitaram a remessa de alimentos para as grandes cidades, dando origem aos movimentos sociais urbanos liderados, desde o final do século XIX, pelos bolcheviques;
os conflitos entre os países imperialistas em função das limitações do mercado russo, que motivaram o apoio da França aos movimentos sociais rurais e o apoio da Inglaterra, aos urbanos;
os projetos de desenvolvimento criados pelos czares, que levaram ao aumento desregrado dos impostos e ao beneficiamento das regiões europeias em detrimento das áreas rurais dominadas pelo Japão, originando os movimentos contrários à monarquia.
Gabarito:
os investimentos financeiros realizados por ingleses e franceses, que aumentaram as diferenças sociais e as desigualdades entre cidade e campo, estimulando os movimentos sociais e a corrida expansionista dos czares;
a) os investimentos financeiros realizados por ingleses e franceses, que aumentaram as diferenças sociais e as desigualdades entre cidade e campo, estimulando os movimentos sociais e a corrida expansionista dos czares;
Correta. A Rússia era um país com estrutura feudal até a década de 1860, quando o país abriu-se para o capitalismo. No início do século XX, com a ferrovia Transiberiana, houve a entrada do capital estrangeiro, especialmente francês e inglês, o que acarretou as desigualdades sociais entre operários e capitalistas.
b) os processos de financiamento da economia agrária, que melhoraram as condições de vida do campesinato, dificultando o desenvolvimento industrial, promovendo o desemprego nas grandes cidades e aumentando a tensão social;
Incorreto. Não há melhora condições de vida do campesinato e o desenvolvimento industrial ainda estava acontecendo.
c) os problemas de relacionamento entre as grandes áreas geladas improdutivas, que dificultaram o deslocamento da população e limitaram a remessa de alimentos para as grandes cidades, dando origem aos movimentos sociais urbanos liderados, desde o final do século XIX, pelos bolcheviques;
Incorreto. A questão da improdutividade das áreas mais geladas da Rússia (principalmente na região do Ártico e da Sibéria) sempre esteve presente na região devido às condições geográficas da região, não sendo considerada um problema pontual do contexto da Rússia no final do século XIX.
d) os conflitos entre os países imperialistas em função das limitações do mercado russo, que motivaram o apoio da França aos movimentos sociais rurais e o apoio da Inglaterra, aos urbanos;
Incorreto. Não houve o apoio da França aos movimentos sociais rurais.
e) os projetos de desenvolvimento criados pelos czares, que levaram ao aumento desregrado dos impostos e ao beneficiamento das regiões europeias em detrimento das áreas rurais dominadas pelo Japão, originando os movimentos contrários à monarquia.
Incorreto. O motivo da Guerra Russo-japonesa foi uma tentativa de emissão imperialista dos russos no território japonês, e sendo assim, não haviam áreas sob domínio japonês na Rússia.
(Uff 2012)
TEXTO I
A Rede Veia Luiz Queiroga e Cel. Ludugero
Eu tava com a Felomena
Ela quis se refrescar
O calor tava malvado
Ninguém podia aguentar
Ela disse meu Lundru
Nós vamos se balançar
A rede veia comeu foi fogo
Foi com nois dois pra lá e pra cá
Começou a fazer vento com nois dois a palestrar
Filomena ficou beba de tanto se balançar
Eu vi o punho da rede começar a se quebrar
A rede veia comeu foi fogo
Só com nois dois pra lá e pra cá
A rede tava rasgada e eu tive a impressão
Que com tanto balançado nois terminava no chão
Mas Felomena me disse, meu bem vem mais pra cá
A rede veia comeu foi fogo
Foi com nois dois pra lá e pra cá
Disponível em http://www.luizluagonzaga.mus.br/index.php? option=com_content&task=view&id=&&&Itemid= 103 Acessado em: 02 ago 2011.
TEXTO II
Pescaria Dorival Caymmi
Ô canoeiro, bota a rede, bota a rede no mar ô canoeiro, bota a rede no mar.
Cerca o peixe, bate o remo, puxa a corda, colhe a rede, ô canoeiro, puxa a rede do mar.
Vai ter presente pra Chiquinha ter presente pra laiá, canoeiro, puxa a rede do mar.
Cerca o peixe, bate o remo, puxa a corda, colhe a rede, ô canoeiro, puxa a rede do mar.
Louvado seja Deus, ó meu pai.
Disponível em: http://www.miltonnascimento.com.br/#/obra. Acessado em: 02 ago 2011.
TEXTO III
A Rede Lenine e Lula Queiroga
Nenhum aquário é maior do que o mar
Mas o mar espelhado em seus olhos
Maior me causa o efeito
De concha no ouvido
Barulho de mar
Pipoco de onda
Ribombo de espuma e sal
Nenhuma taça me mata a sede Mas o sarrabulho me embriaga Mergulho na onda vaga E eu caio na rede, Não tem quem não caia E eu caio na rede, Não tem quem não caia
Às vezes eu penso que sai dos teus olhos o feixe De raios que controla a onda cerebral do peixe
Nenhuma rede é maior do que o mar Nem quando ultrapassa o tamanho da Terra Nem quando ela acerta, Nem quando ela erra Nem quando ela envolve todo o Planeta
Explode e devolve pro seu olhar O tanto de tudo que eu tô pra te dar Se a rede é maior do que o meu amor Não tem quem me prove Se a rede é maior do que o meu amor Não tem quem me prove
Disponível em: http://www.lenine.com.br/faixa/a-rede-1 Acessado em: 02 ago 2011.
TEXTO IV
Nina Chico Buarque
Nina diz que tem a pele cor de neve
E dois olhos negros como o breu Nina diz que, embora nova
Por amores já chorou
Que nem viúva Mas acabou, esqueceu
Nina adora viajar, mas não se atreve
Num país distante como o meu
Nina diz que fez meu mapa
E no céu o meu destino rapta
O seu
Nina diz que se quiser eu posso ver na tela
A cidade, o bairro, a chaminé da casa dela
Posso imaginar por dentro a casa
A roupa que ela usa, as mechas, a tiara
Posso até adivinhar a cara que ela faz
Quando me escreve
Nina anseia por me conhecer em breve
Me levar para a noite de Moscou
Sempre que esta valsa toca
Fecho os olhos, bebo alguma vodca
E vou
Disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=nina_2011.htm
Uma língua varia em função de aspectos sociais, localização geográfica e uso de diferentes registros, ligados às situações de comunicação.
Marque a alternativa que analisa corretamente a ocorrência de variação linguística nos textos
(UFF - 2010)
A DESCOBERTA DA AMÉRICA E A BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS
– A conquista da América pelos europeus foi uma tragédia sangrenta. A ferro e fogo! Era a divisa dos cristianizadores. Mataram à vontade, destruíram tudo e levaram todo ouro que havia.
Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa idêntica com os incas, um povo de civilização muito adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao imperador inca que o papa havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca, que não sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito naturalmente não se submeteu. Então Pizarro, bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru.
– Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e aquele Átila ou aquele Gengis-Cã que marchou para o ocidente com os terríveis tártaros, matando, arrasando e saqueando tudo?
– A diferença única é que a história é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a nosso favor.
Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com monumentos em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, porém, manda dizer que tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos da mesmíssima massa, na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides enormes com cabeças cortadas aos prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia vários navios árabes carregados de arroz, aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de oitocentos homens da equipagem e depois queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios.
Monteiro Lobato, História do mundo para crianças. Capítulo LX
Monteiro Lobato narra a história das civilizações sob um ponto de vista crítico contrário à tradição ocidental, evidenciando as diferenças de comportamento entre as civilizações.
Assinale a opção que exemplifica a disparidade das visões no encontro histórico de civilizações diferentes.
Ver questão
(Uff 2007)
A temática sobre a diversidade da Baía de Guanabara tem motivado a criação de textos em linguagem verbal e linguagem não-verbal, produzindo sentidos crítico, humorístico, poético, informativo etc.
Assinale, na sequência de textos verbais e não-verbais, APENAS aquele que é PREDOMINANTEMENTE INFORMATIVO.
(UFF-RJ-2006)
Assinale a opção que DIVERGE da atitude do eu-lírico no poema
.