(FGV - 2009) A ligação entre os reformadores com o poder político pode ser verificada por meio:
da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de Martinho Lutero e da adesão dos príncipes alemães às teses luteranas.
da ação de Henrique VIII que, pautado pela doutrina da predestinação divina, funda a igreja nacional na Inglaterra, mas ainda ligada a Roma.
do decisivo apoio político de Martinho Lutero e dos seus seguidores à revolta dos camponeses alemães, em 1524.
da efetivação da aliança, a partir de 1533, entre João Calvino e a monarquia francesa, ambos interessados em reforçar o poder da Igreja católica.
da interferência da nobreza alemã para que os luteranos e calvinistas se mantivessem fiéis ao papa.
Gabarito:
da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de Martinho Lutero e da adesão dos príncipes alemães às teses luteranas.
A questão trata da Reforma Protestante, questionando como pode ser verificada a ligação dos reformadores com o poder político.
a) da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de Martinho Lutero e da adesão dos príncipes alemães às teses luteranas.
Correta. Frederico III era o príncipe da Saxônia, e foi um grande defensor de Lutero e dos ensinos da Reforma. Foi o braço forte que garantiu a sobrevivência de Lutero e, em consequência, a expansão da Reforma Luterana. Tendo grande consideração por seu professor Martinho Lutero, estava decidido a dar a Lutero um julgamento justo, o que não aconteceria se os seus inimigos conseguissem capturá-lo. Assim sendo, Frederico, engenhosamente, tornou ineficazes todas as tentativas de retirar Lutero de sob sua proteção. Na época, Frederico podia desobedecer tanto ao papa quanto ao imperador, porque os turcos estavam entrando na Europa, e o papa precisaria da ajuda de todos os príncipes cristãos para combatê-los. Foi graças a um pedido de Frederico, o sábio, que Lutero foi julgado na Alemanha e não em Roma. Os príncipes alemães aderiram às teses luteranas devido ao seu interesse em limitar os poderes da igreja católica e conseguir a independência política dos seus Estados.
b) da ação de Henrique VIII que, pautado pela doutrina da predestinação divina, funda a igreja nacional na Inglaterra, mas ainda ligada a Roma.
Incorreta. Henrique VIII desejava findar sua união matrimonial com Catarina de Aragão, mas a Igreja Católica não aceitava o divórcio. Em 1533, retirou a ala inglesa do Catolicismo e criou a Igreja Anglicana, rompendo com Roma.
c) do decisivo apoio político de Martinho Lutero e dos seus seguidores à revolta dos camponeses alemães, em 1524.
Incorreta. Lutero não apoiou a revolta dos camponeses de 1524 porque esta não coincidia com os interesses dos príncipes alemães que a ele se ligavam e que o protegiam.
d) da efetivação da aliança, a partir de 1533, entre João Calvino e a monarquia francesa, ambos interessados em reforçar o poder da Igreja católica.
Incorreta. Calvino não tinha interesse em reforçar o poder da Igreja Católica, pelo contrário: como Lutero, foi um dos críticos da instituição.
e) da interferência da nobreza alemã para que os luteranos e calvinistas se mantivessem fiéis ao papa.
Incorreta. A nobreza alemã aderiu aos ideais calvinistas e luteranos justamente por desejar romper com o papa e limitar os poderes da Igreja Católica.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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