Questão 13314

(UEL - 2015) Leia o texto a seguir.

A conquista do tempo através da medida é claramente percebida como um dos importantes aspectos do controle do Universo pelo homem. De um modo não tão geral, observa-se como, em uma sociedade, a intervenção dos detentores do poder na medida do tempo é um elemento essencial do seu poder: o calendário é um dos grandes emblemas e instrumentos do poder; por outro lado, apenas os detentores carismáticos do poder são senhores do calendário: reis, padres, revolucionários.

LE GOFF, J. História e Memória. Trad. de Bernardo Leitão et al. 7.ed. Campinas: Unicamp, 2013. p.442.

No processo histórico das sociedades humanas, os senhores do poder procuram ampliar o seu domínio socioeconômico vinculando-o ao tempo cronológico.

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um exemplo de apropriação do tempo associado a um poder que originou um novo calendário.

A

O Édito de Constantino impôs o calendário Justiniano a todo o Ocidente cristão modificando as datas de celebrações religiosas.

B

A Reforma Calvinista produziu uma nova contagem de tempo para a sociedade referente ao mundo sagrado, consagrando a epopeia da libertação.

C

A Revolução Chinesa criou um novo calendário apropriando-se do controle da temporalidade no campo pelas novas técnicas agrícolas desenvolvidas por Mao Tse Tung.

D

A Revolução Francesa rompeu com o calendário em vigor, a partir da deposição do rei pela Convenção criada para formular uma nova constituição.

E

A Revolução Inglesa modificou o calendário no qual se regulava a balança comercial britânica com as suas colônias, aprimorando a concentração do lucro.

Gabarito:

A Revolução Francesa rompeu com o calendário em vigor, a partir da deposição do rei pela Convenção criada para formular uma nova constituição.



Resolução:

a) O Édito de Constantino impôs o calendário Justiniano a todo o Ocidente cristão modificando as datas de celebrações religiosas.

Incorreto. O calendário Justiniano é anterior ao cristianismo ser a religião oficial. Ele estabelece o sábado como o dia do rei sol. 

b) A Reforma Calvinista produziu uma nova contagem de tempo para a sociedade referente ao mundo sagrado, consagrando a epopeia da libertação.

Incorreto. Essa reforma mantém a mesma contagem de tempo.

c) A Revolução Chinesa criou um novo calendário apropriando-se do controle da temporalidade no campo pelas novas técnicas agrícolas desenvolvidas por Mao Tse Tung.

Incorreto. Na Revolução Chinesa, não houve a substituição por um calendário novo. 

d) A Revolução Francesa rompeu com o calendário em vigor, a partir da deposição do rei pela Convenção criada para formular uma nova constituição.

Correta. Em 1793, durante a "Convenção", os Jacobinos adotaram algumas medidas sociais importantes como congelamento de preços, fim da escravidão nas colônias da França, entre outras. Também foi elaborado um novo calendário, o Republicano, introduzido oficialmente em 1795, era dividido em 12 meses de 30 dias, os cincos dias que faltavam eram feriados públicos. Os meses tinham nomes relacionados aos ciclos agrícolas e da natureza. Desta forma, confirma-se a ideia de Le Goff associando calendário com o poder instituído.

e) A Revolução Inglesa modificou o calendário no qual se regulava a balança comercial britânica com as suas colônias, aprimorando a concentração do lucro.

Incorreto. A Revolução Inglesa não alterou o calendário.



Questão 1841

(Uel 2010) Observe a frase: “Os deputados decidiram errar onde não poderiam” e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo “onde”.

 

O labirinto da internet

 

Um paradoxo da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo – sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto, mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante.

(Adaptado de: SANTANA, João. O labirinto da internet. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm>. Acesso em: 20 jul. 2009).

 

 

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Questão 1842

(Uel 2010) Considerando as frases a seguir:

I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”.

II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”.

 

 

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Questão 1854

(UEL - 2010) 

FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.

(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009)

Considere o trecho:

“Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.

As palavras grifadas são

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Questão 1859

(Uel 1997) PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente,

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