(FGV - 2012) Leia o texto.
Classicamente, existem três grandes formas de abordagens analíticas do populismo. Ele pode ser estudado como um fenômeno de origem social, como uma forma de governo ou como uma ideologia específica. Em qualquer de suas formas, o populismo necessita de alguns elementos básicos para se concretizar: independente das particularidades das ocorrências, ele surge quando há uma massificação de amplas camadas da sociedade que desvincula os indivíduos de seus quadros sociais de origem e os reúne na massa, relacionados entre si por uma sociabilidade periférica e mecânica; quando há uma perda da representatividade e da exemplaridade da classe dirigente; quando há a presença de um líder dotado de carisma de massas.
(Emerson Urizzi Cervi, As sete vidas do populismo In Revista de Sociologia e Política, n.º 17, Curitiba, nov.2001.)
Na História do Brasil, o mais comum é associar o populismo ao período compreendido entre
1889 – ano da proclamação da República e da posse de um militar na presidência – e 1894 – data da eleição do primeiro presidente civil do país.
1894 – quando o paulista Prudente de Morais assume a presidência – e 1926 – ano do encerramento do mandato de presidente do mineiro Artur Bernardes.
1930 – ano de uma ruptura institucional: a chamada Revolução de 30 – e 1964 – por causa do golpe de Estado que derrubou o presidente João Goulart.
1968 – ano da imposição do Ato Institucional n.º 5 – e 1978 – quando este mesmo instrumento autoritário deixou de vigorar.
1985 – com o fim do ciclo autoritário nascido em 1964 – e 1989 – ano da eleição do presidente Fernando Collor de Mello pelo voto direto.
Gabarito:
1930 – ano de uma ruptura institucional: a chamada Revolução de 30 – e 1964 – por causa do golpe de Estado que derrubou o presidente João Goulart.
c) 1930 – ano de uma ruptura institucional: a chamada Revolução de 30 – e 1964 – por causa do golpe de Estado que derrubou o presidente João Goulart.
Correta. Vargas é o símbolo máximo do populismo no Brasil. Após a restauração da democracia com o fim do Estado Novo, comumente, considera-se os demais governantes também como populistas, Dutra, JK, Jânio e Jango. O populismo é interrompido pelo Golpe de 64 que instaurou a ditadura militar no Brasil.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
Ver questão
(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
Ver questão
(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
Ver questão