Questão 13443

(PUC/Camp - 2017) 

Na América Latina do século XX, em incontáveis momentos, a criação artística articulou-se com utopias ou perspectivas de transformação social. Em diferentes contextos, artistas usaram sua produção para corroborar determinados projetos políticos ou consentiram que suas criações fossem apropriadas e sustentadas por movimentos políticos, dentro ou fora do Estado.

(PRADO, Maria Ligia e PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014, p. 187-188)

A construção de Brasília contou com apaixonados simpatizantes e ferrenhos críticos do projeto, entre artistas e profissionais liberais de distintos ramos. Dentre as polêmicas que ainda hoje cercam o projeto conhecido como Plano Piloto, destaca-se

A

a incapacidade de inclusão das populações pobres que migraram para a região para a execução da obra, como os “candangos”, trabalhadores que se estabeleceram na periferia da cidade e contribuíram para o surgimento das cidades satélites, hoje densamente povoadas.

B

o alto custo desse investimento para os cofres públicos, uma vez que foi necessário ao governo brasileiro contrair empréstimos nos Estados Unidos para a construção da cidade, que só deixou de representar um peso orçamentário ao ser reconhecida como patrimônio da humanidade e passar a ser mantida, na atualidade, por entidades internacionais.

C

a inadequação do projeto à locomoção na cidade, bem como o isolamento, por guarnições militares, do setor de edifícios que sempre abrigaram os poderes governamentais, características que se vinculavam ao autoritarismo vigente no país sob o mandato de Juscelino Kubitschek.

D

a marca stalinista presente na arquitetura monumental empregada, na divisão da cidade em “setores”, na numeração de ruas e blocos, e que ecoava as inclinações políticas dos idealizadores do projeto, Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx, que já gozavam de renome internacional.

E

o prejuízo que a transferência da capital federal significou para o Rio de Janeiro, uma vez que resultou em milhares de funcionários públicos desempregados, crise que favoreceu o fortalecimento político de Carlos Lacerda, artífice do golpe de 64 e defensor do regime militar durante toda a ditadura.

Gabarito:

a incapacidade de inclusão das populações pobres que migraram para a região para a execução da obra, como os “candangos”, trabalhadores que se estabeleceram na periferia da cidade e contribuíram para o surgimento das cidades satélites, hoje densamente povoadas.



Resolução:

A construção de Brasília contou com apaixonados simpatizantes e ferrenhos críticos do projeto, entre artistas e profissionais liberais de distintos ramos. Dentre as polêmicas que ainda hoje cercam o projeto conhecido como Plano Piloto, destaca-se

a)  a incapacidade de inclusão das populações pobres que migraram para a região para a execução da obra, como os “candangos”, trabalhadores que se estabeleceram na periferia da cidade e contribuíram para o surgimento das cidades satélites, hoje densamente povoadas.

Correta.

b) o alto custo desse investimento para os cofres públicos, uma vez que foi necessário ao governo brasileiro contrair empréstimos nos Estados Unidos para a construção da cidade, que só deixou de representar um peso orçamentário ao ser reconhecida como patrimônio da humanidade e passar a ser mantida, na atualidade, por entidades internacionais.

Incorreta. Brasília não é um patrimônio da humanidade

c) a inadequação do projeto à locomoção na cidade, bem como o isolamento, por guarnições militares, do setor de edifícios que sempre abrigaram os poderes governamentais, características que se vinculavam ao autoritarismo vigente no país sob o mandato de Juscelino Kubitschek.

Incorreta. “a inadequação do projeto à locomoção na cidade” Brasília foi extremamente bem planejada, o Plano Piloto levou em consideração todos os fatores necessários para o planejamento urbano. “características que se vinculavam ao autoritarismo vigente” o governo de JK não era autoritário

d) a marca stalinista presente na arquitetura monumental empregada, na divisão da cidade em “setores”, na numeração de ruas e blocos, e que ecoava as inclinações políticas dos idealizadores do projeto, Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx, que já gozavam de renome internacional.

Incorreta. “a marca stalinista presente na arquitetura monumental empregada” o Plano Piloto não possui influência stalinista ou marxista

e) o prejuízo que a transferência da capital federal significou para o Rio de Janeiro, uma vez que resultou em milhares de funcionários públicos desempregados, crise que favoreceu o fortalecimento político de Carlos Lacerda, artífice do golpe de 64 e defensor do regime militar durante toda a ditadura.

Incorreta.  Carlos Lacerda apoiou o Golpe de 64 apenas no início.



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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