Questão 13519

(FGV - 2016) Hitler referia-se frequentemente à necessidade da guerra, oscilando do ponto de vista mítico ao do estrategista militar (...) e toda sua concepção de política se apoiava sobre a necessidade histórica de assegurar ao povo alemão seu espaço vital. Como o espaço vital sempre fora conservado ou conquistado pela luta, não via outra alternativa senão fazer uso ‘defensivo’ da guerra, que seria o ‘objetivo derradeiro da política’.

LENHARO, A., Nazismo. “O triunfo da vontade”. São Paulo: Ática, 1998, p. 75.

O “espaço vital” evocado na Alemanha nazista referia-se

A

a territórios localizados a leste da Alemanha e às áreas cedidas à França pelo Tratado de Versalhes.

B

ao território alemão, que deveria ser defendido das investidas expansionistas de franceses, poloneses e eslovacos.

C

aos territórios localizados na África, onde minorias alemãs eram oprimidas pelas elites locais.

D

aos territórios e países controlados por regimes fascistas como Espanha, Portugal e Itália.

E

às terras dos judeus, em toda a Europa, que deveriam ser incorporadas aos domínios alemães.

Gabarito:

a territórios localizados a leste da Alemanha e às áreas cedidas à França pelo Tratado de Versalhes.



Resolução:

a) a territórios localizados a leste da Alemanha e às áreas cedidas à França pelo Tratado de Versalhes.

Correta. O "espaço vital" consistia em territórios pertencentes à Alemanha na Europa continental localizados no leste, como Polônia, Tchecoeslováquia e outros, além dos territórios cedidos à França( por exemplo, Alsácia e Lorena) cedidos pelo Tratado de Versalhes.

b) ao território alemão, que deveria ser defendido das investidas expansionistas de franceses, poloneses e eslovacos.

Incorreto. O território alemão não era considerado em si o espaço vital, segundo a visão dos nazistas. O "espaço vital" é um conceito que vincula os territórios que eram pertencentes à Alemanha e que foram perdidos após a Primeira Guerra Mundial por meio do Tratado de Versalhes.

c) aos territórios localizados na África, onde minorias alemãs eram oprimidas pelas elites locais.

Incorreto. O conceito de "espaço vital" está vinculado unicamente aos territórios do continente europeu próximos à Alemanha.

d) aos territórios e países controlados por regimes fascistas como Espanha, Portugal e Itália.

Incorreto. Hitler tinha como objetivo aliar aos regimes fascistas presentes em Portugal, Espanha e Itália, respeitando as suas zonas de influência. Os nazistas queriam apenas expandir por territórios pertencentes à Alemanha na Europa, antes da Primeira Guerra Mundial. (territórios do leste europeu e alguns territórios na zona de fronteira franco-germânica, por exemplo, Alsácia e Lorena).

e) às terras dos judeus, em toda a Europa, que deveriam ser incorporadas aos domínios alemães.

Incorreto. Hitler almejava o domínio alemão sob os judeus em diversos aspectos: econômico, físico, social e outros. Contudo, o "espaço vital" não esteve vinculado aos territórios de domínio dos judeus, mas as regiões do leste europeu e regiões de fronteira entre Alemanha e França.



Questão 1849

(FGV - 2005)

Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".

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Questão 1850

(FGV)

Assinale a alternativa gramaticalmente correta.

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Questão 1855

(FGV - 2008)

No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:

Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.

Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.

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Questão 1863

(FGV - 2008)

Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.

ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?

O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.

O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)

A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.

Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".

Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.

A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.

O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.

(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)

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