(FGV - 2013) Observe o gráfico.
A partir dos dados apresentados, é correto considerar que
o endividamento público, a partir de meados dos anos 1960, deve ser atribuído aos investimentos realizados na prospecção de petróleo, pois os governos ditatoriais objetivavam a autossuficiência nessa área.
durante o governo Geisel, mesmo diante de um contexto de crise econômica internacional, optou-se pelo endividamento externo para financiar o II Plano Nacional de Desenvolvimento.
o progressivo aumento da dívida externa durante a ditadura foi compensado pelas altas taxas do PIB, que atingiram os seus melhores níveis durante os governos Geisel e Figueiredo.
o governo Médici impôs um modelo econômico baseado na industrialização dos bens de consumo não duráveis, objetivando a universalização do consumo nacional, mas que gerou a dívida externa.
a dívida externa brasileira não trouxe maiores preocupações dos economistas durante a ditadura, porque o seu crescimento garantiu uma melhora importante na distribuição das riquezas nacionais.
Gabarito:
durante o governo Geisel, mesmo diante de um contexto de crise econômica internacional, optou-se pelo endividamento externo para financiar o II Plano Nacional de Desenvolvimento.
a) o endividamento público, a partir de meados dos anos 1960, deve ser atribuído aos investimentos realizados na prospecção de petróleo, pois os governos ditatoriais objetivavam a autossuficiência nessa área.
Incorreto. Deve ser atribuído aos investimentos na área de produção de insumos básicos, bens de capital, alimentos e energia, como resposta para o fim do milagre econômico e a crise do petróleo. Estes investimentos foram realizados com capital estrangeiro.
b) durante o governo Geisel, mesmo diante de um contexto de crise econômica internacional, optou-se pelo endividamento externo para financiar o II Plano Nacional de Desenvolvimento.
Correta. O II Plano Nacional de Desenvolvimento conhecido também como II PND foi um pano econômico brasileiro criado durante o governo militar de Ernesto Geisel (1974-1979), com o objetivo de estimular a produção de insumos básicos, bens de capital, alimentos e energia, como resposta para o fim do milagre econômico e a crise do petróleo (1973/1979).
c) o progressivo aumento da dívida externa durante a ditadura foi compensado pelas altas taxas do PIB, que atingiram os seus melhores níveis durante os governos Geisel e Figueiredo.
Incorreto. O aumento da dívida externa durante a ditadura não foi compensado pelo PIB.
d) o governo Médici impôs um modelo econômico baseado na industrialização dos bens de consumo não duráveis, objetivando a universalização do consumo nacional, mas que gerou a dívida externa.
Incorreto. Não é correto afirmar que durante o governo Médici apenas baseou a industrialização de bens de consumo não duráveis(setor alimentício, têxtil e outros). Além disso, o governo promoveu a entrada de multinacionais, as quais viabilizaram a industrialização de bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos, eletrônicos, máquinas e outros) por meio do auxílio do maciço ingresso de capital estrangeiro.
e) a dívida externa brasileira não trouxe maiores preocupações dos economistas durante a ditadura, porque o seu crescimento garantiu uma melhora importante na distribuição das riquezas nacionais.
Incorreto. Trouxe enormes preocupações aos economistas e não contribuiu para distribuição das riquezas nacionais, estas continuaram concentradas.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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