(PUC/Camp - 2016) No fim de 1944 estávamos em regime de ditadura no Brasil, como todos sabem. Uma ditadura que já se ia dissolvendo, porque o ditador de então começara a acertar o passo com as chamadas Potências do Eixo; mas quando os Estados Unidos entraram na guerra e pressionaram no mesmo sentido os seus dependentes, ele não só passou para o outro lado, como teve de concordar que o país interviesse efetivamente na luta, como aliás pedia a opinião pública, às vezes em manifestações de massa que foram as primeiras a quebrar a rotina disciplinada de tranquilidade aparente nas grandes cidades.
(CÂNDIDO, Antonio. Teresina etc. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980, p. 107-108)
A entrada do país norte-americano na II Guerra Mundial, a que o texto de Antonio Cândido se refere, pode ser explicada, entre outras razões,
pela ascensão de regimes totalitários na Europa, que passaram a ameaçar o domínio comercial dos Estados Unidos na região.
pelo acelerado aumento da população norte-americana em áreas de disputa entre os países Aliados e os países do Eixo.
pela disputa imperialista travada entre os Estados Unidos e o Japão pelas ilhas e rotas de comércio do Oceano Pacífico.
pela tentativa dos Estados Unidos em mediar o conflito entre os países de regime democrático e os países nazifascistas.
pelo acidente aéreo envolvendo caças americanos e soviéticos provocado pelos bombardeios japoneses no Pacífico.
Gabarito:
pela disputa imperialista travada entre os Estados Unidos e o Japão pelas ilhas e rotas de comércio do Oceano Pacífico.
a) pela ascensão de regimes totalitários na Europa, que passaram a ameaçar o domínio comercial dos Estados Unidos na região.
Incorreto. Durante a ascensão dos regimes totalitários europeus(fascismo italiano e nazismo alemão), nas décadas de 1920 e 1930, não representou uma ameaça comercial para os Estados Unidos, pois nenhum desses países procuraram a entrar em uma guerra comercial( havia outras prioridades políticas e sociais que diferenciavam entre eles, principalmente, após 1929).
b) pelo acelerado aumento da população norte-americana em áreas de disputa entre os países Aliados e os países do Eixo.
Incorreto. A entrada dos EUA na II Guerra Mundial esteve vinculado com a questão da expansão japonesa no Extremo Oriente e no Pacífico, entrando em choque com os interesses dos norte-americanos.
c) pela disputa imperialista travada entre os Estados Unidos e o Japão pelas ilhas e rotas de comércio do Oceano Pacífico.
Correta. A entrada dos EUA na II Guerra esteve ligado com as divergências diplomáticas, políticas e econômicas com o Japão. (expansionismo japonês na Ásia e no Pacífico).
d) pela tentativa dos Estados Unidos em mediar o conflito entre os países de regime democrático e os países nazifascistas.
Incorreto. Desde o final da Primeira Guerra Mundial, em 1918, os EUA defenderam uma política de isolamento em relação aos problemas políticos e sociais dos europeus, que foi enfaticamente praticado pelo presidente Roosevelt (não sendo o centro de mediação entre países de regime democrático e os países nazifascistas, um exemplo disso foi o acordo de Munique de 1938, que teve a intervenção e mediação da Itália(sem ajuda dos EUA), evitando uma outra guerra entre os países europeus).
e) pelo acidente aéreo envolvendo caças americanos e soviéticos provocado pelos bombardeios japoneses no Pacífico.
Incorreto. Esse evento não foi responsável por ser uma das causas que levaram os EUA a ingressar na II Guerra Mundial.
(PUC-SP-2001)
A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.
No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.
Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.
Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:
“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”
Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.
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(Pucpr 2004)
"Aula de Português"
A linguagem na ponta da língua,
tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada das estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.)
Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:
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(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.
A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.
CAPÍTULO 2 (O CORPO)
Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor
Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés
Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.
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(Puccamp 2016)
Editorial
Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.
Comenta-se com correção:
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