Questão 13668

(Puccamp 2016) A Grécia é a principal porta de entrada para os milhares de refugiados que tentam chegar à Europa desafiando o Mediterrâneo em embarcações lotadas e inseguras. Fala-se em crise humanitária no continente europeu. Sobre o assunto, considere as afirmações abaixo.
I. Países europeus têm adotado posturas rígidas em relação à entrada de refugiados, como o caso da Hungria e da Áustria. Outros são liberais no acolhimento, como o caso da Alemanha.
II. O aumento do número de imigrantes tem forçado a ampliação do Acordo de Schengen para facilitar a livre circulação de pessoas entre os países que compõem a União Europeia.
III. A situação criada pela entrada maciça de migrantes aumenta a xenofobia e o crescimento de partidos de extrema direita, que defendem políticas anti-imigração.


Está correto o que se afirma APENAS em

A

I e III.

B

I.

C

I e II.

D

II e III.

E

III.

Gabarito:

I e III.



Resolução:

(Puccamp 2016) A Grécia é a principal porta de entrada para os milhares de refugiados que tentam chegar à Europa desafiando o Mediterrâneo em embarcações lotadas e inseguras. Fala-se em crise humanitária no continente europeu. Sobre o assunto, considere as afirmações abaixo.


[CORRETA] I. Países europeus têm adotado posturas rígidas em relação à entrada de refugiados, como o caso da Hungria e da Áustria. Outros são liberais no acolhimento, como o caso da Alemanha.

A maioria dos europeus apoia o acolhimento de refugiados, apesar de não aprovar a maneira como a União Europeia tem tratado o crescente fluxo migratório dos últimos anos, de acordo com uma nova pesquisa realizada pelo Pew Research Center. No momento em que a intolerância em relação à imigração faz com que propostas políticas eurocéticas e anti-imigrantes favoreçam partidos de direita na Europa, a pesquisa, feita entre maio e julho deste ano, mostrou que mais de 80% dos adultos em Espanha, Holanda, Alemanha e Suécia são a favor do acolhimento de refugiados que fogem da violência e da guerra em seus países de origem.

Com mais de 70%, o apoio também foi alto na França e no Reino Unido. Mesmo na Grécia e na Itália, os maiores portos de entrada para imigrantes que querem chegar à Europa, a pesquisa mostrou que a maioria dos cidadãos deseja o acolhimento de refugiados. O menor índice de aprovação veio da Hungria, com 32%, e da Polônia, com 49%.

A crise migratória de 2015 expôs grandes divisões dentro da União Europeia, com países do Leste Europeu se negando a acolher refugiados que chegavam principalmente da Síria. Segundo a pesquisa do Pew Research Center, 92% dos gregos, 78% dos italianos e 66% dos alemães e britânicos não aprovam o tratamento do tema pela UE. Fora da Europa, México, Canadá e Austrália mostraram grandes níveis de aceitação de refugiados, acima de 70%, enquanto os EUA e o Japão ficaram em 66%.

[INCORRETA] II. O aumento do número de imigrantes tem forçado a ampliação do Acordo de Schengen para facilitar a livre circulação de pessoas entre os países que compõem a União Europeia.

Acordo de Schengen é uma convenção entre países europeus sobre uma política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas entre os países signatários. Não teve nenhuma política de ampliação do acordo, mas sim algumas restrições por alguns países, como Itália, Hungria, Polônia.

[CORRETA]III. A situação criada pela entrada maciça de migrantes aumenta a xenofobia e o crescimento de partidos de extrema direita, que defendem políticas anti-imigração.

A crise de refugiados teve uma pausa, mas a xenofobia na Europa não.

https://internacional.estadao.com.br/noticias/nytiw,crise-de-imigracao-na-europa-ja-passou-mas-xenofobia-continua,70002393322

 



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

__________________________________________________________________________________________________________________________________________

Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

Ver questão

Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

Ver questão

Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

Ver questão

Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

Ver questão