(Upe-ssa 1 2016) “Os mais antigos filósofos gregos já afirmavam que tudo provém da água. A ciência tem, por sua vez, demonstrado que a vida se originou na água e que ela se constitui como a matéria predominante em todos os corpos vivos. Por mais que tentemos, não somos capazes de imaginar um tipo de vida em sociedade que dispense o uso da água: água para beber e cozinhar, para a higiene do lar e das cidades; para uso industrial, irrigação das plantações, geração de energia, navegação, transporte de detritos (...) As águas constituíram sempre o elemento, que possibilitou a descoberta de novos mundos: o caminho para as Índias e para a América, a passagem de Magalhães, a penetração pelos continentes. Foram os rios que permitiram o desbravamento do interior brasileiro pelos bandeirantes e a ampliação do território nacional”.
BRANCO, Samuel Murgel. Água, origem, uso e preservação. São Paulo: Moderna, 1993. (Adaptado)
Com base no texto transcrito e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas a seguir:
1. A água, que provém dos complexos mecanismos de formação de chuvas, alimenta, em parte, o lençol freático, contudo a infiltração dessas águas é mais intensa exatamente nos corpos litológicos ígneos intrusivos.
2. A água em estado líquido desempenhou um papel decisivo no resfriamento do planeta, dissolvendo grande parte do gás carbônico atmosférico, transformando-o em carbonatos, que se precipitaram nos oceanos e nos mares.
3. Uma bacia hidrográfica tem um regime fluvial do tipo sazonal intermitente, quando atravessa áreas onde o índice de evapotranspiração potencial durante o ano é inferior ao índice pluviométrico anual.
4. O ar encontra-se saturado de umidade no momento em que esta começa a se condensar, originando a neblina. Quando a temperatura é baixa, a neblina se forma em quantidades muito menores de vapor de água que quando a temperatura se encontra mais elevada.
5. A quantidade de água existente na natureza terrestre é constante, ou seja, ela não se perde. Contudo, a sua distribuição no tempo e no espaço pode ser alterada em função da periodicidade das chuvas e de outros fenômenos que alteram o ciclo hidrológico normal.
Assinale
se apenas 1 e 5 estiverem corretas.
se apenas 2 e 3 estiverem corretas.
se apenas 2, 4 e 5 estiverem corretas.
se apenas 1, 2 e 5 estiverem corretas.
se 1, 2, 3, 4 e 5 estiverem corretas.
Gabarito:
se apenas 2, 4 e 5 estiverem corretas.
1. A água, que provém dos complexos mecanismos de formação de chuvas, alimenta, em parte, o lençol freático, contudo a infiltração dessas águas é mais intensa exatamente nos corpos litológicos ígneos intrusivos. INCORRETA - A infiltração vai ocorrer principalmente em corpos litológicos ( rochas) sedimentares, que formarão rochas de aspcetos mais grosseiros, como o Arenito, que permitirão a percolação da água.
2. A água em estado líquido desempenhou um papel decisivo no resfriamento do planeta, dissolvendo grande parte do gás carbônico atmosférico, transformando-o em carbonatos, que se precipitaram nos oceanos e nos mares. CORRETA - A presença de água na Terra que permitiu a formação dos coacervados e depois mais tarde de bactérias.
3. Uma bacia hidrográfica tem um regime fluvial do tipo sazonal intermitente, quando atravessa áreas onde o índice de evapotranspiração potencial durante o ano é inferior ao índice pluviométrico anual. INCORRETA - Para existir um rio intermitente, ou seja, um rio que seca durante uma parte do ano, que não chove, a evapotranspiração ( a perda de água para a atmosfera) precisa ser maior que o índice pluviométrico anual ( a quantidade de chuva), ou seja tem que evaporar mais água do que chover e não o contrário.
4. O ar encontra-se saturado de umidade no momento em que esta começa a se condensar, originando a neblina. Quando a temperatura é baixa, a neblina se forma em quantidades muito menores de vapor de água que quando a temperatura se encontra mais elevada. - CORRETA - Essa questão pode trazer uma confusão, porque diz que a neblina se forma em quantidade menores de vapor d'água que quando a temperatura se encontra mais elevada, isso porque se a temperatura for muito baixa não haverá evaporação da água e não vai haver o vapor d'água. Ou seja, tem muita umidade no solo, essa umidade do solo evapora com um certo calor, satura o ar, e esse ar, na medida que chega a madrugada começa a se resfriar de novo, transformando aquela vapor d'água na neblina que nós conhecemos.
5. A quantidade de água existente na natureza terrestre é constante, ou seja, ela não se perde. Contudo, a sua distribuição no tempo e no espaço pode ser alterada em função da periodicidade das chuvas e de outros fenômenos que alteram o ciclo hidrológico normal. CORRETA - sim, a água no mundo se movimenta, mas não sai para o espaço sideral, ela chega até a atmosfera e volta para a crosta terrestre, perfazendo o ciclo natural da água.
PORTANTO: alternativa C, 2, 4 e 5 corretas.
por Igor M. Moreira
(UPE/SSA 1 - 2016/ Adaptada)
Aristóteles, ao admitir a arte como recriação da realidade, também sistematizou e organizou parâmetros, em seu livro Arte Poética, para distinguir os tipos de produção literária existentes na época. Hoje denominamos esses três diferentes tipos de texto de lírico (palavra cantada), épico (palavra narrada) e dramático (palavra representada). Partindo dos conceitos acima expressos, leia os três textos a seguir:
Texto 1
Corridinho
O amor quer abraçar e não pode.
A multidão em volta,
com seus olhos cediços,
põe caco de vidro no muro
para o amor desistir.
O amor pega o cavalo,
desembarca do trem,
chega na porta cansado
de tanto caminhar a pé.
O amor usa o correio,
o correio trapaceia,
a carta não chega,
o amor fica sem saber
se é ou não é.
Fala a palavra açucena,
pede água, bebe café,
dorme na sua presença,
chupa bala de hortelã.
Tudo manha, truque, engenho:
é descuidar, o amor te pega,
te come, te molha todo.
Mas água o amor não é
(Adélia Prado)
Texto 2
Enquanto isto se passa na formosa
Casa etérea do Olimpo omnipotente,
Cortava o mar a gente belicosa
Já lá da banda do Austro e do Oriente,
Entre a costa Etiópica e a famosa
Ilha de São Lourenço; e o Sol ardente
Queimava então os Deuses que Tifeu
Co temor grande em peixes converteu.
Tão brandamente os ventos os levavam
Como quem o Céu tinha por amigo;
Sereno o ar e os tempos se mostravam,
Sem nuvens, sem receio de perigo.
O promontório Prasso já passavam
Na costa de Etiópia, nome antigo,
Quando o mar, descobrindo, lhe mostrava
Novas ilhas, que em torno cerca e lava.
(Camões)
Texto 3
Entra Todo o Mundo, rico mercador, e faz que anda buscando alguma cousa que perdeu; e
logo após, um homem, vestido como pobre. Este se chama Ninguém e diz:
Ninguém: Que andas tu aí buscando?
Todo o Mundo: Mil cousas ando a buscar:
delas não posso achar,
porém ando porfiando
por quão bom é porfiar.
Ninguém: Como hás nome, cavaleiro?
Todo o Mundo: Eu hei nome Todo o Mundo
e meu tempo todo inteiro
sempre é buscar dinheiro
e sempre nisto me fundo.
Ninguém: Eu hei nome Ninguém,
e busco a consciência.
Belzebu: Esta é boa experiência:
Dinato, escreve isto bem.
Dinato: Que escreverei, companheiro?
Belzebu: Que ninguém busca
consciência.
e todo o mundo dinheiro.
Ninguém: E agora que buscas lá?
Todo o Mundo: Busco honra muito grande.
Ninguém: E eu virtude, que Deus mande
que tope com ela já.
Belzebu: Outra adição nos acude:
escreve logo aí, a fundo,
que busca honra todo o mundo
e ninguém busca virtude.
(Gil Vicente)
Analise as afirmativas a seguir e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.
( ) Os três textos, consoante Aristóteles, pertencem aos gêneros dramático, lírico e épico, respectivamente.
( ) O texto 2 expressa uma visão do sentimento amoroso, traduzida por uma voz lírica emotiva, que corresponde ao eu poético criado pela autor.
( ) O texto 2 traz o relato do início da viagem de Vasco da Gama, recurso usado por Camões para narrar a história do povo lusitano, em Os Lusíadas, mais célebre epopeia em Língua Portuguesa.
( ) O texto 3 é um fragmento do Auto da Lusitânia, em que o autor Gil Vicente critica os vícios humanos com base nas ações de quatro personagens: Todo o Mundo, Ninguém, Dinato e Belzebu.
( ) O texto 3 retrata uma realidade social que perdura até os dias atuais, o que justifica o fato de as peças vicentinas serem consideradas atemporal e aespacial. É a atualidade dos temas utilizados pelo teatrólogo medieval, que torna suas peças aceitas por expectadores de diferentes épocas.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
Ver questão
(UPE - 2014)
“Ali ficamos um pedaço, bebendo e folgando, ao longo dela, entre esse arvoredo, que é tanto, tamanho, tão basto e de tantas prumagens, que homens as não podem contar. Há entre ele muitas palmas, de que colhemos muitos e bons palmitos.”
“Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm, nem entendem nenhuma crença. E, portanto,se os degredados, que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de boa simplicidade. E imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho, que lhes quiserem dar. E pois Nosso Senhor, que lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens, por aqui nos trouxe, creio que não foi sem causa.”
“Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha,nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios, que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.”
Partindo da leitura das três citações da Carta de Pero Vaz de Caminha, analise os itens a seguir:
I. Trata-se de um documento histórico que exalta a terra descoberta mediante o uso de expressões valorativas dos hábitos e costumes de seus habitantes, o que, de um lado, revela a surpresa dos portugueses recém-chegados, de outro, tem a intenção de instigar o rei a dar início à colonização.
II. Ao afirmar que os habitantes da nova terra não têm nenhuma crença, Caminha faz uma avaliação que denota seu desconhecimento sobre a cultura daqueles que habitam a terra descoberta, pois todos os grupos sociais, primitivos ou não, têm suas crenças e mitos.
III. Caminha usa a conversão dos gentios como argumento para atrair a atenção do Rei Dom Manuel sobre a terra descoberta, colocando, mais uma vez, a expansão da fé cristã como bandeira dos conquistadores portugueses.
IV. Ao afirmar que os habitantes da terra descoberta não lavram nem criam, alimentam-se do que a natureza lhes oferece, Caminha tece uma crítica à inaptidão e inércia daqueles que vivem mal, utilizando, por desconhecimento, as riquezas naturais da região.
V. As citações revelam que a Carta do Achamento do Brasil tem por objetivo descrever a nova terra de modo a atrair os que estão distantes pela riqueza e beleza de que é possuidora.
Estão CORRETOS, apenas,
Ver questão
(Upe 2014)
“Ali ficamos um pedaço, bebendo e folgando, ao longo dela, entre esse arvoredo, que é tanto, tamanho, tão basto e de tantas prumagens, que homens as não podem contar. Há entre ele muitas palmas, de que colhemos muitos e bons palmitos.” “Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm, nem entendem nenhuma crença.
E, portanto, se os degredados, que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de boa simplicidade. E imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho, que lhes quiserem dar. E pois Nosso Senhor, que lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens, por aqui nos trouxe, creio que não foi sem causa.”
“Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios, que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.”
Partindo da leitura das três citações da Carta de Pero Vaz de Caminha, analise os itens a seguir:
I. Trata-se de um documento histórico que exalta a terra descoberta mediante o uso de expressões valorativas dos hábitos e costumes de seus habitantes, o que, de um lado, revela a surpresa dos portugueses recém-chegados, de outro, tem a intenção de instigar o rei a dar início à colonização.
II. Ao afirmar que os habitantes da nova terra não têm nenhuma crença, Caminha faz uma avaliação que denota seu desconhecimento sobre a cultura daqueles que habitam a terra descoberta, pois todos os grupos sociais, primitivos ou não, têm suas crenças e mitos.
III. Caminha usa a conversão dos gentios como argumento para atrair a atenção do Rei Dom Manuel sobre a terra descoberta, colocando, mais uma vez, a expansão da fé cristã como bandeira dos conquistadores portugueses.
IV. Ao afirmar que os habitantes da terra descoberta não lavram nem criam, alimentam-se do que a natureza lhes oferece, Caminha tece uma crítica à inaptidão e inércia daqueles que vivem mal, utilizando, por desconhecimento, as riquezas naturais da região.
V. As citações revelam que a Carta do Achamento do Brasil tem por objetivo descrever a nova terra de modo a atrair os que estão distantes pela riqueza e beleza de que é possuidora.
Estão CORRETOS, apenas,
(Upe 2015)
As Vanguardas europeias são movimentos artísticos e culturais, com repercussão em muitas escolas literárias brasileiras. Pode-se, inclusive, afirmar que elementos constitutivos das Vanguardas estão presentes em autores e obras da estética literária modernista. Sendo assim, diante dessa afirmativa, assinale a alternativa CORRETA.
Ver questão