Questão 13924

(UNICAMP - 2012 - 1ª FASE) No período das grandes navegações, os marinheiros enfrentavam sérios problemas quando as caravelas entravam em zonas de calmaria. Em relação ao tema, pode-se afirmar que:

A

As caravelas possuíam estoque alimentar suficiente para permanecer vários meses estacionadas, para o caso de entrarem inadvertidamente em áreas de calmaria, que correspondem a porções de baixa pressão atmosférica.

B

As áreas de calmaria correspondiam a porções de alta pressão atmosférica, típicas das latitudes próximas aos trópicos e, consequentemente, as caravelas permaneciam estacionadas, agravando as condições de vida dos marinheiros.

C

O oceano era conhecido como Mar Tenebroso, em razão da crença na existência de monstros marinhos, mesmo sabendo-se que o mar era seguro nas áreas de calmaria das porções equatoriais.

D

A viagem atrasava meses quando se atingia uma área de calmaria, pois as células de alta pressão não se deslocam ao longo do ano, o que causava problemas de desabastecimento e doenças temidas pelos navegadores, como o escorbuto.

Gabarito:

As áreas de calmaria correspondiam a porções de alta pressão atmosférica, típicas das latitudes próximas aos trópicos e, consequentemente, as caravelas permaneciam estacionadas, agravando as condições de vida dos marinheiros.



Resolução:

Para essa questão temos que lembrar do conceito de baixa pressão e alta pressão.

Baixa pressão - lugares mais quentes, menor densidade da massa de ar, menor pressão, atração de umidade.

Alta pressão - geralmente mais frios, maior densidade, maior pressão, expulsão de umidade.

Portanto, áreas de calmaria são as áreas de Alta pressão, quando os ventos são repelidos.

A - As caravelas possuíam estoque alimentar suficiente para permanecer vários meses estacionadas, para o caso de entrarem inadvertidamente em áreas de calmaria, que correspondem a porções de baixa pressão atmosférica. INCORRETA - as áreas de calmaria são áreas de ALTA PRESSÃO e não havia estoques de alimentos, muitos morriam de fome e sede.

B - As áreas de calmaria correspondiam a porções de alta pressão atmosférica, típicas das latitudes próximas aos trópicos e, consequentemente, as caravelas permaneciam estacionadas, agravando as condições de vida dos marinheiros. - CORRETA

C - O oceano era conhecido como Mar Tenebroso, em razão da crença na existência de monstros marinhos, mesmo sabendo-se que o mar era seguro nas áreas de calmaria das porções equatoriais. - INCORRETA -  as áreas de calmaria não são em áreas equatoriais. Na faixa equatorial está as zonas de instabilidade, causadas pela baixa pressão, e onde se cria a Zona de Convergência Intertropical.ZCIT. O Mar Tenebroso era justamente nomeado dessa forma pois os marinheiros tinham medo e não achavam o mar seguro.

D - A viagem atrasava meses quando se atingia uma área de calmaria, pois as células de alta pressão não se deslocam ao longo do ano, o que causava problemas de desabastecimento e doenças temidas pelos navegadores, como o escorbuto. INCORRETA - sim, a zonas de alta pressão se deslocam, junto com a troca de estações, as vezes mais ao sul do equador, as vezes mais ao norte.

ALTERNATIVA B

Monitor: Igor M. Moreira

OBSERVAÇÃO!!!!

Essa questão envolve um não consenso entre o que se fala a ciência e o que se fala nos livros didáticos. Para a ciência climatológica áreas de calmaria são áreas de ALTA PRESSÃO. No entanto em muitos livros didáticos aparecem a expressão " áreas de calmaria " se referindo aos Doldrums ( áreas de neutralidade dos ventos entre 5º Norte ou 5º Sul da Linha do Equador) que são mesmo locais em BAIXA PRESSÃO ; enquanto se referem a áreas de ALTA PRESSÃO como áreas de estabilidade metereológica, por isso pode induzir o estudante ao erro.  No entanto o gabarito oficial da Unicamp é alternativa B, exatamente pela questão dada a cima.
A versão defendida por climatólogos e sites internacionais especializados em climatologia como o ATMOSPHERE e o PROCLIRA e até o brasileiro CLIMATEMPO considera zonas de calmaria os centros de alta pressão atmosférica, que são os anticiclones subtropicais. Esses anticiclones formam-se por volta da latitude dos cavalos (30º N e S). Curiosamente, esse nome deriva do fato de que as embarcações que adentravam nos anticiclones ficavam sujeitos a semanas estacionados pela falta de vento. Isso resultava na morte dos cavalos por falta de ração ou, antes disso, eles eram atirados ao mar, para que a embarcação ficasse mais leve e ágil. Os anticiclones  são áreas de alta pressão central em relação às áreas circundantes. Suas características são de calmaria e estabilidade, enquanto os ciclones são zonas de baixa pressão, instáveis e tempestivos (daí a formação de furacões). 
 



Questão 2440

(Unicamp 2016)

Em sua versão benigna, a valorização da malandragem corresponde ao elogio da criatividade adaptativa e da predominância da especificidade das circunstâncias e das relações pessoais sobre a frieza reducionista e generalizante da lei. Em sua versão maximalista e maligna, porém, a valorização da malandragem equivale à negação dos princípios elementares de justiça, como a igualdade perante a lei, e ao descrédito das instituições democráticas.

(Adaptado de Luiz Eduardo Soares, Uma interpretação do Brasil para contextualizar a violência, em C. A. Messeder Pereira, Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 23-46.)

Considerando as posições expressas no texto em relação à valorização da malandragem, é correto afirmar que:

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Questão 2558

(UNICAMP - 2016 - 1ª fase)

É possível fazer educação de qualidade sem escola

É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.

Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento).

Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica.

O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.”

Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda.

Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro”  biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”.

Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as  erramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem.

"Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala,  recisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os  nstrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”

Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se  entir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política e  governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.

(Qsocial, 09/12/2014. Disponível em http://www.cpcd.org.br/portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)

 

A partir da identificação de várias expressões nominais ao longo do texto, é correto afirmar que:

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Questão 2559

(Unicamp 2016)

 

Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar

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Questão 2560

(Unicamp 2015)

 

Dados numéricos e recursos linguísticos colaboram para a construção dos sentidos de um texto.

Leia os títulos de notícias a seguir sobre as vendas do comércio no último Dia dos Pais.

 

Venda para o Dia dos Pais cresceu 2% em relação ao ano passado.

Adaptado de O Diário Online, 15/08/2014. Disponível em http://www.odiarioonline.com.br/noticia/26953/. Acessado em 20/08/2014.

 

Só 4 em cada 10 brasileiros compraram presentes no Dia dos Pais.

Época São Paulo, 17/08/2014. Disponível em http://epoca.globo.com/regional/sp/Consumo. Acessado em 20/08/2014.

 

 

Podemos afirmar que:

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