(Enem 2ª aplicação 2010) No século XIX, para alimentar um habitante urbano, eram necessárias cerca de 60 pessoas trabalhando no campo. Essa proporção foi se modificando ao longo destes dois séculos. Em certos países, hoje, há um habitante rural para cada dez urbanos.
(SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: EDUSP, 2008.)
O autor expõe uma tendência de aumento de produtividade agrícola por trabalhador rural, na qual menos pessoas produzem mais alimentos, que pode ser explicada
pela exigência de abastecimento das populações urbanas, que trabalham majoritariamente no setor primário da economia.
pela imposição de governos que criam políticas econômicas para o favorecimento do crédito agrícola.
pela incorporação homogênea dos agricultores às técnicas de modernização, sobretudo na relação latifúndio-minifúndio.
pela dinamização econômica desse setor e utilização de novas técnicas e equipamentos de produção pelos agricultores.
pelo acesso às novas tecnologias, o que fez com que áreas em altas latitudes, acima de 66°, passassem a ser grandes produtoras agrícolas.
Gabarito:
pela dinamização econômica desse setor e utilização de novas técnicas e equipamentos de produção pelos agricultores.
A) incorreta: A tecnologia implementada no campo possibilitou uma menor demanda de trabalhadores rurais e uma maior produção, sendo assim o número de empregados no setor primário caiu.
B) incorreta: Esse processo ocorreu por questões como a Revolução Verde e Revoluções Industriais, onde a população foi atraída pela cidade.
C) incorreta: A incorporação das técnicas não foi homogênea, mas sim só acessível ao agronegócio.
D) correta: Só é possível responder corretamente a questão com a leitura correta do enunciado. Perceba que o geógrafo Milton Santos comenta sobre o processo de modernização do campo no século XIX, em que ocorreu a Revolução Industrial. A partir disso, é possível responder a questão. Sabemos que a Revolução Industrial, não só a indústria foi beneficiada com os avanços tecnológicos, mas o campo também e foi onde os impactos foram mais sentidos na forma de como as pessoas que ali viviam levavam suas vidas. Com as novas técnicas agrícolas, a produção foi aumentada sem necessidade de tantas pessoas, o que também aumentou os lucros. Isso gerou o êxodo rural, pois nem todos os trabalhadores do campo encontravam emprego nas lavouras agora.
E) incorreta: As maiores áreas de produção estão nas baixas e médias latitudes.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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