Questão 14276

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

Governo cubano lançará internet de banda larga em dois bairros de Havana

O governo cubano anunciou na noite deste domingo (31/01/2016) que está lançando um serviço de internet de banda larga em dois bairros de Havana como parte de um projeto piloto que visa levar às casas o acesso à rede. [...]. O acesso público à internet por banda larga só começou em Cuba no ano passado, com a abertura de pontos de wi-fi públicos que custam US$ 2 por hora. O valor equivale a cerca de um décimo do salário médio mensal em Cuba.

(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/02/1735959-governo-cubanolancara-internet-de-banda-larga-em-dois-bairros-de-havana.shtml> Acesso em: 12 de jan.2016.)

O atraso na expansão da tecnologia de banda larga em Havana tem como causa principal o(a)

A

rígido controle estatal sobre os meios de comunicação, que impõe restrições em relação ao acesso aos serviços não controlados pelo governo.

B

embargo econômico imposto pelos Estados Unidos, que gera dificuldades na criação de tecnologias de comunicação pelos cubanos.

C

desinteresse de empresas de comunicação localizadas fora de Cuba, em expandir suas atividades na Ilha.

D

falta de mercado consumidor para esse produto, causada por aspectos financeiros e culturais.

Gabarito:

rígido controle estatal sobre os meios de comunicação, que impõe restrições em relação ao acesso aos serviços não controlados pelo governo.



Resolução:

A questão do acesso aos meios de comunicação nos países socialistas sofre, de uma maneira geral, um rígido controle do Estado, pelo temor desse de que a população possa constituir formas de acesso à informações e possibilidades de organização que fujam de sua capacidade de coerção. Com a Internet e a telefonia móvel não é diferente, os cubanos até pouco tempo só contavam com conexões de acesso em hotéis, os quais os mesmos não podiam frequentar, ou em Universidades em que o acesso e o tempo de conexão eram rigidamente controlados. Assim a resposta dessa questão se confirma através da letra A.



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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