(Fgv 2016) O IBGE informou que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 registrou a maior queda desde 1990. O Índice de Atividade Econômica Regional, utilizado pelo Banco Central para avaliar o desempenho econômico das regiões brasileiras, de acordo com o gráfico a seguir, mostra um quadro recessivo generalizado.
Sobre o quadro recessivo das regiões brasileiras, NÃO é correto afirmar:
A desaceleração das atividades econômicas da Região Norte pode ser percebida na diminuição dos postos de trabalho na Zona Franca de Manaus, cuja produção está voltada para o mercado nacional.
A retração do nível de atividade econômica da Região Nordeste foi maior porque a crise chegou aos serviços e à indústria de construção civil, setores dos quais a economia nordestina é mais dependente.
A retração do nível da atividade econômica na Região Sul deriva da diminuição da produção industrial, em função do menor consumo das famílias.
A variação negativa do nível de atividade da Região Sudeste está relacionada à crise na cadeia produtiva do petróleo e à retração do setor automobilístico.
A diminuição das atividades produtivas da região Centro-Oeste se deve às limitações impostas pela legislação ambiental, que dificultam as exportações do agronegócio.
Gabarito:
A diminuição das atividades produtivas da região Centro-Oeste se deve às limitações impostas pela legislação ambiental, que dificultam as exportações do agronegócio.
A Zona Franca de Manaus é um polo industrial construído ao norte voltado ao mercado interno. Como houve queda no PIB e no consumo, houve diminuição da demanda por trabalhadores, o que justificaria a retração.
A economia do nordeste vem de um processo de modernização, onde o investimento industrial aumentou muito no começo da década, o que alavancou a construção civil também. Em meados de 2013, por exemplo, o Nordeste era responsável por 95% da produção de gesso do país. E outro ponto forte é o turismo, que está incluso no setor de serviços, em destaque as regiões litorâneas. E como essas áreas são pressionadas pelo poder de compra, é compreensível que ocorreu a diminuição de tais áreas.
A queda de consumo no sul também é compreensível, visto que a crise diminui o poder de compra da população!
O setor automobilístico é um mercado que depende da renovação da frota a cada ano para crescer. Com a diminuição de compra as pessoas optam por não trocar de carro ou nem arriscar a comprar. E outra questão, em 2015 houve uma crise do petróleo já acumulada de 2014, que com a queda de valor, os custos de produção se tornam caros em torno da rentabilidade da extração, influenciando toda a cadeia produtiva que pode ou aumentar os preços, ou decair tanto que precisa-se de um consumo maior para repor o valor de mercado e lucro, o que em meio a uma crise, é difícil e só a acentua. E como a cadeia de produtos que depende dos hidrocarbonetos gerados na destilação fracionada é grande, acaba movimentando bastante o mercado ajudando a ocorrer a retração. Algo compreensível de ocorrer no sudeste!
A alternativa E é realmente a incorreta. A legislação ambiental no Brasil é deficitária e favorece muito ao latifundiário( por sinal, até hoje a maior bancada dos deputados é a do agronegócio). O motivo da queda é apenas a diminuição nas exportações.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
Ver questão
(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
Ver questão
(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
Ver questão