(Fgv 2016) Em dezembro de 2015, numerosas instituições divulgaram suas projeções para os principais indicadores da economia brasileira.
De acordo com as informações apresentadas na tabela acima, é correto afirmar que
o valor do IPCA deve ficar abaixo do teto estabelecido pelo Banco Central (6,5%), permanecendo no limite recomendado pelo Conselho Monetário Nacional.
o PIB deve continuar apresentando taxas negativas de crescimento, em função da retração dos investimentos e do consumo das famílias.
o saldo da balança comercial deve ser positivo, em função da maior exportação de produtos de média-baixa tecnologia, com aumento nas vendas de derivados do petróleo e combustível nuclear.
o setor industrial deve retomar o crescimento em função do nível de investimentos do Estado em infraestrutura, embutido no aumento dos gastos públicos.
a taxa de câmbio deve evoluir rumo à depreciação do real em relação ao dólar, repercutindo positivamente na balança comercial.
Gabarito:
o PIB deve continuar apresentando taxas negativas de crescimento, em função da retração dos investimentos e do consumo das famílias.
As projeções para a economia brasileira em 2015 indicavam que a crise econômica ficaria mais severa, com a piora nos indicadores econômicos. A moeda tenderia a se desvalorizar, reduzir-se-ia o investimento no setor produtivo, aumentaria a taxa de desemprego e a balança comercial – a despeito de ser favorecida pela desvalorização da moeda – não permitiria a incorporação de novos maquinários e tecnologia.
A) Incorreta. O IPCA continua abaixando, mas não permanece no limite recomendado pelo Conselho Monetário Nacional.
B) Correta. Exatamente, lembrando que a questão é de 2016, e sobre o PIB de 2015. Somente em 2018 que ocorreu um crescimento de 0,5% do PIB.
C) Incorreta. O saldo da balança é positivo devido o aumento da venda de produtos agropecuários, como soja, proteína animal e também minério de ferro. Lembrando que o Brasil tem uma tímida venda de combustível nuclear, que não afeta em praticamente nada o PIB nacional.
D) Incorreta. A retomada do setor industrial depende de muitas outras questões, como a diminuição de importação de máquinas, aumento da competitividade, aumento da produtividade e por fim a melhora da infraestrutura.
E) Incorreta. Não é possível realizar uma projeção deste nível, depende de muitos outros fatores internos e externos, como reformas internas e guerras comerciais (China x EUA).
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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