(ENEM PPL - 2012) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de descobrir seu sentido último.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à
adoção da experiência do senso comum como critério de verdade.
incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas.
pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade.
defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade.
compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente.
Gabarito:
compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente.
e) Correta. compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente.
É a problemática da epistemologia, a justificação racional do conhecimento, que os gregos introduzem. Platão compreende que a apreensão da verdade dá-se por meio da razão, num itinerário intelectual do sensível ao inteligível. Aristóteles também desenvolve esse caminho, porém também dá importância à experiência. Logo, ambos os autores relegaram à posteridade a importância do uso da razão na apreensão da verdade.
a) Incorreta. adoção da experiência do senso comum como critério de verdade.
A filosofia, a partir de Platão e Aristóteles, busca elevar a busca do conhecimento verdadeiro e não submetê-la às crenças comuns da sociedade ou à percepções imediatas, sem reflexão, sobre as coisas sensíveis. Platão, na verdade, foi um grande crítico da opinião, uma forma inferior de buscar o conhecimento; Aristóteles, por sua vez, objetivava construir um tipo de conhecimento científico — filosofia como ciência — que objetivasse o verdadeiro saber.
b) Incorreta. incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas.
Essa não é uma afirmação de ambos os autores, que não eram céticos. Para Platão, o conhecimento só pode ser alcançado, na verdade, mediante o uso da razão; para Aristóteles, não havia separação entre forma e matéria, por isso a razão e a experiência eram necessárias para apreensão do conhecimento.
c) Incorreta. pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade.
Para Platão, a experiência não poderia alcançar a verdade, pois o conhecimento do sensível é apreensão do que é passageiro, transitório, fluído e imperfeito; para Aristóteles, a experiência tinha um papel fundamental, mas não excluía a necessidade da razão.
d) Incorreta. defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade.
Não há relação com a honestidade no texto, nem tal afirmação.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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