(Uel 2010) Leia o texto a seguir:
A aluna Geisy Villa Nova Arruda, 20, não poderá mais frequentar o prédio em que estudava antes do dia 22 de outubro, quando foi perseguida, encurralada, xingada e ameaçada por cerca de 700 alunos, no campus de São Bernardo (de uma Universidade particular), alegadamente por causa do microvestido que trajava.
(Adaptado de: Folha de São Paulo. (Universidade particular) decide “exilar” Geisy em outro prédio. Caderno cotidiano, C1, 11 nov. 2009.)
A matéria refere-se ao recente episódio, de repercussão nacional na mídia e que teve como desfecho a readmissão da aluna à referida instituição, após o posicionamento da opinião pública.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Durkheim, é correto afirmar que o acontecimento citado revelou
a consolidação de uma nova consciência coletiva, de bases amplas, representada pelos alunos da referida instituição.
o desprezo da consciência coletiva dominante na sociedade em relação aos destinos individuais, no caso, à aluna que foi alvo dos ataques dos estudantes.
a força da consciência coletiva da sociedade que se impôs aos comportamentos morais desviantes com a finalidade de resgatar a harmonia social, preservando as instituições.
a presença de um quadro de profunda anomia social e o quanto os valores sociais de decência foram perdidos pela consciência coletiva que se posicionou favoravelmente à estudante.
o perigo representado pela presença de uma consciência coletiva forte e majoritária atuando como obstáculo para o desenvolvimento da vida social sadia ao impedir que alguns indivíduos defendessem os melhores valores morais.
Gabarito:
a força da consciência coletiva da sociedade que se impôs aos comportamentos morais desviantes com a finalidade de resgatar a harmonia social, preservando as instituições.
O episódio descrito pelo texto se relaciona à sociologia durkheimiana por meio do conceito de consciência coletiva, definida por Durkheim como o "conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade" e que constrange os indivíduos a agirem de uma determinada forma.
A consciência coletiva se manifesta em dois momentos no episódio Geisy Arruda: quando o grupo de 700 alunos repudia a aluna, agredindo-a moralmente, e quando a sociedade repreende a universidade pela atitude tomada. Ambos os comportamentos desviantes são punidos pela sociedade: tanto o micro-vestido que ofende a moral social, por ser considerado um traje inadequado ao ambiente escolar, quanto a expulsão da aluna vítima de violência, arbitrária por parte da universidade, que ofende os princípios de liberdade. Esse dilema se apresenta típico das sociedades de solidariedade orgânica.
A: A consciência coletiva se mostra em dois diferentes momentos e de formas opostas, não havendo uma nova consciência de bases amplas representada pelos alunos da universidade.
B: Não há, no episódio, uma consciência coletiva dominante; há dois diferentes momentos de expressão dessa consciência. Primeiro, quando a coletividade rechaça a aluna, e, depois, quando a sociedade reprime a universidade por ter expulso a aluna.
C: O acontecimento citado revela a imposição da consciência coletiva social sobre os comportamentos desviantes, apontando para o restabelecimento da harmonia social e preservação das instituições.
D: O episódio não revela uma anomia social, pelo contrário: mostra a maleabilidade dos princípios morais sociais, que se manifestam pela consciência coletiva de diferentes formas. Tampouco essa manifestação favorável à aluna denuncia a perda dos "valores sociais de decência", mas implica, na verdade, uma defesa dos ideais de liberdade.
E: Não há tal coisa como "melhores valores morais". A moralidade expressa na consciência coletiva parte da interpretação da sociedade dos eventos ocorridos, podendo esta ser mais de uma: no caso, pessoas favoráveis e contrários à ação dos envolvidos (à favor dos alunos e da universidade, ou da aluna).
(Uel 2010) Observe a frase: “Os deputados decidiram errar onde não poderiam” e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo “onde”.
O labirinto da internet
Um paradoxo da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo – sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto, mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante.
(Adaptado de: SANTANA, João. O labirinto da internet. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm>. Acesso em: 20 jul. 2009).
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(Uel 2010) Considerando as frases a seguir:
I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”.
II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”.
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(UEL - 2010)
FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.
(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009)
Considere o trecho:
“Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.
As palavras grifadas são
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(Uel 1997) PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente,
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