(UFU - 2015 - 1ª FASE)
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, completou 31 anos de existência e foi responsável, dentre outras coisas, por manter na agenda nacional a questão da concentração fundiária, da reforma agrária e da justiça social. Durante sua trajetória pode-se perceber momentos de maior e menor mobilização, tratando de bandeiras históricas e que têm relação direta com o cotidiano da sociedade e dos históricos estrangulamentos que impedem nosso desenvolvimento.
Acerca da história do MST, é correto afirmar que:
Recentemente, vários motivos têm colaborado para a diminuição das ocupações de terra, entre eles a política de aumento do salário mínimo, as facilidades de crédito e as políticas de combate à fome e à miséria.
O MST faz dura oposição ao latifúndio improdutivo, mas poupa o agronegócio, uma vez que este alimenta o mercado nacional com uma produção diversificada e gera empregos.
A luta do MST está circunscrita às questões que envolvem a terra, sua distribuição, posse e propriedade. Como os demais Novos Movimentos Sociais, o MST tem dificuldade de abordar temáticas diversas, como a democracia.
O MST tem contado com o auxílio do Congresso Nacional nas questões relativas à reforma agrária, selando uma parceria histórica. Desta parceria, pode-se contabilizar boa parte do avanço na desapropriação de terras.
Gabarito:
Recentemente, vários motivos têm colaborado para a diminuição das ocupações de terra, entre eles a política de aumento do salário mínimo, as facilidades de crédito e as políticas de combate à fome e à miséria.
A) Correta. Na época, as políticas públicas de combate a miséria e fome, como o Bolsa Família e demais melhorias na condição e qualidade de vida das pessoas mais pobres possibilitou que as ocupações de terra diminuíssem, uma vez que as famílias tiveram mais condições de conseguir realizar suas conquistas.
B) Incorreta. O MST não poupa o agronegócio, uma vez que este não realiza uma produção de maneira sustentável e responsável com o meio ambiente, além de muitas vezes não trazer produtos diversificados.
C) Incorreta. O MST não tem dificuldade de abordar temáticas como a da democracia, uma vez que essa questão está no cerne de sua luta. A luta desse movimento em torno de questões que envolvem a terra, sua distribuição, posse e propriedade está diretamente relacionada com a democracia e a noção do cumprimento da função social de um terreno, o que é crucial para o bom funcionamento da democracia.
D) Incorreta. O MST não conta com auxílio do governo, ele se trata de um movimento civil. Na verdade, muitas vezes o MST sofre represálias dos governos.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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