Questão 15141

(UEL - 2008)

Para Locke, o estado de natureza é um estado de liberdade e de igualdade. (LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Tradução de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 83.)

Com base nos conhecimentos sobre a filosofia política de Locke, assinale a alternativa correta.

A

No estado de natureza, a liberdade dos homens consiste num poder de tudo dispor a partir da força e da argúcia.

B

Os homens são iguais, pois todos têm o mesmo medo de morte violenta em mãos alheias.

C

A liberdade dos homens determina que o estado de natureza é um estado de guerra de todos contra todos.

D

A liberdade no estado de natureza não consiste em permissividade, pois ela é limitada pelo direito natural.

E

Nunca houve na história um estado de natureza, sendo este apenas uma hipótese lógica.

Gabarito:

A liberdade no estado de natureza não consiste em permissividade, pois ela é limitada pelo direito natural.



Resolução:

d) Correta. A liberdade no estado de natureza não consiste em permissividade, pois ela é limitada pelo direito natural.
Para John Locke, a liberdade é condição natural do ser humano, porém o trabalho do homem sobre a natureza condiciona e limita o seu direito à propriedade. Além disso, ele deve deixar o suficiente para a subsistência dos outros indivíduos e não desperdiçar recursos; portanto o que excede às necessidades do indíviduo deve ser deixado para os outros.

 

a) Incorreta. No estado de natureza, a liberdade dos homens consiste num poder de tudo dispor a partir da força e da argúcia.
Essa ideia é de Hobbes, a noção de direito de natureza, por meio do qual os indivíduos têm direito a tudo por meio da força e da sagacidade.

b) Incorreta. Os homens são iguais, pois todos têm o mesmo medo de morte violenta em mãos alheias.
A igualdade dos homens não consiste, para Locke, no temor da morte e, por isso, numa igual postura diante dessa condição, que é mais associada a Hobbes. A igualdade, em Locke, está fundamentalmente ligada à liberdade.

c) Incorreta. A liberdade dos homens determina que o estado de natureza é um estado de guerra de todos contra todos.
Para Locke, a liberdade é condição natural dos homens, mas não está associada com esse valor negativo, que é, novamente, mais hobbesiana. Na verdade, Locke, como um dos fundadores do liberalismo, considera positivamente a liberdade, como algo natural e intríseco ao ser humano; o homem livre pode usurfruir, como quiser, de suas propriedades.

e) Incorreta. Nunca houve na história um estado de natureza, sendo este apenas uma hipótese lógica.
Locke não considera que seja apenas uma hipótese lógica, até porque, senão, a liberdade e a igualdade do estado natural seriam também.



Questão 1841

(Uel 2010) Observe a frase: “Os deputados decidiram errar onde não poderiam” e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo “onde”.

 

O labirinto da internet

 

Um paradoxo da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo – sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto, mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante.

(Adaptado de: SANTANA, João. O labirinto da internet. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm>. Acesso em: 20 jul. 2009).

 

 

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Questão 1842

(Uel 2010) Considerando as frases a seguir:

I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”.

II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”.

 

 

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Questão 1854

(UEL - 2010) 

FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.

(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009)

Considere o trecho:

“Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.

As palavras grifadas são

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Questão 1859

(Uel 1997) PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente,

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