Questão 15439

(Uel 2007) O processo de desenvolvimento social e político no Brasil do século XX pode ser observado nas transformações no mundo rural e urbano.
Observe os dados da tabela a seguir.

De acordo com os dados e os conhecimentos sobre política no Brasil, é correto afirmar:

A

No Brasil, durante os governos da ditadura militar, não houve mudança na distribuição da população residente no meio rural e urbano.

B

No Brasil, durante o plano de metas do governo Juscelino Kubitschek, a população urbana ultrapassou a população rural.

C

Em São Paulo, a população rural ultrapassou a população urbana durante o governo José Sarney, três décadas após a ocorrência deste mesmo fenômeno no Paraná.

D

No Paraná, durante a presidência do general Emílio Garrastazu Médici, a população rural era maior do que a população urbana, embora no Brasil a população urbana fosse maior do que a população rural.

E

No Paraná, durante o segundo governo Getúlio Vargas, a população urbana ultrapassou a população rural, embora no Brasil esta mudança já houvesse ocorrido na década anterior.

Gabarito:

No Paraná, durante a presidência do general Emílio Garrastazu Médici, a população rural era maior do que a população urbana, embora no Brasil a população urbana fosse maior do que a população rural.



Resolução:

A tabela apresenta dados sobre a população rural e urbana do Brasil e compara dados do Paraná, de São Paulo e do país todo, entre a década de 50 e o ano 2000. As alternativas apontam para a análise do contexto histórico do período em que os dados foram coletados. Os governos mencionados são o de Juscelino Kubitschek (1956-1961), a ditadura militar (1964-1985), na qual se encaixa o governo de Emílio Médici (1969-1974), o de José Sarney (1985-1990) e o segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954).

A questão é intertextual com as disciplinas de história e geografia, cujos conteúdos devem ser levados em consideração durante a interpretação. Não é necessário, no entanto, decorar informações ou saber de cabeça os governos do país; basta ler as alternativas, interpretando a tabela e considerando o momento histórico de cada dado (tendo uma noção da ordem dos governos).

D: Na tabela, deve-se analisar os dados do Paraná em comparação com o Brasil. Durante o governo Médici (década de 70), no Paraná, a população rural ainda era menor que a urbana e no Brasil a inversão já havia ocorrido.

 

A: Na tabela, deve-se analisar os dados do Brasil. Com base nesses dados, pode-se perceber que foi durante os governos militares (mais ou menos entre as décadas de 60 e 80) que a população urbana ultrapassou a rural, gerando a inversão da densidade populacional (de maior no campo para a cidade) do país.

B: Na tabela, deve-se analisar os dados do Brasil. Entre 1950 e 55 (entre 50 e 60, na tabela), período no qual o plano de metas de Kubitschek foi executado, a população rural ainda era bem maior que a urbana.

C: Na tabela, deve-se analisar os dados de São Paulo e Paraná. Em SP, a população urbana sempre (no período analisado) foi maior que a rural, desde os anos 50; no Paraná, a população urbana ultrapassou a rural em 1980 (três décadas depois de SP). 

E: Na tabela, deve-se analisar os dados do Paraná em comparação com o Brasil. Durante o segundo governo de Vargas, entre 1951 e 54 (entre 50 e 60, na tabela), no Paraná, a população rural ainda era bem maior que a urbana (a inversão ocorreu em 1980). No Brasil, a pop. urbana ultrapassou a rural entre 60 e 70.



Questão 1841

(Uel 2010) Observe a frase: “Os deputados decidiram errar onde não poderiam” e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo “onde”.

 

O labirinto da internet

 

Um paradoxo da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo – sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto, mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante.

(Adaptado de: SANTANA, João. O labirinto da internet. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm>. Acesso em: 20 jul. 2009).

 

 

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Questão 1842

(Uel 2010) Considerando as frases a seguir:

I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”.

II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”.

 

 

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Questão 1854

(UEL - 2010) 

FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.

(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009)

Considere o trecho:

“Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.

As palavras grifadas são

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Questão 1859

(Uel 1997) PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente,

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