(Unicentro 2011) No Brasil, as primeiras análises sociológicas, nas primeiras décadas do século XX, buscavam equacionar duas problemáticas centrais: a formação do Estado nacional brasileiro e a questão da identidade nacional. Sobre essas análises sociológicas no Brasil e seus representantes, é correto afirmar:
Plínio Salgado, na sua obra Nosso Brasil, retoma a tese de uma unidade nacional baseada em diferenças regionais, culturais e éticas.
Euclides da Cunha, em Os Sertões, afirmou que o brasileiro tem como fundamento social a cordialidade.
Caio Prado Júnior, em Formação do Brasil Contemporâneo, construiu um perfil psicológico do brasileiro baseado na força dos sertanejos.
Sergio Buarque de Holanda, em sua obra Raízes do Brasil, de 1936, analisou a formação do Estado brasileiro.
Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala, enfatizou a miscigenação, novidade cultural da colonização portuguesa.
Gabarito:
Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala, enfatizou a miscigenação, novidade cultural da colonização portuguesa.
E: Em Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre enfatiza que a miscigenação, uma novidade cultural da colonização portuguesa, foi um fator de enriquecimento da cultura brasileira.
A miscigenação era vista, na época, como um fator de erro, uma negação à formação social do país; seria um aspecto de "piora" na sociedade local. Mas Freyre apontou tal processo como algo que agregou muito à cultura brasileira, que se formou, então, sobre bases não apenas europeias, colonas, mas também africanas e indígenas. Isso não ocorreu da mesma forma em outros países: a união de nativos e colonos era fortemente reprimida, feita de forma muito mais violenta e "por baixo dos panos", enquanto que, no Brasil, apesar também do caráter violento e impositivo da mestiçagem, era uma relação muito mais aberta, que poderia ser explícita sem ser proibitiva (como era em outros países, em que se dividiam, por exemplo, os espaços públicos para brancos e negros).
A: Essa perspectiva não é trabalhada na obra Nosso Brasil, de Plínio Salgado, fundador do movimento integralista.
B: Cordialidade não é um conceito de Euclides da Cunha. A perspectiva descrita é desenvolvida por Sérgio Buarque de Holanda em "Raízes do Brasil".
C: A construção de um perfil psicológico baseado na força dos sertanejos foi feita por Euclides da Cunha em "Os Sertões". A obra "Formação do Brasil Contemporâneo", de Caio Prado Júnior, tem foco em três séculos do Brasil colônia.
D: Sérgio Buarque de Holanda não analisa a formação do Estado Brasileiro, mas a formação da identidade nacional, com foco em seu passado colonial.
(Unicentro 2012) A passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de explicação do real conviveram sem que se traçasse um corte temporal mais preciso. Com base nessa afirmativa, é correto afirmar:
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(Unicentro 2010)
“Os poemas homéricos têm por fundamento uma visão de mundo clara e coerente. Manifestam-na quase a cada verso, pois colocam em relação com ela tudo quanto cantam de importante – é, antes de mais nada, a partir dessa relação que se define seu caráter particular. Nós chamamos de religiosa essa cosmovisão, embora ela se distancie muito da religião de outros povos e tempos. Essa cosmovisão da poesia homérica é clara e coerente. Em parte alguma ela enuncia fórmulas conceituais à maneira de um dogma; antes se exprime vivamente em tudo que sucede, em tudo que é dito e pensado. E embora no pormenor muitas coisas resultem ambíguas, em termos amplos e no essencial, os testemunhos não se contradizem. É possível, com rigoroso método, reuni-los, ordená-los, fazer lhes o cômputo, e assim eles nos dão respostas explícitas às questões sobre a vida e a morte, o homem e Deus, a liberdade e o destino (...).”
OTTO. Os deuses da Grécia: a imagem do divino na visão do espírito grego. 1ª Ed., trad. [e prefácio] de Ordep Serra. – São Paulo: Odysseus Editora, 2005 - p. 11.
Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre a função dos mitos na Grécia arcaica, assinale a alternativa correta.
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(Unicentro 2010) Leia o fragmento de um texto pré-socrático:
“Ainda outra coisa te direi. Não há nascimento para nenhuma das coisas mortais, como não há fim na morte funesta, mas somente composição e dissociação dos elementos compostos: nascimento não é mais do que um nome usado pelos homens”.
(EMPÉDOCLES. Apud ARANHA/ MARTINS. Filosofando: Introdução à Filosofia. 3ª Ed., São Paulo: Moderna, 2006 - p. 86.)
A respeito da relação entre mythos e logos (razão) no início da filosofia grega, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. O fragmento acima denota a “luta de forças” opostas na massa dos membros humanos, que ora unem-se pelo amor – no início todos os membros que atingiram a corporeidade da vida florescente –, ora divididos pela força da discórdia, erram separados nas linhas da vida. Assim ocorre também com todos os outros seres na natureza.
II. A verdade filosófica apresenta-se no pensamento de Empédocles através de uma estrutura lógica muito distante da “verdade” expressa nos relatos míticos dos gregos arcaicos.
III. Nascimento e morte, no texto de Empédocles, são apresentados por meio de representações míticas que o filósofo retira de uma tradição religiosa presente ainda em seu tempo. Essas imagens, consequentemente, se transpõem, sem deixarem de ser místicas, em uma filosofia que quer captar a verdadeira essência da realidade física.
IV. O fragmento denota continuidade do pensamento mítico no início da filosofia, pois estão presentes ainda o uso de certas estruturas comuns de explicação.
(UNICENTRO - 2012)
Sobre o pensamento socrático, analise as afirmativas e marque com V, as verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Sócrates é autor da obra Ética a Nicômaco.
( ) O pensamento socrático está escrito em hebraico.
( ) A ironia e a maiêutica são as bases de sua filosofia.
( ) Sócrates não criticou o saber dogmático, sendo, por isso, conselheiro dos governantes de Atenas.
( ) Os diálogos platônicos são importantes textos filosóficos que relatam, na maioria, o pensamento de Sócrates.
A partir da análise dessas afirmativas, a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
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