(Ufpa 2012) O monólogo dramático “O pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade indiscutível.
Com base no comentário acima, é correto afirmar, relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que
a linguagem da peça é rica de lamentos, pragas, pedidos, promessas e muitas exclamações apelativas.
os taberneiros de Lisboa constituem uma espécie de coro, na peça, com a função de comentar os lamentos expressos nas falas de Maria Parda.
há, na peça, uma enfática oposição ao uso de vinho, manifesta no discurso de sacerdotes, escudeiros e barqueiros.
Gil Vicente cria um personagem com as características referidas aqui: doente, envelhecida, “sem gota de sangue nas veias”, de corpo “tão seco”.
Maria Parda – mestiça, atrevida e sexualmente livre – é um personagem que representa a base da pirâmide social lisboeta da época.
Gabarito:
há, na peça, uma enfática oposição ao uso de vinho, manifesta no discurso de sacerdotes, escudeiros e barqueiros.
É preciso conhecer a obra para saber que a resposta é a alternativa "C", sendo a peça uma crítica à sociedade portuguesa, em que negros e mestiços passavam fome e, muitas vezes, sucumbiam ao alcoolismo como forma de encarar as mazelas sociais, enquanto o clero e a nobreza desfrutavam livremente de toda sorte de artigos (inclusive vinhos); a oposição ao uso da bebida ocorre como formar de mostrar que esta não pertence às baixas camadas sociais e por criticar o alcoolismo como forma de escape.
As demais alternativas erram ao subverter os significados pretendidos pela obra, já que o uso da linguagem apelativa é uma forma de trazer humor para eximir a fome; os taberneiros seriam um retrato da sociedade mesquinha; as expressões e trejeitos de Maria Parda servem a convencer outrem a fornecer-lhe vinho; e os negros não eram considerados nem a base da pirâmide, pois não havia possibilidade de ascensão social.
(Ufpa 2012) “CREPUSCULAR”
Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva.
É correto afirmar que os versos do soneto “Crepuscular” transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:
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(UFPA - 1985) O perímetro da base de uma pirâmide hexagonal regular é 24 m; e a altura 6 m. O volume dessa pirâmide mede:
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