Questão 22253

(UFRGS - 2006)

5POR QUÉ DEJAMOS PARA MAÑANA

6¿Cuántas personas prometen empezar una dieta restringida en 8calorías "el lunes", 1intentan 3concurrir al gimnasio y lo evitan 9sistemáticamente, se proponen rendir 11exámenes a los que no se presentan, se juran dejar de fumar de manera recurrente o postergan de modo indefinido la ruptura de una relación sentimental insatisfactoria?

4Aunque la tendencia a postergar aquello que resulta un esfuerzo es una 14reacción normal que afecta a todas las personas en 17algún momento, en otras esta actitud no es la excepción, sino una característica que 20a menudo se extiende a distintos planos de la vida y 21se mantiene a lo largo del tiempo. Esta peculiaridad tiene un nombre que la define: procrastinación. 22Posponer, demorar, 23aplazar, son todos sinónimos de una acción a la que se le debería dar prioridad y que se deja para 15después. Quienes lo hacen le dan 10más importancia al alivio inmediato que produce dejar de hacer una tarea que disgusta que a los beneficios a largo plazo por haberlo realizado.

La procrastinación se puede observar en personalidades de 24muy distintas características. A veces son personas con baja tolerancia a la frustración que buscan el placer de manera constante, 2rechazan todo aquello que les resulte desagradable e intentan pasarlo bien 12gratificándose en todo momento. Otras, suelen estar más preocupadas por satisfacer sus necesidades emocionales que atentos al trabajo o al studio, que quedan en un segundo plano. Finalmente, otros, al ser demasiado 7críticos consigo mismos o al sentirse menos capacitados que los demás, evitan poner a prueba su valía personal.

Aunque los rasgos 13psicológicos mencionados tienen 25mucho que ver con este problema, recientes investigaciones en el campo neurobiológico revelan, en muchos de quienes procrastinan, la existencia de sutiles modificaciones en la 16química cerebral que 18podrían determinar esas continuas postergaciones. Los especialistas hacen foco en unas sustancias cerebrales llamadas catecolaminas, fundamentales en todo lo que concierne al 19interés y la energía vital. Los niveles adecuados de estas substancias resultan imprescindibles para poder concretar una acción de principio a fin, dejando de lado los demás factores de distracción. Cuando las catecolaminas se hallan disminuidas, suele suceder que llevar a la práctica un proyecto puede representar un esfuerzo psíquico imposible de superar. Esa es la causa por la que muchas veces estas personas tienden a abandonar lo proyectado, aunque desde el plano racional reconozcan la necesidad de concretarlo.

Adaptado de: ABADALA, Elias Norberto. Por qué dejamos para mañana. Clarín, Buenos Aires, 24 jul. 2005. Viva: La Revista de Clarín.

Observe el uso del artículo lo en la frase [...] "se mantiene a lo largo del tiempo" (l. 14-15). Este mismo artículo puede rellenar correctamente el espacio de de la frase

A

............... más importante es no desistir de los planes.

B

............... adviento llegará pronto.

C

Javier ganó ............... mejor premio.

D

................ dia de mañana será mejor.

E

............... primero en llegar fue Pepe.

Gabarito:

............... más importante es no desistir de los planes.



Resolução:

A) CORRETA: essa alternativa é a única em que o "lo" pode ser utilizado da mesma forma que no enunciado, porque o artigo vem acompanhado de um adjetivo (importante) que foi substantivado (o importante é...), o que faz com que seja possível utilizar o artigo neutro "lo".

B) INCORRETA: não pode ser utilizado artigo neutro "lo" nesse caso, porque "adviento" é um substantivo masculino e o artículo neutro "lo" nunca pode vir acompanhado de um substantivo masculino (nesse caso, o uso correto é o "el").

C) INCORRETA: nesse caso, o "lo" também não poderá ser utilizado porque, mesmo que logo após venha um advérbio, não é ao advérbio que o artigo neutro estará se referindo, mas sim ao prêmio. Diferente de "Lo mejor es que...", em que há uma substantivação de "mejor", nesse caso é como se dissesse "ganó (el) prémio (mejor)", em que tanto o "mejor" quanto o artigo definido "el" vão estar se referindo ao "prémio", e não o artigo que vai se referir ao "mejor".

D) INCORRETA: porque, da mesma forma como os casos anteriores, a palavra "dia" está sendo utilizada como um substantivo, o que faz com que o artículo neutro "lo" não possa vir antes dele, já que não acompanha substantivos.

E) INCORRETA: pois mesmo que logo após a lacuna venha um adjetivo (primero), esse adjetivo não está sendo substantivado na frase para que ele receba a presença do artigo neutro. Na verdade, esse adjetivo está se referindo ao substantivo "Pepe", o que faz com que ele continue sendo adjetivo e o artigo deve, então, se referenciar ao substantivo também, devendo ser "el".



Questão 1826

(UFRGS - 2016)

A variação linguística é uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolinguística, pela dialetologia e pela linguística histórica, provoca, em geral, reações sociais muito negativas.

O senso comum tem escassa percepção de que a língua é um fenômeno heterogêneo, que alberga grande variação e está em mudança contínua. Por isso, costuma folclorizar a variação regional; demoniza a variação social e tende a interpretar as mudanças como sinais de deterioração da língua. O senso comum não se dá bem com a variação linguística e chega, muitas vezes, a explosões de ira e a gestos de grande violência simbólica diante de fatos de variação.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas – isto é, as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo.

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Como fazer isso? Como garantir a disseminação dessa cultura na escola e pela escola, considerando que a sociedade em que essa escola existe não reconhece sua cara linguística e não só discrimina impunemente pela língua, como dá sustento explícito a esse tipo de discriminação? Em suma, como construir uma pedagogia da variação linguística?

Adaptado de: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. Apresentação. In: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. (Orgs.) Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015.

 Assinale a alternativa que contém uma afirmação correta, de acordo com o sentido do texto

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Questão 1827

(Ufrgs 2016)

A variação linguística é uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolinguística, pela dialetologia e pela linguística histórica, provoca, em geral, reações sociais muito negativas.

O senso comum tem escassa percepção de que a língua é um fenômeno heterogêneo, que alberga grande variação e está em mudança contínua. Por isso, costuma folclorizar a variação regional; demoniza a variação social e tende a interpretar as mudanças como sinais de deterioração da língua. O senso comum não se dá bem com a variação linguística e chega, muitas vezes, a explosões de ira e a gestos de grande violência simbólica diante de fatos de variação.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas – isto é, as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo.

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Como fazer isso? Como garantir a disseminação dessa cultura na escola e pela escola, considerando que a sociedade em que essa escola existe não reconhece sua cara linguística e não só discrimina impunemente pela língua, como dá sustento explícito a esse tipo de discriminação? Em suma, como construir uma pedagogia da variação linguística?

Adaptado de: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. Apresentação. In: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. (Orgs.) Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015.

 

Considere as afirmações abaixo, sobre a construção de uma educação de qualidade.

I. Uma educação de qualidade deve, no que concerne à variação linguística, questionar as reações sociais advindas da percepção da língua como fenômeno homogêneo.

II. O desafio, para uma educação de qualidade, está em preparar a escola para combater a discriminação que tem origem nas diferenças entre as variedades linguísticas.

III. As variedades linguísticas próprias ao domínio da leitura, escrita e fala nos espaços públicos, que devem ser ensinadas pela escola, são as que não sofreram variações sociais.

Segundo o texto, quais estão corretas?

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Questão 1865

(UFRGS - 2014)

Considere as seguintes ocorrências de artigo no texto.

O que havia de tão revolucionário na Revolução Francesa? Soberania popular, liberdade civil, igualdade perante a lei – 1as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Para os franceses do Antigo Regime, 6os homens eram 8desiguais, e a desigualdade era uma boa coisa, adequada à ordem hierárquica que 2fora posta na natureza pela própria obra de Deus. A liberdade significava privilégio – isto é, literalmente, 12“lei privada”, uma prerrogativa 13especial para fazer algo negado a outras pessoas. O rei, como fonte de toda a lei, distribuía privilégios, 3pois havia sido 19ungido como 16o agente de Deus na terra. Durante todo 17o século XVIII, os filósofos do Iluminismo questionaram esses 9pressupostos, e os panfletistas profissionais conseguiram 14empanar 20a aura sagrada da coroa. Contudo, a desmontagem do quadro mental do Antigo Regime demandou violência iconoclasta, destruidora do mundo, revolucionária. 7Seria ótimo se pudéssemos associar 18a Revolução exclusivamente à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas ela nasceu na violência e imprimiu seus princípios em um mundo violento. Os conquistadores da Bastilha 24não se limitaram a destruir 21um símbolo do despotismo real. 4Entre eles, 150 foram mortos ou feridos no assalto à prisão e, quando os sobreviventes apanharam o diretor, cortaram sua cabeça e desfilaram-na por 25Paris 22na ponta de uma lança. Como podemos captar esses momentos de loucura, quando tudo parecia possível e o mundo se afigurava como uma tábula rasa, apagada por uma onda de comoção popular e pronta para ser redesenhada? Parece incrível que um povo inteiro fosse capaz de se levantar e transformar as condições da vida cotidiana. Duzentos anos de experiências com admiráveis mundos 26novos tornaram-nos 15céticos quanto ao 10planejamento social. 27Retrospectivamente, a Revolução pode parecer um 23prelúdio ao 11totalitarismo. Pode ser. Mas um excesso de visão 28histórica retrospectiva pode distorcer o panorama de 1789. Os revolucionários franceses não eram nossos contemporâneos. E eram um conjunto de pessoas não excepcionais em circunstâncias excepcionais. Quando as coisas se 29desintegraram, eles reagiram a uma necessidade imperiosa de dar-lhes sentido, ordenando a sociedade segundo novos princípios. Esses princípios ainda permanecem como uma denúncia da tirania e da injustiça. 5Afinal, em que estava empenhada a Revolução Francesa? Liberdade, igualdade, fraternidade.

Adaptado de: DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. In: ____. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. p. 30-39.

 

I. O artigo definido na referência 16.

II. O artigo definido singular na referência 17.

III. O artigo definido na referência 18.

 

Quais poderiam ser omitidos, preservando a correção de seus contextos?

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Questão 1866

(Ufrgs 2006) Considere as seguintes afirmações sobre referentes de segmentos do texto.

 

5Se escapar do 8bombardeio 1 ........ está sendo submetido, 11um achado divulgado 14anteontem por pesquisadores do Reino Unido poderá mudar a história da ocupação humana da América. Segundo eles, pegadas de pessoas descobertas no centro do México teriam 40 mil anos - 6embora os registros mais antigos de presença humana no continente não ultrapassem 2 ........ 13 mil anos.

A equipe, liderada pela 17geoarqueóloga mexicana Silvia González, achou os rastros na beira de um antigo lago assolado por chuvas de cinza vulcânica. Imagina-se que, 15depois de um desses episódios, um grupo de pessoas (entre as quais crianças, a julgar pelas dimensões das pegadas) teria caminhado sobre a cinza, deixando sua 9marca. Usando uma série de métodos diferentes, o grupo britânico datou fósseis de animais no mesmo nível da pegada, assim como sedimentos 19em volta da própria, chegando à data de por volta de 40 mil anos 16antes do presente. 22Hoje, o sítio arqueológico das Américas mais antigo cujas datas são aceitas pelos cientistas é Monte Verde, no extremo sul do Chile, com americanos cruzaram o estreito de Bering, vindos do extremo nordeste da Ásia, para chegar ao Novo Mundo. "Novas rotas de migração3 ........ expliquem a existência desses sítios mais antigos precisam ser consideradas. Nossos achados reforçam a teoria4 ........ 10esses primeiros colonos tenham vindo pela água, usando a rota da costa do Pacífico", disse González em comunicado. "Nunca se deve dar a conhecer um achado tão importante numa entrevista coletiva", critica o antropologo argentino Rolando González-José, do Centro Nacional Patagônico. 12O pesquisador já chegou a estudar os antigos mexicanos junto com a arqueóloga, 7mas teve "divergências inconciliáveis" com ela. 13"Uma data de 40 mil anos não necessariamente leva a modelos alternativos do povoamento, 23muito menos recorrendo a rotas transpacíficas", diz.

Adaptado de: LOPES, Reinaldo José. Folha de S. Paulo, 6 jul. 2005, p. A 16.

 

I - O substantivo BOMBARDEIO (ref. 8) refere-se às frequentes chuvas de cinza vulcânica que atingem o achado.

II - O substantivo MARCA (ref. 9) refere-se essencialmente a pegadas de crianças.

III - A expressão "esses primeiros colonos" (ref. 10) refere-se aos migrantes que deixaram suas pegadas no centro do México.

 

Quais estão corretas?

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