Questão 22332

(Pucrs 2013)

A União Ibérica (1580-1640) provocou o acirramento de conflitos europeus, alguns dos quais foram transferidos para os territórios coloniais de Portugal e Espanha. A situação que NÃO tem relação com os conflitos do contexto da União Ibérica é:  

A

Os portugueses fundam a cidade de Rio Grande e a Colônia de Sacramento, utilizando-se da temporária nulidade dos limites territoriais estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.

B

Os espanhóis não reconhecem a independência dos territórios holandeses que formaram as Províncias Unidas dos Países Baixos, sob a liderança da Casa de Orange.

C

Os holandeses criam as Companhias de Comércio (Oriente e Ocidente), que lhes possibilitam recursos para as invasões no nordeste brasileiro e na costa africana.

D

Os ingleses, que apoiavam a independência das Províncias Unidas dos Países Baixos, aliam-se aos fran­ceses para invadir o Recife em 1595.

E

Os franceses ocupam cidades brasileiras no Sudeste, como Santos e Rio de Janeiro, e em estados do Nor­deste, como Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Gabarito:

Os portugueses fundam a cidade de Rio Grande e a Colônia de Sacramento, utilizando-se da temporária nulidade dos limites territoriais estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.



Resolução:

O enunciado da questão pede para que seja encontrada a afirmativa que apresenta um fato que NÃO possui relação com a União Ibérica e o acirramento de conflitos europeus ocasionado por esta união que se estenderam para os territórios coloniais de Portugal e Espanha

a) Os portugueses fundam a cidade de Rio Grande e a Colônia de Sacramento, utilizando-se da temporária nulidade dos limites territoriais estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.

Não há relação. A fundação de ambas as províncias (Rio Grande e Sacramento) não ocorreu devido à União Ibérica ou ao fim temporário do Tratado de Tordesilhas: a província de Rio Grande foi fundada em 1737 e a Colônia do Sacramento foi fundada em 1680.  

b) Os espanhóis não reconhecem a independência dos territórios holandeses que formaram as Províncias Unidas dos Países Baixos, sob a liderança da Casa de Orange.

Há relação. Os conflitos entre Espanha e Holanda foi um dos fatos acirrados durante a União Ibérica, este conflito foi estendido para as colônias ocasionando a Invasão Holandesa no Brasil

c) Os holandeses criam as Companhias de Comércio (Oriente e Ocidente), que lhes possibilitam recursos para as invasões no nordeste brasileiro e na costa africana.

Há relação. Devido a União Ibérica os holandeses que eram aliados de Portugal na produção do açúcar no Brasil são impedidos e comercializar com a colônia. Neste cenário, os holandeses criam as Companhias de Comércio (Oriente e Ocidente), que lhes possibilitam recursos para as invasões no nordeste brasileiro e na costa africana.

d) Os ingleses, que apoiavam a independência das Províncias Unidas dos Países Baixos, aliam-se aos fran­ceses para invadir o Recife em 1595.

Há relação. Os ingleses de fato apoiaram a independência das Províncias Unidas dos Países Baixo e isto há relação com a União Ibérica, uma vez que a Inglaterra era inimiga da Espanha. Além disso, em 1595 a Inglaterra efetiva o Saque do Recife durante o qual se associou aos franceses

e) Os franceses ocupam cidades brasileiras no Sudeste, como Santos e Rio de Janeiro, e em estados do Nor­deste, como Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Há relação.  As invasões francesas no Brasil ocorrem durante a União Ibérica

 



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

__________________________________________________________________________________________________________________________________________

Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

Ver questão

Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

Ver questão

Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

Ver questão

Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

Ver questão