Questão 24628

(UFU 2014 - meio do ano) 

¡Hola José! ¿Qué pasa?

Yo no pude esperarte.

Avísame si vas a continuar con las clases. Aguardo su respuesta.

Gracias Pablo!

P.S. Respóndame en Facebook.

A partir da mensagem escrita na lousa de uma sala de aula do bloco 3D, situado no Campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia, é correto afirmar que o emissor da mensagem, cuja identidade foi preservada por meio do emprego de um nome fictício, é capaz de se comunicar em espanhol, embora

A

empregue formas imperativas consideradas pouco cordiais.

B

desconheça as regras de colocação pronominal.

C

mescle elementos relacionados aos tratamentos formal e informal.

D

ignore a conjugação de verbos no presente.

Gabarito:

mescle elementos relacionados aos tratamentos formal e informal.



Resolução:

A partir da leitura do texto, pode-se perceber que o emissor da mensagem é capaz de se comunicar em espanhol, embora cometa alguns deslizes como mesclar elementos relacionados aos tratamentos formal e informal.

Ao iniciar a comunicação, o emissor trata informalmente o interlocutor, utilizando os pronomes de tratamento tu / te e as expressões informais de tratamento (¡HOLA José! ¿Qué pasa? / Yo no pude esperarTE.), além das formas verbais no Imperativo e no Subjuntivo adequadas ao interlocutor “tú” (AVÍSAME si VAS a continuar con las clases.).

Ao final da mensagem, no entanto, o autor do texto emprega elementos de uma comunicação formal e utiliza verbos e pronomes ligadas ao pronome formal “usted” (Aguardo SU respuesta. / RESPÓNDAME en Facebook.)

Seguem as justificativas das demais afirmativas:

a. empregue formas imperativas consideradas pouco cordiais. (Alternativa incorreta, pois o autor da mensagem não emprega formas pouco cordiais em seu texto.)

b.  desconheça as regras de colocação pronominal. (Alternativa incorreta, pois o autor utiliza corretamente os pronomes, por exemplo, após os verbos no imperativo afirmativo.)

c. mescle elementos relacionados aos tratamentos formal e informal. (Alternativa correta)

d. ignore a conjugação de verbos no presente. (Alternativa incorreta, pois o autor conjuga corretamente os verbos no presente.)



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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