(UFU 2014 - Meio do ano)
A representação acima é obtida com a projeção da superfície terrestre, com os paralelos e os meridianos, sobre um cilindro em que o mapa será desenhado. Ao ser desenrolado, apresentará sobre uma superfície plana todas as informações que para ele foram transferidas.
Nesse tipo de projeção,
a linha imaginária do Equador é o único paralelo que não tem sua dimensão original alterada.
as latitudes médias são as que apresentam as maiores distorções em relação à dimensão original de suas áreas.
a superfície terrestre localizada nas altas latitudes não apresenta ampliação em suas áreas.
as áreas localizadas entre os trópicos de Câncer e Capricórnio mantêm sua real forma e dimensão original.
Gabarito:
a linha imaginária do Equador é o único paralelo que não tem sua dimensão original alterada.
Diferentemente das representações cartográficas anteriores, o mapa-múndi de 1569 (Mercator) não usava uma malha de coordenadas aleatórias, mas baseava-se na matematização do real, na qual Mercator concebia a Terra como uma esfera (tridimensional) e não como uma superfície (bidimensional), o que permitiu traçar o sistema de coordenadas em que o nível de distorção estivesse matematicamente (e antecipadamente) controlado. Essa projeção não foi elaborada para simples representação do mundo, mas serviria a finalidades práticas da navegação. O dado é de suma importância para se compreender o mecanismo da projeção, visto que, naquela época, os mapas tinham mais eficiência estética do que finalidade utilitária. Uma das exceções seriam as cartas portulanas. A projeção de Mercator é, tecnicamente, uma projeção cilíndrica em que todos os meridianos são linhas retas perpendiculares ao Equador e às suas linhas de latitude. Entretanto, à medida que se dirigem aos polos, as distorções aumentam drasticamente. Essa geometria faz com que a superfície da Terra se torne deformada na direção leste–oeste, e quanto maior ou menor for a latitude. É acompanhada por idêntica deformação na direção norte-sul e torna-se infinita nos polos,impedindo a sua representação.
A) Correta: A projeção cilíndrica de Mercator fica paralela a linha do Equador e sendo assim, nessa projeção, o Equador é a região que menos sofre distorções em relação às outras.
B) Incorreta: Na projeção cilíndrica as regiões mais distorcidas do globo são as zonas polares.
C) Incorreta: Na projeção cilíndrica as altas latitudes, as zonas tropicais, são as mais distorcidas com o aumento de sua área (vide Groenlândia)
D) Incorreta: As regiões tropicais, mesmo que menos distorcidas, também sofrem alteração e são usadas escalas e não dimensões originais.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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