Questão 25373

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

O período posterior à Segunda Guerra Mundial foi de enorme crescimento produtivo nos países desenvolvidos. Denominados de anos gloriosos ou de idade do ouro, o fato é que os primeiros trinta anos do pós-guerra constituíram uma era única na história contemporânea. A espantosa recuperação do mundo capitalista, quanto ao crescimento econômico e avanços tecnológicos, revolucionou as pautas de consumo e comportamento até então existentes.

PADRÓS, Enrique Serra. Capitalismo, prosperidade e estado de bem-estar social. In: FILHO, Daniel Aarão Reis. FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste (orgs.). O século XX. O tempo das crises: revoluções, fascismos e guerras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, p. 229. (Adaptado).

A euforia econômica que caracterizou o mundo capitalista nos trinta anos seguintes ao fim da II Guerra estava fortemente relacionada

A

ao crescimento dos níveis de desemprego, formando um exército de mão de obra de reserva que estimulou a acumulação capitalista.

B

ao desenvolvimento de outras formas de energia, com a consequente redução da dependência em relação ao petróleo.

C

à recuperação da economia europeia, que, através do estado de bem-estar social, conseguiu assegurar a acumulação capitalista em níveis elevados

D

à desindustrialização do Terceiro Mundo, tornando esta região especializada no fornecimento de matérias-primas para os países do centro do capitalismo.

Gabarito:

à recuperação da economia europeia, que, através do estado de bem-estar social, conseguiu assegurar a acumulação capitalista em níveis elevados



Resolução:

Alternativas

  1. ao crescimento dos níveis de desemprego, formando um exército de mão de obra de reserva que estimulou a acumulação capitalista.Comentário: alternativa incorreta. A Segunda Guerra Mundial possibilitou um grande estímulo da indústria bélica para todos os países participantes diretamente e indiretamente do conflito, que viabilizou no grande aumento do emprego, principalmente evidenciado para as potências vencedoras da guerra, como foi o caso dos EUA.

  2. ao desenvolvimento de outras formas de energia, com a consequente redução da dependência em relação ao petróleo.Comentário: alternativa incorreta. O petróleo foi importante desde o final do século XIX e no desenrolar do século XX, não reduzindo a dependência dessa fonte de energia.

  3. à recuperação da economia europeia, que, através do estado de bem-estar social, conseguiu assegurar a acumulação capitalista em níveis elevados. Comentário: alternativa correta porque nas primeiras décadas do pós guerra, os EUA foram responsáveis pela ajuda econômica aos países ocidentais que foram destruídos pela guerra(Plano Marshall), que viabilizou o crescimento da economia europeia e a acumulação monetária.

  4. à desindustrialização do Terceiro Mundo, tornando esta região especializada no fornecimento de matérias-primas para os países do centro do capitalismo.Comentário: alternativa incorreta. A industrialização dos países integrantes do Terceiro Mundo foi marcado no contexto da Segunda Guerra Mundial e do pós guerra, porém não no mesmo padrão alcançado pelos países do Primeiro e Segundo Mundo( não é correto afirmar a desindustrialização).



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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