Questão 25390

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

El enigma Messi

De Messi escribió Roberto Fontanarrosa (Usted no me lo va a creer) quizá ni cuando había nacido Messi. Rosales, un ojeador de niños futbolistas, había visto un caso único, desde la esquina de un bar polvoriento de Rosario, de donde es el mejor (¿el mejor? El espejo de Blancanieves dice que sí) futbolista del mundo. La pelota iba tras un muchacho, sin que el pibe hiciera nada; la querencia era tal que no había ni sombra entre los dos, eran el muchacho y la pelota a la vez, como si esa atracción benévola ya fuera definitiva y la pelota formara parte del cuerpo del pibe.

―Era una de esas siestas agobiantes del verano donde no corre ni una sola gota de aire‖, escribió Fontanarrosa en el célebre cuento en el que nace, sin haber nacido, Lionel Messi. ―La pelota, entonces, sola, solita como le cuento, como me lo contó Rosales, empieza a rodar y se va detrás del pibe, como un perro‖. La historia es ficción, pero por esos andurriales de la imaginación de Fontanarrosa andaba sin duda Lionel Messi. Y ese fantasma, como para los de Aracataca el fantasma de Gabo, se sigue apareciendo por los bares y por las noches.

Disponível em:https://www.clarin.com/viva/revista_viva-nota_de_tapa-lionel_messi-barcelona-rosario_0_rJBW9DwcDml.html . Acesso em: 10 jan. 2015 (fragmento).

 

O texto estabelece um paralelo entre a trama de um conto de Roberto Fontanarrosa e o jogador de futebol Lionel Messi. Ao afirmar ―la querencia era tal‖, o autor do texto

A

ressalta o respeito que havia entre o menino e a bola.

B

destaca o domínio que o menino tinha da bola.

C

assinala a atração que o garoto sentia pela bola.

D

enfatiza a afinidade que existia entre o garoto e a bola.

Gabarito:

enfatiza a afinidade que existia entre o garoto e a bola.



Resolução:

[D]

O texto estabelece um paralelo entre a trama de um conto de Roberto Fontanarrosa e o jogador de futebol Lionel Messi. Ao afirmar - la querencia era tal - , o autor ressalta a afinidade entre o garoto (e o jogador Messi ) e a bola, como descrito na alternativa D.

Os seguintes trechos evidenciam essa proximadade: “La pelota iba tras un muchacho, sin que el pibe hiciera nada; la querencia era tal que no había ni sombra entre los dos, eran el muchacho y la pelota a la vez, como si esa atracción benévola ya fuera definitiva y la pelota formara parte del cuerpo del pibe.” / “(…) La pelota, entonces, sola, solita como le cuento, como me lo contó Rosales, empieza a rodar y se va detrás del pibe, como un perro.”



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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