(UFU - 2015 - 1ª FASE)
Nas galáxias, há uma diversidade de estrelas que se organizam em pares, chamadas estrelas binárias. Elas orbitam um centro de massa, localizado entre elas. O esquema a seguir representa um par de estrelas (E1 e E2) que orbitam um ponto P e são vistas por dois observadores (O1 e O2). Considere que A, A´, B e B´ são posições distintas em suas órbitas em torno de P.
Tendo em vista a situação descrita, considere as afirmativas a seguir.
I. Para O1, a luz de E1 será vista com menor frequência quando ela estiver passando por A do que quando estiver passando por A’.
II. Para O2, a luz de E1 será vista com maior frequência quando ela estiver passando por A do que quando estiver passando por A’.
III. Para O2, a luz de E1 será vista com menor comprimento de onda quando ela estiver passando por A’ do que quando estiver passando por A.
IV. Para O2, a luz de E2 será vista com maior comprimento de onda quando ela estiver passando por B do que quando estiver passando por B’.
Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmativas corretas.
III e IV.
II e III.
II e IV.
I e III.
Gabarito:
III e IV.
Essa é uma questão de efeito dopller relativistíco.
O movimento relativo de aproximação faz com que o observador veja um comprimento de onda menor que o verdadeiro, num menor tempo e numa maior frequência.
O movimento relativo de afastamento faz com que o observador veja um maior comprimento de onda que o real, num maior tempo e numa frequência menor.
I - Falso. Para O1 quando a estrela E1 passar por A estará se aproximando e em A' se afastando. Assim a frequência percebida será maior em A do que em A1.
II - Falso. Para o observador O2 a luz de E1 será percebida com frequência maior quando a estrela tiver passando por A' do que quando estiver passando por ", uma vez que o movimento relativo será de aproximação para A' e afastamento para A.
III - Verdadeiro. Seguindo a mesma lógica, a luz de E1 será vista por O2 com menor comprimento de onda quando passar por A1 do que quando passar por A, uma vez que temos uma aproximação.
IV - Verdadeiro. A luz de E2 será vista com comprimento de onda maior por O2 quando pasasr por B do que quando passar por B1, pois temos um movimento relativo de afastamento.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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