Questão 25744

(ENEM PPL - 2012)

O que a internet esconde de você

Para cada site que você pode visitar, existem pelo menos 400 outros que não consegue acessar. Eles existem, estão lá, mas são invisíveis. Estão presos num buraco negro digital maior do que a própria internet. A cada vez que você interage com um amigo nas redes sociais, vários outros são ignorados e têm as mensagens enterradas num enorme cemitério on-line. E, quando você faz uma pesquisa no Google, não recebe os resultados de fato — e sim uma versão maquiada, previamente modificada de acordo com critérios secretos. Sim, tudo isso é verdade — e não é nenhuma grande conspiração. Acontece todos os dias sem que você perceba. Pegue seu chapéu de Indiana Jones e vamos explorar a web perdida.

GRAVATA, A. Superinteressante, nov. 2011 (fragmento).

Os gêneros do discurso jornalístico, geralmente a manchete, a notícia e a reportagem, exigem um repórter que não diz “eu”, nem mesmo que se refira ao leitor do texto explicitamente. No trecho lido, ao contrário, é recorrente o emprego de “você”, o qual  

A

remete a um sujeito “eu” que se prende ao próprio dizer, fortalecendo a subjetividade.    

B

explicita uma construção metalinguística que se volta para o próprio dizer.    

C

deixa claro o leitor esperado para o texto, aquele que visita redes sociais e sites de busca no dia a dia.    

D

estabelece conexão entre o fatual e o opinativo, o que descaracteriza o texto como reportagem.    

E

revela a intenção de tomar a leitura mais fácil, a partir de um texto em que se emprega vocabulário simples.   

Gabarito:

deixa claro o leitor esperado para o texto, aquele que visita redes sociais e sites de busca no dia a dia.    



Resolução:

A) INCORRETA: não é necessariamente preciso de uma pessoa "eu" para que se haja uma pessoa "tu". Pode ser apenas o narrador que conta em terceira pessoa, mas ao mesmo tempo dialoga com seu leitor.

B) INCORRETA: o emprego do pronome "você" não se relaciona com uma questão metalinguística. Só haveria essa possibilidade de o texto estivesse dissertando sobre o próprio texto ou sobre o próprio código da língua.

C) CORRETA: O emprego recorrente do pronome “você”, no texto que aborda as relações dos internautas com sites de pesquisa como o Google, permite deduzir que o leitor esperado é aquele que visita redes sociais e sites de busca no dia a dia.

D) INCORRETA: pois não é o "você" que vai estabelecer essa conexão entre o que é fato e o que é opinião. Na verdade, não se vê nenhuma opinião, mas todos os elementos destacados no texto são colocados como verdade pelo autor.

E) INCORRETA: a presença ou não do pronome "você" não vai deixar o texto mais fácil ou mais difícil: é o uso do grau de formalidade das palavras que vai ter essa impressão no texto. O uso de "você" faz com que o autor se aproxime mais do seu leitor.



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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