(UFRRJ - 2004)
Vivemos numa cultura marcada pelo individualismo afetivo e prático. Vivemos sob um sistema socioeconômico globalizado que prioriza o lucro e a produtividade em prejuízo das pessoas.
As consequências são sentidas por todos nós, e mais duramente pelos pobres.
A lógica do mercado decreta friamente que eles são um estorvo, não deveriam ter filhos e melhor seria se simplesmente não existissem. Seus rostos famintos nos incomodam, seus filhos miseráveis nos revoltam.
MIRANDA, Mário de F. "Promover a vida". In: O GLOBO. 12 de dezembro de 2002. p. 6.
Leia com atenção o trecho abaixo.
"Os governantes passaram a dizer que a culpa não era deles, era da taxa de juros, de alguma crise no exterior, da falta de investimentos externos, das dívidas financeiras, ou qualquer outra circunstância administrativa, porque não sentiam a obrigação de cuidar do povo."
BUARQUE, Cristovam. "O tamanho do coração". In: O GLOBO. 16 de dezembro de 2002. p. 7.
Agora, relendo o texto, indique nele a palavra ou expressão que sintetize o trecho lido acima.
individualismo afetivo.
rostos famintos.
o lucro e a produtividade.
prejuízo das pessoas.
lógica do mercado.
Não sei.
Gabarito:
lógica do mercado.
Agora, relendo o texto, indique nele a palavra ou expressão que sintetize o trecho lido acima.
a) individualismo afetivo.Comentário: alternativa incorreta. O individualismo afetivo é colocado como uma característica principal da cultura no mundo globalizado, contudo, não é uma ideia central e que é colocado como central por todo texto.
b) rostos famintos.Comentário: alternativa incorreta.Os rostos famintos é considerado no texto como uma das consequências da lógica do mercado cruel, mas não é uma ideia geral enfatizado ao longo do texto.
c) o lucro e a produtividade.Comentário: alternativa incorreta.O trecho de Cristovam Buarque, traz um reflexão sobre os governantes manipularem para o povo para priorizar o benéfico próprio em prejuízo do povo. Essa ação dos governantes não passa de logica de mercado onde o lucro vem acima do bem estar das outras pessoas.
d) prejuízo das pessoas.Comentário: alternativa incorreta. O prejuízos das pessoas é relacionado com a lógica do mercado a qual é enfatizado ao longo do texto.
e) lógica do mercado.Comentário: alternativa correta.O fragmento do texto "Os governantes passaram a dizer que a culpa não era deles, era da taxa de juros, de alguma crise no exterior, da falta de investimentos externos, das dívidas financeiras, ou qualquer outra circunstância administrativa, porque não sentiam a obrigação de cuidar do povo.". Nesse texto, percebe-se que algumas palavras chaves, como: "taxa de juros","crise no exterior"," investimentos externos" e "dívidas financeiras" estão relacionadas com a lógica do mercado.
(Ufrrj 2001)
"CIÚME, COMO LIDAR COM ESSE VENENO"
Marido apaixonado desconfia que a mulher, linda, o trai com um amigo. A mulher é honesta, o amigo é sincero, mas o marido só enxerga à sua volta indícios da traição inexistente. Por fim, transtornado, mata a mulher e se mata. A tragédia, no seu cruel desenrolar, é velha como o mundo. Assim foi descrita magistralmente por William Shakespeare, no século XVII, no texto em que Otelo, o general mouro, mata a doce Desdêmona.
Antes dele e depois dele, homens e mulheres mataram (e matam) pelo mesmo motivo: o ciúme, um sentimento insano, paranoico, doente, insuportável para quem sente e doído, perigoso, para quem é alvo dele. A morte é uma atitude extrema, mas as tragédias clássicas acabam sendo a melhor tradução para a força destruidora e devastadora desse sentimento. A realidade, o verniz civilizatório ou, simplesmente, a sobrevivência do bom senso mesmo que o cotovelo doa colocam freios em boa parte das pessoas que dele sofrem - por isso, e só por isso, as ruas não estão coalhadas de corpos adúlteros ou apaixonados desprezados." (...)
(VEJA: 14/06/2000)
O comentário sobre o ciúme chama a atenção do leitor para
(UFRJ - 2004)
Saímos à varanda, dali à chácara, e foi então que notei uma circunstância. Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se machucara o pé. A mãe calou-se; e a filha respondeu sem titubear:
- Não, senhor, sou coxa de nascença.
O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?
Essa voz saía de mim mesmo, e tinha duas origens: a piedade, que me desarmava ante a candura da pequena, e o terror de vir a amar deveras, e desposá-la. Uma mulher coxa!
Foi na varanda, na tarde de uma segunda-feira, ao anunciar-lhe que na seguinte manhã partiria:
- Adeus, suspirou ela, faz bem em fugir ao ridículo de casar comigo.
Ia dizer-lhe que não; ela retirou-se lentamente, engolindo as lágrimas. Alcancei-a a poucos passos, e jurei-lhe por todos os santos do céu que eu era obrigado a partir, mas que não deixava de lhe querer muito; tudo hipérboles frias, que ela escutou sem dizer nada.
Adap. de: ASSIS, M. de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1991, 17ª ed., p. 53-55.
"Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se MACHUCARA o pé."
A forma verbal destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, pela forma composta
Ver questão
(Ufrrj 1999) Na figura a seguir observa-se um circuito elétrico com dois geradores (E1 e E2) e alguns resistores.
Utilizando a 1a lei de Kircchoff ou lei dos nós, pode-se afirmar que
Ver questão