(UFU - 2016 - 1ª FASE)
O mundo nunca teve tanta gente morando fora do país de origem. A ONU (Organização das Nações Unidas) avalia que existem atualmente 160 milhões de migrantes, pessoas vivendo fora do seu país [...].
Disponível em: <http://www.bbc.com/mundo/noticias/2015/05/150529_finde_migracion_graficos_vj_aw> <http://www.bbc.com/portuguese/especial/migrantes/migrantes.shtml> Acesso em: 5 de fev. 2016.
Excetuando-se os casos de guerras e(ou) perseguições políticas, a dinâmica populacional descrita tem como origem predominante as nações
cuja economia é incapaz de absorver a força de trabalho.
que passaram por grandes catástrofes naturais.
cujo crescimento populacional é descontrolado.
que possuem baixa produção agrícola.
Gabarito:
cuja economia é incapaz de absorver a força de trabalho.
(A) Correta. Os processos migratórios atuais acontecem, principalmente, a partir de países do Sul Global (com menores taxas de desenvolvimento) em direção a países do Norte Global. De maneira geral, o principal motivo para essas migrações é a busca por melhores condições de vida, principalmente através de melhores condições de trabalho. Os países desenvolvidos, em sua maioria, possuem taxas de desemprego menores do que os países em desenvolvimento.
(B) Incorreta. As catástrofes naturais podem ser eventos que geram processos migratórios, porém, esse não é o principal fator que causa as migrações mundiais, visto que as catástrofes naturais estão restritas à regiões muito específicas do globo. Um exemplo importante é o terremoto do Haiti, em 2010, que levou a uma forte onda migratória de haitianos em direção ao Brasil, por conta da destruição das cidades. Porém, as migrações por catástrofes naturais não são tão comuns, visto que um evento desse tipo não acontece com tanta frequência.
(C) Incorreta. A maioria dos países da Terra (tanto os desenvolvidos, quanto aqueles em desenvolvimento) já possuem um ritmo de crescimento populacional controlado, com tendência à estabilidade. Portanto, a alternativa não corresponde à realidade da dinâmica populacional mundial. No continente africano, porém, existem muitos países com alto ritmo de crescimento populacional, mas esse fator não é suficiente para ser a principal justificativa para as migrações mundiais.
(D) Incorreta. Não existe uma relação direta entre a baixa produção agrícola e a migração. Os principais produtores agrícolas mundiais são países em desenvolvimento e, mesmo assim, as taxas de migrações tendem a ser mais altas lá do que nos países que têm maiores taxas de industrialização.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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