(UFU - 2017 - 1ª FASE)
Pelo menos 269 pessoas morreram e 2 milhões foram afetadas por causa das chuvas registradas há quase um mês no estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, disse o ministro do Interior, Rajnath Singh. As inundações são comuns na Índia durante o período geral de chuvas de monção entre julho e agosto.
Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/12/chuvas-na-india-deixam-mais-de-200-mortos-e-afeta2-milhoes-de-pessoas.html> Acesso em: 29 de abr. 2017. (Adaptado).
O texto retrata um fenômeno meteorológico responsável pelas fortes chuvas. Esse fenômeno é causado pelo(a):
ação dos ventos alísios, que invertem sua direção e intensidade durante o verão asiático.
água do oceano Índico, cuja ação de correntes marinhas frias, favorece a formação de massas de ar carregadas de umidade.
desenvolvimento de um corredor de nuvens de tempestade em direção ao Oceano Índico, causado pela Cordilheira do Himalaia.
aparecimento sazonal de grandes diferenças térmicas entre o oceano Índico e o continente Asiático.
Gabarito:
aparecimento sazonal de grandes diferenças térmicas entre o oceano Índico e o continente Asiático.
a)Incorreta, pois, o fenômeno das monções não é causado por essa inversão dos ventos alísios, já que os mesmos nunca se invertem, devido à dinâmica natural das massas de ar no planeta Terra.
b)Incorreta, pois, nas monções de verão, no hemisfério norte, como retrata o texto, ocorrem, na verdade, pelo aumento de temperatura no continente asiático, o que atraí, por ser uma baixa pressão, as massas de ar frias do Oceano Índico, logo, elas não são geradas pelas correntes marítimas, mas, pela diferença de pressão atmosférica entre o continente e o oceano, já que as monções de inverno ocorrem ao contrário, já que as águas do Oceano Índico estão quentes e o continente está frio.
c)Incorreta, pois, a alternativa se refere às monções de inverno, que saem do continente e rumam o oceano, e a questão, por expor os meses de julho e agosto, está se referindo às monções de verão.
d)Correta, pois, sazonalmente há uma grande diferença de temperatura entre o oceano e o continente, no inverno com o continente frio e o oceano quente, gerando monções em direção ao oceano, e no verão com o oceano frio e o continente quente, gerando monções na direção do continente.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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