(PUC/RS - 2016)
As transformações que __________ ocorrido na sociedade 1contemporânea, 2em especial a partir dos anos 70, __________ propiciando mudanças nas relações científicas estabelecidas com o ambiente internacional. Um evento norteador das transformações societais e 3decisivo para 4essas mudanças foi a globalização, que __________ fortes evidências do entrosamento entre ciência e sociedade e __________ 5 a dinâmica de produção do conhecimento, com efeitos no ensino superior 6sobretudo, realçando a importância da internacionalização nas funções de transmitir e produzir conhecimento.
Universidade, ciência, inovação e sociedade.
36º Encontro Anual da ANPOCS. (Texto adaptado)
Para responder à questão abaixo, considere as afirmativas sobre a pontuação do texto.
I. As vírgulas da referência 1 (“contemporânea, em especial a partir dos anos 70,”) poderiam ser substituídas por travessões sem prejuízos ao sentido e à correção do texto.
II. A utilização de uma vírgula depois de “em especial” (referência 2) e antes de “sobretudo” (referência 6) provocaria ambiguidade nos períodos.
III. A inserção de vírgulas antes e depois de “e decisivo para essas mudanças” (referência 3) tornaria mais clara a relação de ênfase estabelecida com o segmento anterior.
IV. As vírgulas das referências 4 (“essas mudanças foi a globalização, que ___________ fortes”) e 08 (“e ___________ a dinâmica de produção do conhecimento, com”) poderiam ser retiradas sem prejuízo ao significado e à estrutura do período.
Estão corretas apenas as afirmativas:
I e II.
I e III.
II e IV.
I, II e III.
II, III e IV.
Gabarito:
I, II e III.
I. CORRETA, uma vez que "em especial a partir dos anos 70" é um aposto, termo que pode ser isolado do restante da oração através de vírgulas, travessões ou dois pontos, sem prejuízo algum do significado.
II. CORRETA, uma vez que caso fosse colocada uma vírgula após "em especial" teríamos uma ambiguídade, já que não ficaria claro a que esse termo está se referindo, se é a "a sociedade contemporânea" ou "a partir dos anos 70".
III. CORRETA, já que a vírgula também tem esse papel de isolar termos para que estes ganhem ênfase na frase.
IV. INCORRETA, já que essas vírgulas introduzem explicações e caso fossem retiradas o que vêm após as mesmas funcionaria como um restritor do sentido dos termos que precedem a vírgula.
Corretas: I, II e III. Alternativa D.
(PUC-SP-2001)
A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.
No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.
Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.
Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:
“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”
Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.
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(Pucpr 2004)
"Aula de Português"
A linguagem na ponta da língua,
tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada das estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.)
Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:
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(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.
A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.
CAPÍTULO 2 (O CORPO)
Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor
Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés
Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.
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(Puccamp 2016)
Editorial
Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.
Comenta-se com correção:
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