Questão 2752

(Puccamp 2017) 

As páginas reproduzidas a seguir fazem parte de publicação do Instituto A gente transforma. Seus componentes apresentam-se assim: “Nós somos um movimento que nasceu a partir de um impulso, uma inquietação e entendimento da necessidade de valorização do ser humano e seus saberes legítimos ancestrais, como ferramenta de transformação e liberdade.” Usam o design como ferramenta para expor a alma brasileira, a partir do mergulho na cultura dos povos que formam o nosso país.

 

Observe com cuidado o conjunto abaixo reproduzido.

Ancestralidade

 

Quando o antigo bogoió foi encontrado na casa de dona Chica, em 2012, as artesãs perceberam que o futuro estava no passado. Ou melhor, que o futuro estava no conhecimento, na ancestralidade, na cultura, na fé e na resistência representada pelo artesanato. O artesanato tem o espírito da resistência e da rebeldia. Não há peças iguais em Várzea Queimada. Elas carregam a personalidade de seus autores. O antigo e o novo se misturam na Toca das Possibilidades.

Aqui, não há limites para a criatividade.

 

(Instituto A gente transforma: Várzea Queimada. p. 8, 9 e 15)

Leia as afirmações que seguem.

I. O modo de composição do texto propicia que o leitor, se desconhecer o sentido da palavra bogoió, suponha que ela remete a cesto artesanal de palha; se desconhecer a localização de Várzea Queimada, levante a hipótese bastante provável de que se localize no semiárido brasileiro.

II. É aceitável supor que a Toca das possibilidades é o espaço, em Várzea Queimada, onde, inspirados em conhecimentos ancestrais, os artistas os transcendem, ao produzir suas peças artesanais.

III.  É aceitável supor que, pelo fato de serem feitos ao modo dos antepassados, ao modo preservado na memória, os objetos produzidos em Várzea Queimada são todos de finalidade prática, ou seja, são objetos que facilitam a vida cotidiana de habitantes de uma região rural.

 

Está correto o que se afirma em

A

a) I, II e III.

B

b) I e II, apenas.

C

c) II e III, apenas.

D

d) I, apenas.

E
e) II, apenas

Gabarito:

b) I e II, apenas.



Resolução:

I. O modo de composição do texto propicia que o leitor, se desconhecer o sentido da palavra bogoió, suponha que ela remete a cesto artesanal de palha; se desconhecer a localização de Várzea Queimada, levante a hipótese bastante provável de que se localize no semiárido brasileiro.Comentário: alternativa correta. A inferência que podemos encontrar em relação ao termo"bogoió" encontra-se em "as artesãs perceberam que o futuro estava no passado", " Ou melhor, que o futuro estava no conhecimento, na ancestralidade, na cultura, na fé e na resistência representada pelo artesanato". Nesses fragmentos, remetem a questão da crítica do choque cultural de gerações, representada pela persistência do "bogió", simbologia a um cesto artesanal.

II. É aceitável supor que a Toca das possibilidades é o espaço, em Várzea Queimada, onde, inspirados em conhecimentos ancestrais, os artistas os transcendem, ao produzir suas peças artesanais.Comentário: alternativa correta.Porque pelo segundo parágrafo do texto, percebe-se que leva ao leitor a supor que a "Toca da passobilidade" é o espaço em si, presente em "Várzea Queimada", realçando o artesanato e a cultura local. Tal comprovação desse raciocínio pode ser levado em consideração a partir do seguinte fragmento: "O artesanato tem o espírito da resistência e da rebeldia. Não há peças iguais em Várzea Queimada. Elas carregam a personalidade de seus autores. O antigo e o novo se misturam na Toca das Possibilidades."

III.  É aceitável supor que, pelo fato de serem feitos ao modo dos antepassados, ao modo preservado na memória, os objetos produzidos em Várzea Queimada são todos de finalidade prática, ou seja, são objetos que facilitam a vida cotidiana de habitantes de uma região rural.Comentário: alternativa incorreta.Porque os objetos representados na pintura apresentam a finalidade voltada para a representação artística do quadro. Além de serem objetos que facilitam a vida cotidiana de habitantes de uma região rural.



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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