Questão 2840

(PUC/RS - 2016)

Responda à(s) questões a seguir com base no texto abaixo.

Dois caminhos se 1abriram diante do paulista Marcus Smolka em 2007, quando ele 2concluiu o pós-doutorado no Ludwig Institute for Cancer Research, em San Diego (EUA).

Um deles 3era retornar ao Brasil e associar-se a um centro de pesquisa dotado de espectrômetro de massa, um equipamento novo, que ele dominava como poucos. Nesse caso, 4trabalharia como uma espécie de operador da máquina, rodando os trabalhos de outros cientistas. Nas horas vagas, 5poderia usá-la para dar continuidade a suas próprias pesquisas. A outra opção 6era aceitar um convite da Universidade Cornell, no Estado de Nova York. Por essa proposta, 7ganharia um laboratório e teria um espectrômetro só para si, aos 33 anos de idade.

8Para Smolka, nenhuma das duas opções 9era a ideal. 10O que ele queria mesmo era voltar ao Brasil e ter um espectrômetro. Mas a proposta que apresentou ao Fundo de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) esbarrou no custo do equipamento, da ordem de US$ 1 milhão. O brasileiro 11acabou escolhendo Cornell.

Smolka é hoje parte de uma expressiva comunidade de cientistas brasileiros que estão radicados no Exterior, produzindo pesquisa de ponta e ajudando a mudar os rumos do conhecimento. Tradicionalmente encarado como fuga de cérebros, o fenômeno é, na verdade, uma tendência global.

Adaptado de: Histórias de cientistas brasileiros ajudam a explicar o fenômeno da exportação de cérebros.
Zero Hora, Planeta Ciência. 24/7/2015

 Assinale a alternativa correta sobre o emprego das formas verbais no texto.

A

No primeiro parágrafo, “abriram” (referência 1) e “concluiu” (referência 2) expressam atitudes que começaram a se concretizar num passado recente.

B

As ocorrências de “era” (referências 3, 6 e 9) podem ser substituídas por “poderia ser”, sem prejuízo para o sentido e para a coerência do texto.

C

O emprego do futuro do pretérito (referências 4, 5 e 7) indica uma hipótese que não será confirmada no final do texto.

D

O uso de “havia escolhido” no lugar de “acabou escolhendo” (referência 11), além de correto, seria mais coerente com o nível de formalidade do texto.

E

A utilização do presente do indicativo no quarto parágrafo determina a caracterização de um cenário atual.

Gabarito:

A utilização do presente do indicativo no quarto parágrafo determina a caracterização de um cenário atual.



Resolução:

a) Alternativa incorreta. Ambos os verbos apresentam os mesmos sentidos no que tange o tempo verbal. Os verbos "abriram" e "concluiu" são conjugados no pretérito perfeito (quando o verbo está conjugado nesse tempo verbal, indica uma ação que ocorreu no passado).

b) Alternativa incorreta. Não podem aparecer no mesmo sentido porque "era" está no modo indicativo (certeza da ação) e "poderia ser" está no modo subjuntivo (incerteza, possibilidade da ação).

c) Alternativa incorreta. O futuro do pretérito se refere a um fato que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação passada. É utilizado para indicar uma ação que é consequente de outra, encontrando-se condicionada. 

d) Alternativa incorreta. Não há coerência pelo uso de ambas formas porque o verbo "escolhido" (forma nominal no particípio), demonstra a ação verbal já finalizada ou relacionada com o passado. Diferentemente, "escolhendo" (forma nominal gerúndio), demonstra ação prolongada  que ainda está em desenvolvimento.

e) Alternativa correta. O modo indicativo é usado para transmitir um acontecimento certo e real. 



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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