(Uece 2008)
TEXT
It is impossible to define the now primary sense of literature precisely or to set rigid limits on its use. Literary treatment of a subject requires creative use of the imagination: something is constructed which is related to "real" experience, but is not of the same order. What has been created in language is known only through language, and the text does not give access to a reality other than itself. As a consequence, the texts that make up English literature are a part and a product of the English language and cannot be separated from it. Among the various ways of defining literature are to see it as an imitation of life, through assessing its effect on a reader, and by 1ANALYZING its form.
The imitation of life. Since at least the 4th century BC, when Aristotle described poetry as mimesis (imitation), literature has been widely regarded as an imitation of life. The mimetic theory was dominant for centuries, only falling into disfavor in the late 18th century with the rise of Romanticism, which took poetry to be essentially an expression of personal feeling. In the 20th century, however, the idea of mimesis was revived.
Effect on the reader. 2READING literature is widely believed to develop 3UNDERSTANDING and 4FEELING, by complementing the primary experiences of life with a range of secondary encounters. Although the experience of literature is not the same as 'real' experience, it can have an influence that extends beyond the period of 5READING. The response is inward and does not necessarily lead to physical movement or social action, although texts written as scripture or propaganda may have such results. In the 5-4th centuries BC, Plato acknowledged the power of poetry, but distrusted its rhetorical effect and mythic quality. In the Phaedrus, he attacked the cultivation of persuasion rather than the investigation of truth and in the Republic argued that, in an ideal state, poets would have no educational role. Aristotle, however, thought that the catharsis or purgation experienced in witnessing a tragic drama was beneficial. Generally, like Aristotle, critics have attached importance to the ethical purpose of literature and the morally 6UPLIFTING value of 'the best' literature.
Analyzing form. A reader is unlikely to respond with interest to the discovery that a textbook is written in continuous prose, with paragraphs and chapters. This is simply the accepted mode of referential writing. However, confrontation with a sonnet or the structure of a novel raises questions about the author's choice of form, a choice often related to contemporary fashion as well as individual intention. The literary writer imposes on language a more careful ordering than the choice of words and syntax that accompanies general communication.
Traditionally, literary texts have been easy to identify: an ode or a play is 'literary', but a menu or a telephone directory is not. There is, however, an indeterminate area of essays, biographies, memoirs, history, philosophy, travel books, and other texts which may or may not be deemed literary. [...] Many texts appear therefore to have literary aspects combined with other qualities and purposes, and ultimately individual or consensual choice must decide which has priority. The word literature tends to be used with approval of works perceived as having artistic merit, the evaluation of which may depend on social and linguistic as well as aesthetic factors. If the criteria of quality become exacting, a canon may emerge, limited in its inclusions and exclusions, and the members of a society or group may be required (with various degrees of pressure and success) to accept that canon and no other.
Literature is an exceptional area of language use, which many people have regarded as the highest service to which language can be put and the surest touchstone of good usage. Its creation is dependent on the resources available to the author in any period, but those resources may be enriched and increased by a literary tradition in which quotations from and allusions to 'the classics' abound and many words have literary nuances. In the 20th century, much attention has been given to the language of literature and the question of whether there is in fact distinctively literary language. Many features thought of as literary appear in common usage. Meter and formal rhythm derive from everyday speech, words often rhyme without conscious contrivance, multiple meaning and word associations are part of daily communication, and tropes and figures of speech are used in ordinary language. However, literary language shows a greater concentration of such features, deliberately arranged and controlled. Literary language makes us pause to consider, reread, and assess in a way that would destroy the flow of other modes of communication.
(From: McARTHUR, Tom (ed.). The Oxford Companion to the English Language. Oxford: Oxford University Press, 1998.)
The sentence: "Since at least the 4th century BC, when Aristotle described poetry as mimesis (imitation), literature has been widely regarded as an imitation of life" contains a /an:
infinitive clause
adverb clause
object noun clause
subject noun clause
Gabarito:
adverb clause
(UECE - 2014)
Os dois superlativos (ref. 2 e 3) emprestam ao poema um tom de
O portão fica bocejando, aberto
para os alunos retardatários.
Não há pressa em viver
nem nas ladeiras duras de subir,
1quanto mais para estudar a insípida cartilha.
Mas se o pai do menino é da oposição,
à 2ilustríssima autoridade municipal,
prima por sua vez da 3sacratíssima
autoridade nacional,
4ah, isso não: o vagabundo
ficará mofando lá fora
e leva no boletim uma galáxia de zeros.
A gente aprende muito no portão fechado.
ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Poesia e Prosa. Editora Nova Aguilar:1988. p. 506-507.
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(Uece 2014) Atente para as seguintes afirmações sobre alguns dos elementos do texto.
O texto a seguir é um excerto retirado do primeiro parágrafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R. Guzzo, que trata da corrupção na política. 1Um dos aspectos menos atraentes da personalidade humana é a tendência de muitas pessoas de só condenar os vícios que não praticam, ou pelos quais não se sentem atraídas. Um caloteiro que não fuma, não bebe e não joga, por exemplo, é frequentemente a voz que mais grita contra o cigarro, a bebida e os cassinos, mas fecha a boca, os ouvidos e os olhos, como 6os três prudentes macaquinhos orientais, quando o assunto é honestidade no pagamento de dívidas pessoais. É a velha história: 2o mal está 4sempre na alma dos outros. Pode até ser verdade, 5infelizmente, quando se trata da política brasileira, em que continua valendo, mais do que nunca, a máxima popular do 3“pega um, pega geral”.
Extraído do artigo ”Com um braço só”, de J.R. Guzzo. VEJA. 21/08/2013.
I. Os gramáticos modernos distinguem os advérbios frásicos (aqueles advérbios que modificam um elemento da frase, como em Ele correu muito.) dos advérbios extrafrásicos (aqueles que são exteriores à frase, estão no âmbito da enunciação, como em Ele, naturalmente, passou de primeira, não foi?). Esse segundo grupo congrega os advérbios avaliativos, isto é, que indicam uma avaliação do enunciador acerca do conteúdo enunciado. No texto em estudo, temos um advérbio frásico (ref. 4): “sempre”; e um advérbio extrafrásico (ref. 5): “infelizmente”.
II. Na expressão “os três prudentes macaquinhos orientais” (ref. 6), o artigo definido “os” confere a “três macaquinhos orientais” o status de informação conhecida.
III. O texto, embora constitua apenas um excerto do parágrafo original, apresenta a estrutura paragráfica canônica: tópico frasal ou introdução, desenvolvimento e conclusão.
Está correto o que se diz em
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(UECE - 2008)
Assinale a alternativa em que todas as expressões destacadas têm valor de adjetivo.
A MEMÓRIA E O CAOS DIGITAL
Fernanda Colavitti
2A era digital trouxe inovações e facilidades para o homem que superou de longe o que 16a ficção previa até pouco tempo atrás. 1Se antes precisávamos correr em busca de informações de nosso interesse, hoje, úteis ou não, elas é que nos assediam: resultados de loterias, dicas de cursos, variações da moeda, ofertas de compras, notícias de atentados, ganhadores de gincanas, etc. 11Por outro lado, 6enquanto cresce a capacidade dos discos rígidos e a velocidade das informações, o desempenho da memória humana está ficando cada vez mais comprometido. Cientistas são unânimes ao associar 3a rapidez das informações geradas pelo mundo digital com a restrição de nosso "disco rígido" natural. 10Eles ressaltam, porém, que 7o problema não está propriamente 4nas novas tecnologias, mas 5no uso exagerado delas, o que faz com que deixemos de lado atividades mais estimulantes, como a leitura, que envolvem diversas funções do cérebro. Os mais prejudicados por esse processo têm sido crianças e adolescentes, cujo desenvolvimento neuronal acaba sendo moldado preguiçosamente. Responda sem pensar: qual era a manchete do jornal de ontem? Você lembra o nome da novela que 12antecedeu o Clone? E quem era o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994? Não ter uma resposta imediata para essas perguntas não deve ser causa de preocupação para ninguém, mas exemplifica bem o problema constatado pela fonoaudióloga paulista Ana Maria Maaz Alvarez, que há mais de 20 anos estuda a relação entre audição e recordação. A pedido de duas empresas, 8ela realizou uma pesquisa para saber o que estava ocorrendo com os funcionários que reclamavam com frequência de lapsos de memória. Foram entrevistados 71 homens e mulheres, com idade de 18 e 42 anos. 9A maioria dos esquecimentos era de natureza auditiva, como nomes que acabavam de ser ouvidos ou assuntos discutidos. (Por falar nisso, responda sem olhar no parágrafo anterior: você lembra o nome da pesquisadora citada?) Ana Maria 13descobriu que os lapsos de memória resultavam basicamente do excesso de informação em consequência do tipo de trabalho que essas pessoas exerciam nas empresas, e do pouco tempo que 14dispunham para processá-las, somados à angústia de querer saber mais e ao excesso de atribuições. "Elas não se detinham no que estava sendo dito (lido, ouvido ou visto) e, consequentemente, não 15conseguiam gravar os dados na memória", afirma.
(Fonte Internet: Superinteressante, 2001).
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(UECE-2007)
A PEDREIRA
Daí à pedreira, restavam apenas uns cinqüenta passos e o chão era já todo coberto por uma farinha de pedra moída que sujava como a cal.
Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folha de palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante faziam paralelepípedos a escopro e macete. E todo aquele retintim de ferramentas, e o martelar da forja, e o corpo dos que lá em cima brocavam a rocha para lançar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que vinha do cortiço, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a idéia de uma atividade feroz, de uma luta de vingança e de ódio. Aqueles homens gotejantes de suor, bêbedos de calor, desvairados de insolação, a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um punhado de demônios revoltados na sua impotência contra o impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. O membrudo cavouqueiro havia chegado à fralda do orgulhoso monstro de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num desafio surdo.
A pedreira mostrava nesse ponto de vista o seu lado mais imponente. Descomposta, com o escalavrado flanco exposto ao sol, erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito íngreme, lisa, escaldante e cheia de cordas que, mesquinhamente, lhe escorriam pela ciclópica nudez com um efeito de teias de aranha. Em certos lugares, muito alto do chão, lhe haviam espetado alfinetes de ferro, amparando, sobre um precipício, miseráveis tábuas que, vistas cá de baixo, pareciam palitos, mas em cima das quais uns atrevidos pigmeus de forma humana equilibravamse, desfechando golpes de picareta contra o gigante.
(AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. 25a ed. São Paulo. Ática, 1992, 48-49)
Marque a alternativa na qual o sufixo eiro/eira está empregado com o mesmo sentido que em “pedreira” (linha 01).
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