Questão 32649

(ENEM PPL - 2017)

A definição de Aristóteles para enigma é totalmente desligada de qualquer fundo religioso: dizer coisas reais associando coisas impossíveis. Visto que, para Aristóteles, associar coisas impossíveis significa formular uma contradição, sua definição quer dizer que o enigma é uma contradição que designa algo real, em vez de não indicar nada, como é de regra.

COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado).

Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pensar sobre o enigma, ao argumentar que

A

a contradição que caracteriza o enigma é desprovida de relevância filosófica.

B

os enigmas religiosos são contraditórios porque indicam algo religiosamente real.

C

o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo.

D

as coisas impossíveis são enigmáticas e devem ser explicadas em vista de sua origem religiosa.

E

a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo religioso.

Gabarito:

o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo.



Resolução:

c) Correta. enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo.
A questão é baseada na interpretação de texto: todas as respostas estão no próprio enunciado.
Antes de Aristóteles, o enigma era comumente considerado algo que não indica nada ("[...] em vez de não indicar nada, como é de regra.").
Ele apresenta uma nova concepção de enigma na medida em que define que associar coisas impossíveis é criar contradições, mas que o enigma é uma contradição que aponta para fundos reais. Assim, o enigma é uma associação de coisas impossíveis que designam algo verdadeiro. 
A alternativa que traduz corretamente o raciocínio contido em "[...] sua definição quer dizer que o enigma é uma contradição que designa algo real [...]" é a letra C.

a) Incorreta. a contradição que caracteriza o enigma é desprovida de relevância filosófica.
A contradição que define o enigma é objeto de estudo da filosofia de Aristóteles, apresentando, sim, relevância filosófica.

b) Incorreta. os enigmas religiosos são contraditórios porque indicam algo religiosamente real.

d) Incorreta. as coisas impossíveis são enigmáticas e devem ser explicadas em vista de sua origem religiosa.

e) Incorreta. a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo religioso.
Aristóteles não quer dizer que a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo religioso, tampouco que a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela ligada ao seu fundo religioso. A religião não fornece justificativa para todo tipo de contradição, por isso não há relação necessária entre as duas premissas.



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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