Questão 33142

(Enem PPL 2015)  TEXTO I

Não é possível passar das trevas da ignorância para a luz da ciência a não ser lendo, com um amor sempre mais vivo, as obras dos Antigos. Ladrem os cães, grunhem os porcos! Nem por isso deixarei de ser um seguidor dos Antigos. Para eles irão todos os meus cuidados e, todos os dias, a aurora me encontrará entregue ao seu estudo.

BLOIS, P. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas.

São Paulo: Unesp, 2000.

 

 

TEXTO II

A nossa geração tem arraigado o defeito de recusar admitir tudo o que parece vir dos modernos. Por isso, quando descubro uma ideia pessoal e quero torná-la pública, atribuo-a a outrem e declaro: – Foi fulano de tal que o disse, não sou eu. E para que acreditem totalmente nas minhas opiniões, digo: – O inventor foi fulano de tal, não sou eu.

BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas.

São Paulo: Unesp, 2000.

 

 

Nos textos são apresentados pontos de vista distintos sobre as mudanças culturais ocorridas no século XII no Ocidente. Comparando os textos, os autores discutem o(a)

A

produção do conhecimento face à manutenção dos argumentos de autoridade da Igreja.   

B

caráter dinâmico do pensamento laico frente à estagnação dos estudos religiosos.   

C

surgimento do pensamento científico em oposição à tradição teológica cristã.   

D

desenvolvimento do racionalismo crítico ao opor fé e razão.   

E

construção de um saber teológico científico.   

Gabarito:

produção do conhecimento face à manutenção dos argumentos de autoridade da Igreja.   



Resolução:

A questão pergunta qual o ponto comum tratado nos textos, considerando as perspectivas distintas sobre as mudanças culturais ocorridas no século XII no Ocidente. Em ambos os trechos se discute a produção do conhecimento diante da força da igreja, cuja autoridade se justificava a partir da manutenção dos argumentos ao longo do tempo.

Durante a Idade Média, a Igreja viveu seu auge no tocante ao controle dos saberes difundidos socialmente e, assim, o conhecimento, para ser aceito, deveria ter embasamento teológico. Nesse sentido, os textos fazem referência ao domínio ideológico da Igreja durante a Idade Média e as dificuldades de serem defendidas ideias que se contrapunham ao saber teológico.

 

B: Os textos não fazem referência ao caráter dinâmico do pensamento laico em oposição aos supostamente estagnados estudos religiosos.

C: Por mais que o pensamento científico tenha surgido em oposição à teologia cristã, os textos não fazem referência à isso.

D: Não é discutido o desenvolvimento de um racionalismo crítico a partir da oposição de fé e razão.   

E: Tampouco se considera a construção de um saber teológico científico.



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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