(ENEM PPL - 2016)
A Guerra Fria foi, acima de tudo, um produto da heterogeneidade no sistema internacional – para repetir, da heterogeneidade da organização interna e da prática internacional – e somente poderia ser encerrada pela obtenção de uma nova homogeneidade. O resultado disto foi que, enquanto os dois sistemas distintos existiram, o conflito da Guerra Fria estava destinado a continuar: a Guerra Fria não poderia terminar com o compromisso ou a convergência, mas somente com a prevalência de um destes sistemas sobre o outro.
HALLIDAY, F. Repensando as relações internacionais. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999.
A caracterização da Guerra Fria apresentada pelo texto implica interpretá-la como um(a)
esforço de homogeneização do sistema internacional negociado entre Estados Unidos e União Soviética.
guerra, visando o estabelecimento de um renovado sistema social, híbrido de socialismo e capitalismo.
conflito intersistêmico em que países capitalistas e socialistas competiriam até o fim pelo poder de influência em escala mundial.
compromisso capitalista de transformar as sociedades homogêneas dos países socialistas em democracias liberais.
enfrentamento bélico entre capitalismo e socialismo pela homogeneização social de suas respectivas áreas de influência política.
Gabarito:
conflito intersistêmico em que países capitalistas e socialistas competiriam até o fim pelo poder de influência em escala mundial.
a) esforço de homogeneização do sistema internacional negociado entre Estados Unidos e União Soviética.
Incorreto. A Guerra Fria em sua essência foi conhecida como uma bipolarização mundial, protagonizado entre EUA e URSS, que configuraram a intervenção direta em suas respectivas zonas de influência.
b) guerra, visando o estabelecimento de um renovado sistema social, híbrido de socialismo e capitalismo.
Incorreto. A Guerra Fria foi marcada pelo estabelecimento de um confronto ideológico, comportamental, econômico, político e bélico, contudo, não de forma direta, entre as superpotências, EUA e URSS.
c) conflito intersistêmico em que países capitalistas e socialistas competiriam até o fim pelo poder de influência em escala mundial.
Correta. O conflito marcado pela Guerra Fria tinha como intuito de sobressair uma ideologia em relação a outra, ou seja, mostrar qualidades inovadores que demonstraram a perfeição do sistema político econômico em relação ao outro até o fim, conseguindo em sua totalidade a conquista mundial.
d) compromisso capitalista de transformar as sociedades homogêneas dos países socialistas em democracias liberais.
Incorreto. Mesmo que o capitalismo esteja preocupado em atingir outras zonas de influência internacional, a princípio, ela foca ao longo da Guerra Fria, na manutenção de suas zonas de influência mundial.
e) enfrentamento bélico entre capitalismo e socialismo pela homogeneização social de suas respectivas áreas de influência política.
Incorreto. Em nenhum momento do período da Guerra Fria houve um enfrentamento direto entre EUA e URSS, mas entre países influenciados por essas superpotências.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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