Questão 35586

(UEL 2018 - 2a fase) Leia a reportagem a seguir.

Cristiano Machado, 29 anos de idade, capricha na caligrafia e enfeita as cartas com desenhos. As mensagens são escritas na cela que divide com outros rapazes na Penitenciária 3 de Hortolândia (100 km de SP), de onde espera sair no final deste ano. Até lá, tentará conquistar alguém que aceite dar fim a sete anos de isolamento afetivo com uma visita à unidade prisional. Nas mensagens, ele busca uma mulher “fiel e sincera” e que acredite na recuperação dele, preso desde 2010 por roubo. “Cansei dessa vida que levo desde os 11 anos.” A dica do correio do amor veio de um colega de detenção, que arranjou uma namorada por meio da seção. Como seduzir alguém em uma situação tão adversa? “Tem que mandar bonito nas cartas. Trocar aquela ideia para convencer ela a vir e mostrar que a gente é capaz de mudar”, disse ele, ao receber a Folha no presídio. Sorriso no rosto e com algemas, diz que teve respostas às missivas, mas nenhuma visita. “As cartas dos privados de liberdade são as que mais me emocionam. São pessoas que se sentem muito solitárias e, às vezes, procuram apenas uma companhia”, diz Lara Pires, uma das jornalistas responsáveis pela seção. Antes de voltar à cela, o rapaz que cursou até a 7ª série escreve um novo texto para que a reportagem entregue ao jornal. “Não tem mulher ideal, não tem modelo. Pode ser feia, bonita, gorda, velha. Sendo sincera, ótimo.”

Adaptado de: À espera de uma visita, presidiário escreve bonito. In. “CORREIO do namoro” atrai de viúva exigente a presidiário carente em busca de novo amor.

Folha de S. Paulo, Cotidiano, B6. 12 jun. 2017.

 

O trecho “Tem que mandar bonito nas cartas. Trocar aquela ideia para convencer ela a vir e mostrar que a gente é capaz de mudar” apresenta marcas de informalidade. Reescreva-o de modo a eliminar essas marcas sem alterar o seu sentido original.

Gabarito:

Resolução:

Reescrita do trecho, retirando as marcas de informalidade:

“É preciso escrever cartas bem feitas. Conversar com a pessoa para convencê-la a vir e mostrar que nós somos capazes de mudar”.



Questão 1841

(Uel 2010) Observe a frase: “Os deputados decidiram errar onde não poderiam” e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo “onde”.

 

O labirinto da internet

 

Um paradoxo da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo – sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto, mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante.

(Adaptado de: SANTANA, João. O labirinto da internet. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm>. Acesso em: 20 jul. 2009).

 

 

Ver questão

Questão 1842

(Uel 2010) Considerando as frases a seguir:

I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”.

II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”.

 

 

Ver questão

Questão 1854

(UEL - 2010) 

FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.

(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009)

Considere o trecho:

“Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.

As palavras grifadas são

Ver questão

Questão 1859

(Uel 1997) PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente,

Ver questão