Questão 38348

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo.
 
Passadas tantas décadas, estamos de novo preocupados com a modernidade de 22. Os fragmentos futuristas de Miramar e a rapsódia de Macunaíma são apontados sempre como altos modelos de vanguarda literária. Mas e o que veio depois? Nas melhores obras de autores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Dalton Trevisan, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, já se desfaz aquela mistura ideológica e datada de mitologia e tecnicismo que o movimento de 22 começou a propor e algumas vanguardas de 60 repetiram, até virarem em esquema e norma. Saber descobrir o sentido ora especular, ora resistente dessa literatura moderna sem modernismo é uma das tarefas prioritárias da crítica brasileira.
 
(Adaptado de: BOSI, Alfredo. “Moderno e modernista na literatura brasileira”. In: Céu, inferno. São Paulo: Ática, 1988, p. 126)
 
(Puccamp 2018)  O movimento de 22 se inseriu em um contexto econômico de expansão da economia cafeeira que, durante os anos 1920,

A

contou com uma política governamental de valorização de seu preço no mercado internacional, em face dos interesses da oligarquia cafeeira.

B

sustentou-se às custas dos gastos públicos com a compra do excedente de produção, conforme resolução denominada Convênio de Taubaté, em 1926.

C

mostrou-se crescente até 1924, quando eclodiu uma revolução operária em São Paulo liderada pelos sindicatos de trabalhadores indignados com os privilégios da oligarquia cafeeira.

D

conheceu seu auge, uma vez que, durante essa década, o café atingiu seu máximo de produtividade no Vale do Paraíba, favorecida pela instalação da Estrada de Ferro Sorocabana.

E

manteve-se estável até 1929, data da quebra da bolsa de valores de Nova York, que arruinou as exportações de café e marcou o fim do prestígio político das oligarquias rurais no país. 

Gabarito:

contou com uma política governamental de valorização de seu preço no mercado internacional, em face dos interesses da oligarquia cafeeira.



Resolução:

a) contou com uma política governamental de valorização de seu preço no mercado internacional, em face dos interesses da oligarquia cafeeira.

Correta. Durante a década de 1920 o café era o principal produto exportado pela recente república. A política governamental de valorização de seu preço no mercado é o Convênio de Taubaté de 1906

b) sustentou-se às custas dos gastos públicos com a compra do excedente de produção, conforme resolução denominada Convênio de Taubaté, em 1926.

Incorreta. O Convênio de Taubaté é de 1906

c) mostrou-se crescente até 1924, quando eclodiu uma revolução operária em São Paulo liderada pelos sindicatos de trabalhadores indignados com os privilégios da oligarquia cafeeira.

Incorreta. O auge das greve operárias no Brasil foi entre 1917-1920, na década de 1920 há um enfraquecimento deste movimento. A Revolução de 1924 faz parte do movimento tenentista, eclodiu em 5 de Julho em São Paulo com o intuito de derrubar o governo de Artur Bernardes 

d) conheceu seu auge, uma vez que, durante essa década, o café atingiu seu máximo de produtividade no Vale do Paraíba, favorecida pela instalação da Estrada de Ferro Sorocabana.

Incorreta. O auge da produção cafeeira no Vale do Paraíba foi em 1850. Durante a República Velha o principal local de produção do café é o Oeste Paulista 

e) manteve-se estável até 1929, data da quebra da bolsa de valores de Nova York, que arruinou as exportações de café e marcou o fim do prestígio político das oligarquias rurais no país.

Incorreta. O café não manteve-se estável até 1929, tanto que é necessário a criação do Convênio de Taubaté para garantir sua valorização. Ademais, 1929 ou até mesmo a Revolução de 1930 não é o marco do fim do prestígio político das oligarquias rurais no país.



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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