Questão 39285

(Pucrs 2018)  A cidade, na época do Renascimento, é um ser de razão. Não é só vivida como também é pensada. (...) A cidade não deve ser apenas prática. É conveniente que seja também bela.

(DELUMEAU, Jean. A Civilização do Renascimento. Lisboa: Editorial Estampa, 1994, p. 258-261).

 

 

Com base na citação acima, que aponta para o novo contexto político, social, econômico e cultural da Europa nos séculos XVI e XVII, analise as afirmativas a seguir, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).

(     ) Os arquitetos projetaram tanto a forma urbana, a partir de formas geométricas belas ideais, quanto construíram, para a comodidade dos habitantes, os palácios, as praças, as fontes e os monumentos.

(     ) A centralização do Estado e a ampliação da máquina burocrática para a administração dos negócios públicos, o comércio, a aplicação da justiça e a cobrança dos impostos exigiram que a nobreza se abrisse para o exercício de novas profissões.

(     ) Foram criadas editoras, academias e bibliotecas, que permitiram a expansão da cultura letrada e a circulação de novas ideias nas principais cidades europeias.

(     ) A laicização da cultura urbana provocou o abandono de práticas religiosas na vida cotidiana e a perda de importância da Igreja Católica na política.

 

O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

A

V – F – V – F   

B

V – V – F – F   

C

F – F – V – V   

D

F – V – F – V   

Gabarito:

V – F – V – F   



Resolução:

( ) A centralização do Estado e a ampliação da máquina burocrática para a administração dos negócios públicos, o comércio, a aplicação da justiça e a cobrança dos impostos exigiram que a nobreza se abrisse para o exercício de novas profissões.

Falso. Apenas pelo detalhe do comércio. Com a centralização do Estado e o poder cada vez mais concentrado nas mãos do rei a nobreza perde o poder e agora passa a ser responsável pelas atividades burocráticas apenas e de toda as atribuições da “sociedade de corte” (prestar serviços pessoais e próximos da família real). A nobreza não se ocupa do comércio, este está crescendo e junto com ele uma nova classe: a burguesia

( ) A laicização da cultura urbana provocou o abandono de práticas religiosas na vida cotidiana e a perda de importância da Igreja Católica na política.

Falso. Podemos falar em antropocentrismo, afastamento da Igreja e sujeição da Igreja perante o Rei. Contudo, ainda não podemos falar em “laicização” e “ abandono de práticas religiosas na vida cotidiana e a perda de importância da Igreja Católica na política.” A sociedade ainda era majoritariamente religiosa e a religião ainda era a base da maior parte das explicações para tudo e também se destaca como fator importante para legitimação no campo político, embora agora esteja sujeita ao rei.



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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