Questão 40197

(Enem PPL - 2012)  Em teoria, as pessoas livres da Colônia foram enquadradas em uma hierarquia característica do Antigo Regime. A transferência desse modelo, de sociedade de privilégios, vigente em Portugal, teve pouco efeito prático no Brasil. Os títulos de nobreza eram ambicionados. Os fidalgos eram raros e muita gente comum tinha pretensões à nobreza.  

FAUSTO, B. História do Brasil. (São Paulo: Edusp; Fundação do Desenvolvimento da Educação).

Ao reelaborarem a lógica social vigente na metrópole, os sujeitos do mundo colonial construíram uma distinção que ordenava a vida cotidiana a partir da  

A

concessão de títulos nobiliárquicos por parte da Igreja Católica.

B

afirmação de diferenças fundadas na posse de terras e de escravos.

C

imagem do Rei e de sua Corte como modelo a ser seguido.

D

miscigenação associada a profissões de elevada qualificação.

E

definição do trabalho como princípio ético da vida em sociedade.

Gabarito:

afirmação de diferenças fundadas na posse de terras e de escravos.



Resolução:

Em seu texto Boris Fausto destaca que na teoria a sociedade colonial brasileira foi formada e organizada seguindo o padrão europeu do Antigo Regime, da sociedade de privilégios. Entretanto, no Brasil este modelo não efetivou-se de fato na prática. Na colônia os títulos de nobreza eram raramente preenchido por fidalgos (nobres de herança ou com o título concedido diretamente pelo rei); muitas pessoas comuns desejavam os cargos de nobreza. 

a) concessão de títulos nobiliárquicos por parte da Igreja Católica.

Incorreta. A Igreja não concedia terras. 

b) afirmação de diferenças fundadas na posse de terras e de escravos.

Correta. No Brasil colonial, o “ser senhor de engenho” era título que muitos queriam, porque o “status” social daquela época estava relacionado com o “ter terras” e “possuir escravos”. Sendo assim, a distinção social também era baseada nesses termos, diferente do padrão europeu baseado no prestígio e na herança de cargos, aqui no Brasil as posses eram fatores primordiais. 

c) imagem do Rei e de sua Corte como modelo a ser seguido.

Incorreta. Este é o padrão vigente na Europa.

d) miscigenação associada a profissões de elevada qualificação.

Incorreta. A qualificação não era um fator considerável, as posses eram o principal. 

e) definição do trabalho como princípio ético da vida em sociedade.

Incorreta. O trabalho não era muito valorizado, especialmente o trabalho braçal que era realizados pelos escravos. 



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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