(PUC/Camp - 2017) Os enciclopedistas constituíram uma pequena elite de letrados e de técnicos, ligados à vida material como elementos de ponta do progresso econômico e também estreitamente vinculados ao aparato estatal, o qual se esforçaram por tornar melhor e mais racional. (...) Por toda a parte na Europa das Luzes, encontramos esta pretensão e esta vontade [dos filósofos] de pôr-se à testa e na direção da sociedade.
(VENTURI, Franco. Utopia e reforma no Iluminismo. Bauru: Edusc, 2003, p. 44, 239-240).
Um grande número de jovens da elite colonial brasileira frequentou a Faculdade de Direito de Coimbra, em Portugal. Essa elite, influenciada pelos ideais da pequena elite a que o texto de Franco Venturini se refere, contribuiu para a
Revolta de Beckman em 1684.
Guerra dos Mascates em 1710.
Revolta de Felipe dos Santos em 1720.
Insurreição Guaranítica em 1750.
Inconfidência Mineira em 1789.
Gabarito:
Inconfidência Mineira em 1789.
a) Revolta de Beckman em 1684.
Incorreta. A Revolta de Beckman aconteceu no Maranhão e está associada a crise econômica na região devido ao declínio do algodão ali produzido. Os latifundiários não possuem mais recursos para compra de escravos e neste contexto começam a escravizar indígenas em um cenário em que Portugal proíbe a escravidão indígena. É uma revolta contra a proibição da escravidão indígena e a criação da Companhia de Comércio do Maranhão. Aqui é uma luta dos grandes latifundiários e não da elite letrada
b) Guerra dos Mascates em 1710.
Incorreta. Ocorre no Pernambuco, é um conflito entre Olinda e Recife. Os habitantes de Olinda estão insatisfeitos com o fato de Recife ser a capital de Pernambuco. Os comerciantes de Recife (mascates) estavam se fortalecendo cada vez mais devido o declínio do açúcar e por este motivo a capital e Pernambuco é transferida para lá gerando insatisfação nos senhores de engenho de Olinda. É um disputa pela posse da Câmara Municipal
c) Revolta de Felipe dos Santos em 1720.
Incorreta. Ocorre em MG, em Vila Rica (atual Ouro Preto). É um revolta dos mineradores devido a criação da Casa de Fundição e o aumento da fiscalização.
d) Insurreição Guaranítica em 1750.
Incorreta. É um conflito armado que envolve as tribos Guarani das missões jesuíticas contra tropas espanholas e portuguesas em consequência do Tratado de Madrid. Segundo este tratado a região dos Sete Povos das Missões seria transferida para o domínio de Portugal exigindo que os padres e indígenas da região se transferissem para o leste do rio Uruguai
e) Inconfidência Mineira em 1789.
Correta. A questão pede uma relação entre as Enciclopédias (Iluminismo) e a crise do sistema colonial. Solicita que seja encontrado dentre as alternativas a revolta do período colonial que contou com maior influência da elite letrada e ilustrada do período: a Inconfidência Mineira. No século XVIII, os filhos da elite brasileira estudavam na Europa entrando em contato com a maçonaria e as ideias Iluministas, tais como, o uso da razão para construir a autonomia e a liberdade. Retornando ao Brasil, esses jovens participaram de movimentos separatistas como foi a Inconfidência Mineira em 1789.
(PUC-SP-2001)
A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.
No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.
Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.
Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:
“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”
Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.
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(Pucpr 2004)
"Aula de Português"
A linguagem na ponta da língua,
tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada das estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.)
Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:
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(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.
A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.
CAPÍTULO 2 (O CORPO)
Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor
Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés
Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.
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(Puccamp 2016)
Editorial
Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.
Comenta-se com correção:
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