(FGV - 2018) Foi pela espada que nossos ancestrais introduziram, na criação, o poder de cercar a terra e fazê-la sua propriedade; foram eles que primeiro mataram os seus próximos, os homens, para assim roubarem ou pilharem a terra que a esses pertencia e deixá-la a vós, seus descendentes. (...)
Eu vos exorto, soldados da República Inglesa! O inimigo não poderia vencer-vos no campo de batalha, porém pode derrotar-vos no campo da política se não estabelecem a liberdade para todos.
Onde existe um povo.... unido graças à propriedade coletiva dos meios de subsistência até formar uma só pessoa será o seu país o mais poderoso do mundo... a defesa da propriedade e do interesse individual divide o povo de um país e do mundo todo.
(Gerrard Winstanley. Em Cristopher Hill. O mundo de ponta-cabeça, 1987)
A partir do documento, é correto afirmar que
Gerrard Winstanley defendia a propriedade coletiva da terra, eixo da proposta dos diggers (escavadores), no contexto da Revolução Puritana na Inglaterra, contra a classe proprietária que, vitoriosa militarmente com o exército republicano, massacrou a ameaça radical dos não proprietários.
no fim da guerra civil, Gerrard Winstanley, líder do exército republicano inglês, o New Model Army, exortou os soldados a lutarem pela vitória de Cromwell, defensor da propriedade privada e do poder dos proprietários, reassentados na Câmara do Comuns.
o líder do partido independente na guerra civil inglesa, Gerrard Winstanley, defendia a propriedade coletiva em nome da liberdade, o que garantiria a reunião de todos os ingleses para a vitória de Cromwell contra Carlos I, decapitado em 1649, o que significou o fim do absolutismo na Inglaterra.
o exército republicano, New Model Army, chefiado por Cromwell e unido ao líder dos levellers (niveladores), Gerrard Winstanley, na Revolução Puritana, garantiu a derrota de Carlos I, o que possibilitou a morte do Antigo Regime na Inglaterra e a implantação da propriedade coletiva.
com a morte do rei Carlos I, assumiu a chefia da Câmara dos Comuns o deputado Gerrard Winstanley que, com o seu poder, começaram as mudanças radicais, como a propriedade coletiva da terra, anulando os cercamentos que enriqueceram os proprietários e empobreceram os camponeses.
Gabarito:
Gerrard Winstanley defendia a propriedade coletiva da terra, eixo da proposta dos diggers (escavadores), no contexto da Revolução Puritana na Inglaterra, contra a classe proprietária que, vitoriosa militarmente com o exército republicano, massacrou a ameaça radical dos não proprietários.
a) Gerrard Winstanley defendia a propriedade coletiva da terra, eixo da proposta dos diggers (escavadores), no contexto da Revolução Puritana na Inglaterra, contra a classe proprietária que, vitoriosa militarmente com o exército republicano, massacrou a ameaça radical dos não proprietários.
Correta. Gerrard Winstanley era o líder dos diggers (escavadores) estes eram em um movimento camponês, lutavam por uma reforma agrária, foram protagonistas de diversas ocupações de terras e apoiaram o exército de Cromwell.
b) no fim da guerra civil, Gerrard Winstanley, líder do exército republicano inglês, o New Model Army, exortou os soldados a lutarem pela vitória de Cromwell, defensor da propriedade privada e do poder dos proprietários, reassentados na Câmara do Comuns.
Incorreta. O líder do New Model Army era Oliver Cromwell e este foi apoiado pelos diggers inicialmente.
c) o líder do partido independente na guerra civil inglesa, Gerrard Winstanley, defendia a propriedade coletiva em nome da liberdade, o que garantiria a reunião de todos os ingleses para a vitória de Cromwell contra Carlos I, decapitado em 1649, o que significou o fim do absolutismo na Inglaterra.
Incorreta. Gerrard Winstanley era líder do movimento digger que não se configurava como um partido independente. “garantiria a reunião de todos os ingleses para a vitória de Cromwell” nem todos os ingleses apoiaram a Revolução Puritana.
d) o exército republicano, New Model Army, chefiado por Cromwell e unido ao líder dos levellers (niveladores), Gerrard Winstanley, na Revolução Puritana, garantiu a derrota de Carlos I, o que possibilitou a morte do Antigo Regime na Inglaterra e a implantação da propriedade coletiva.
Incorreta. Gerrard Winstanley era líder dos digger e não dos levellers. Ademais, a propriedade coletiva não foi implementada.
e) com a morte do rei Carlos I, assumiu a chefia da Câmara dos Comuns o deputado Gerrard Winstanley que, com o seu poder, começaram as mudanças radicais, como a propriedade coletiva da terra, anulando os cercamentos que enriqueceram os proprietários e empobreceram os camponeses.
Incorreta. Após a morte de Carlos I quem assumiu o poder foi Oliver Cromwell, que instaurou um governo republicano, contudo, governou de forma ditatorial e contrariou vários interesses dos seus grupos apoiadores, principalmente dos diggers.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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