Questão 40531

(UNICENTRO - 2015)

Em relação à estética de Kant, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

I- Gênio é a disposição de ânimo pela qual a natureza fornece regra à arte.
II- O gênio cria uma segunda natureza, para além da natureza mecânica.
III- O gênio, quando liberto do gosto, produz grandes obras artísticas.
IV- O juízo artístico pensa a natureza como arte, ou seja, estabelece finalidades na natureza.
V- O juízo estético é pautado pela essência universal do belo.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

A

V, V, F, V, F.

B

V, F, V, F, F.

C

V, F, F, V, V.

D

F, V, F, V, V.

E

F, F, V, F, V.

Gabarito:

V, V, F, V, F.



Resolução:

Na filosofia de Kant, o gênio é aquele capaz de atingir de forma independente a compreensão de conceitos normalmente ensinados; para o autor, a característica essencial do gênio seria a originalidade. A discussão sobre as características do gênio está, em grande parte, na Crítica do Julgamento: Kant precisa da figura do gênio para ligar a natureza - o objetivo - e o sujeito estético - o subjetivo. A genialidade seria o resultado de uma subjetividade transmitida pela natureza.

O filósofo aponta 4 características do gênio:

1- O gênio tem a condição da originalidade, pois se fundamenta no talento e não na habilidade (execução rigorosa do que poderia ter sido aprendido segundo regras anteriores).

2- Para que não se confunda originalidade com extravagância, seus produtos têm de ser modelos, ou seja, não sendo imitações, devem ser imitados (embora sem livro de instruções).

3- Devido à primeira condição, o gênio não pode descrever de forma objetiva a realização do seu produto. Não sabe como as ideias foram encontradas e não consegue imaginá-las de forma arbitrária e organizada, como uma receita, para que sejam transmitidas como instrução.

4- O seu talento inato resulta das regras que a natureza dá à arte. Isso significa que o gênio é um mensageiro do poder artístico da natureza, considerando que, para Kant, o belo natural é superior ao belo artístico.

 

VERDADEIRAS:

I, II e IV.

É através do gênio que a natureza expressa as regras da arte: o gênio é um modelo a ser seguido, pois representa a originalidade, ao se fundamentar no talento e não na habilidade. O gênio, dotado do juízo artístico, expressa a arte que a natureza, por si só, não consegue; por isso, cria uma espécie de natureza artística, criativa (em oposição à mecânica).

 

FALSAS:

III- O gênio produz grandes obras artísticas quando dotado de inspiração e gosto.

V- O juízo estético não pode ser baseado em conceitos; dizer que ele é pautado pela essência universal do belo implica subsunção (admitir que uma ideia é dependente de uma ideia geral). Para Kant, quando se exprime a beleza de algo, não se deve convencer os outros com uma noção universal. Por exemplo, dizer que uma forma circular é azul, não é uma tentativa de associar o conceito/propriedade azul à forma circular. Assim, julgamentos acerca da beleza não podem, a despeito de sua validade universal, ser provados.

 



Questão 14563

(Unicentro 2012) A passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de explicação do real conviveram sem que se traçasse um corte temporal mais preciso. Com base nessa afirmativa, é correto afirmar:

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Questão 14594

(Unicentro 2010)

      “Os poemas homéricos têm por fundamento uma visão de mundo clara e coerente. Manifestam-na quase a cada verso, pois colocam em relação com ela tudo quanto cantam de importante – é, antes de mais nada, a partir dessa relação que se define seu caráter particular. Nós chamamos de religiosa essa cosmovisão, embora ela se distancie muito da religião de outros povos e tempos. Essa cosmovisão da poesia homérica é clara e coerente. Em parte alguma ela enuncia fórmulas conceituais à maneira de um dogma; antes se exprime vivamente em tudo que sucede, em tudo que é dito e pensado. E embora no pormenor muitas coisas resultem ambíguas, em termos amplos e no essencial, os testemunhos não se contradizem. É possível, com rigoroso método, reuni-los, ordená-los, fazer lhes o cômputo, e assim eles nos dão respostas explícitas às questões sobre a vida e a morte, o homem e Deus, a liberdade e o destino (...).”

OTTO. Os deuses da Grécia: a imagem do divino na visão do espírito grego. 1ª Ed., trad. [e prefácio] de Ordep Serra. – São Paulo: Odysseus Editora, 2005 - p. 11.

Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre a função dos mitos na Grécia arcaica, assinale a alternativa correta.

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Questão 14605

(Unicentro 2010) Leia o fragmento de um texto pré-socrático:
“Ainda outra coisa te direi. Não há nascimento para nenhuma das coisas mortais, como não há fim na morte funesta, mas somente composição e dissociação dos elementos compostos: nascimento não é mais do que um nome usado pelos homens”.
(EMPÉDOCLES. Apud ARANHA/ MARTINS. Filosofando: Introdução à Filosofia. 3ª Ed., São Paulo: Moderna, 2006 - p. 86.)


A respeito da relação entre mythos e logos (razão) no início da filosofia grega, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. O fragmento acima denota a “luta de forças” opostas na massa dos membros humanos, que ora unem-se pelo amor – no início todos os membros que atingiram a corporeidade da vida florescente –, ora divididos pela força da discórdia, erram separados nas linhas da vida. Assim ocorre também com todos os outros seres na natureza.
II. A verdade filosófica apresenta-se no pensamento de Empédocles através de uma estrutura lógica muito distante da “verdade” expressa nos relatos míticos dos gregos arcaicos.
III. Nascimento e morte, no texto de Empédocles, são apresentados por meio de representações míticas que o filósofo retira de uma tradição religiosa presente ainda em seu tempo. Essas imagens, consequentemente, se transpõem, sem deixarem de ser místicas, em uma filosofia que quer captar a verdadeira essência da realidade física.
IV. O fragmento denota continuidade do pensamento mítico no início da filosofia, pois estão presentes ainda o uso de certas estruturas comuns de explicação.

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Questão 14644

(UNICENTRO - 2012)

Sobre o pensamento socrático, analise as afirmativas e marque com V, as verdadeiras e com F, as falsas.

( ) Sócrates é autor da obra Ética a Nicômaco.
( ) O pensamento socrático está escrito em hebraico.
( ) A ironia e a maiêutica são as bases de sua filosofia.
( ) Sócrates não criticou o saber dogmático, sendo, por isso, conselheiro dos governantes de Atenas.
( ) Os diálogos platônicos são importantes textos filosóficos que relatam, na maioria, o pensamento de Sócrates.

A partir da análise dessas afirmativas, a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a

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