Questão 40626

(UFU - 2011)

Segundo Marx, o fator fundamental do desenvolvimento social assenta-se nas contradições da vida material, na luta entre as forças produtivas da sociedade e as relações sociais de produção que lhe correspondem.

Analisando a frase acima, assinale a alternativa correta sobre as relações sociais de produção e forças produtivas em Marx.

A

Dizem respeito às relações sociais que os homens estabelecem entre si para utilizar os meios de produção, transformando a si mesmos e a natureza.

B

Correspondem às relações entre os homens no âmbito estritamente econômico posto que a esfera econômica determina a estrutura social.

C

Dizem respeito às ações individuais dos homens no livre mercado, o qual é marcado pelas leis de oferta e procura.

D

Correspondem a uma relação social definida pela lógica do mercado, na qual os homens orientam individualmente suas ações em um determinado sentido.

Gabarito:

Dizem respeito às relações sociais que os homens estabelecem entre si para utilizar os meios de produção, transformando a si mesmos e a natureza.



Resolução:

a) Correta. Dizem respeito às relações sociais que os homens estabelecem entre si para utilizar os meios de produção, transformando a si mesmos e a natureza.
As forças produtivas são todos os recursos e meios utilizados no processo de produção: meios de produção, de um lado, e força de trabalho, de outro. Os meios de produção são os recursos físicos utilizados, tudo aquilo que serve como instrumento na relação entre o trabalho humano e a natureza, para a transformação destes. As forças de trabalho engloba a capacidade de produção de riqueza material dos trabalhadores, isto é, as habilidades humanas submetidas ao valor de compra e venda, sob a forma de mercadoria. As relações de produção entre a burguesia, proprietária dos meios de produção, e o proletariado, os não proprietários, desenvolvem-se a partir da oposição. Assim, a sociedade mergulha-se numa luta de classes por esses meios de produção, que concebem o conjunto formado pelos meios de trabalho e os objetos de trabalho, isto é, tudo aquilo que serve como mediador na relação entre o trabalho humano e a natureza.

 

b) Incorreta. Correspondem às relações entre os homens no âmbito estritamente econômico posto que a esfera econômica determina a estrutura social.
A estrutura social é determinada pelas relações de produção.

c) Incorreta. Dizem respeito às ações individuais dos homens no livre mercado, o qual é marcado pelas leis de oferta e procura.
São concepções opostas às de Marx, que se opunha ao livre mercado.

d) Incorreta. Correspondem a uma relação social definida pela lógica do mercado, na qual os homens orientam individualmente suas ações em um determinado sentido.
As relações sociais de produção e forças produtivas não correspondem a uma relação social definida pela lógica do mercado, com um sentido determinado, pois são as relações sociais que determinam o mercado,



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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