(UFU - 2011)
Segundo Marx, o fator fundamental do desenvolvimento social assenta-se nas contradições da vida material, na luta entre as forças produtivas da sociedade e as relações sociais de produção que lhe correspondem.
Analisando a frase acima, assinale a alternativa correta sobre as relações sociais de produção e forças produtivas em Marx.
Dizem respeito às relações sociais que os homens estabelecem entre si para utilizar os meios de produção, transformando a si mesmos e a natureza.
Correspondem às relações entre os homens no âmbito estritamente econômico posto que a esfera econômica determina a estrutura social.
Dizem respeito às ações individuais dos homens no livre mercado, o qual é marcado pelas leis de oferta e procura.
Correspondem a uma relação social definida pela lógica do mercado, na qual os homens orientam individualmente suas ações em um determinado sentido.
Gabarito:
Dizem respeito às relações sociais que os homens estabelecem entre si para utilizar os meios de produção, transformando a si mesmos e a natureza.
a) Correta. Dizem respeito às relações sociais que os homens estabelecem entre si para utilizar os meios de produção, transformando a si mesmos e a natureza.
As forças produtivas são todos os recursos e meios utilizados no processo de produção: meios de produção, de um lado, e força de trabalho, de outro. Os meios de produção são os recursos físicos utilizados, tudo aquilo que serve como instrumento na relação entre o trabalho humano e a natureza, para a transformação destes. As forças de trabalho engloba a capacidade de produção de riqueza material dos trabalhadores, isto é, as habilidades humanas submetidas ao valor de compra e venda, sob a forma de mercadoria. As relações de produção entre a burguesia, proprietária dos meios de produção, e o proletariado, os não proprietários, desenvolvem-se a partir da oposição. Assim, a sociedade mergulha-se numa luta de classes por esses meios de produção, que concebem o conjunto formado pelos meios de trabalho e os objetos de trabalho, isto é, tudo aquilo que serve como mediador na relação entre o trabalho humano e a natureza.
b) Incorreta. Correspondem às relações entre os homens no âmbito estritamente econômico posto que a esfera econômica determina a estrutura social.
A estrutura social é determinada pelas relações de produção.
c) Incorreta. Dizem respeito às ações individuais dos homens no livre mercado, o qual é marcado pelas leis de oferta e procura.
São concepções opostas às de Marx, que se opunha ao livre mercado.
d) Incorreta. Correspondem a uma relação social definida pela lógica do mercado, na qual os homens orientam individualmente suas ações em um determinado sentido.
As relações sociais de produção e forças produtivas não correspondem a uma relação social definida pela lógica do mercado, com um sentido determinado, pois são as relações sociais que determinam o mercado,
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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